PF prende servidor do BB e suspende 109 benefícios do INSS no MA e PI

Anderson Monroe.

Uma força-tarefa formada para combater crimes previdenciários no Maranhão e no Piauí, integrada pela Polícia Federal (PF), pela Secretaria de Previdência e pelo Ministério Público Federal (MPF), prendeu, na manhã desta terça (5), o servidor do Banco do Brasil de Timbiras identificado como Anderson Monroe.

Ele é acusado de fazer parte de um grupo criminoso que conseguia liberar benefícios previdenciários em nome de pessoas já falecidas, entre outras fraudes. Dois carros (um deles, de luxo) e um trator também foram apreendidos com Anderson, que, além de bancário, é dono de uma empresa de construção em Timbiras (localizada a 318 km de São Luís). Dinheiro vivo também foi apreendido na casa de Anderson (R$ 14 mil e US$ 15 mil).

A operação desta terça – batizada de “Fantôme” (“fantasma”, em francês) foi realizada, além de Timbiras, em Codó, Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra e São Luís (no estado do Maranhão) e em Teresina (capital piauiense).

As investigações, iniciadas em 2012, levaram à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de Amparo Social ao Idoso a pessoas fictícias, além do recebimento indevido de benefícios previdenciários após o falecimento do titular.

A organização criminosa contava com o funcionário do BB de Timbiras (Anderson Monroe) e outro da agência dos Correios de Codó (a 291 km de São Luís), que eram responsáveis pela abertura de contas correntes, a realização da prova de vida e a renovação de senha bancária. Faziam parte do grupo, ainda, um servidor do INSS, atualmente aposentado, além de intermediários e agenciadores.

A PF foi às ruas hoje para cumprir 14 mandados judiciais, sendo 2 de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens imóveis e de veículos em poder dos principais investigados.

BENEFÍCIOS SUSPENSOS
Entre os mandados judiciais consta, ainda, a determinação para que o INSS suspenda o pagamento de 109 benefícios, submetendo-os a procedimento de auditoria.

A Operação contou com a participação de 50 policiais federais e de 2 servidores da área de Inteligência Previdenciária (Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos – APEGR).

O prejuízo, inicialmente identificado, aproxima-se de R$ 10,2 milhões. O prejuízo anual, a ser evitado com a suspensão dos benefícios, gira em torno de R$ 1,2 milhão. Os investigados presos serão indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, organização criminosa e lavagem de capitais.

O nome da operação (“Fantasma”) refere-se ao esquema criminoso em si, cujo modus operandi seria a utilização de pessoas fictícias, criadas apenas para que o verdadeiro autor não aparecesse nas operações fraudulentas.

Deixe uma resposta