Suborno era cobrado para fazer ‘fantasma’ desistir de licitação

O empresário José Carlos Maia Lopes Filho, proprietário da empresa J. C. M. Lopes Filho, é acusado de cobrar propinas para desistir de participar de licitações em municípios do interior do estado. A denúncia foi feita ao blog por um delator que está disposto a levar o caso à polícia.

Empresário José Carlos Maia Lopes filho seria o proprietário da empresa fantasma

Empresário José Carlos Maia Lopes filho seria o proprietário da empresa fantasma

No mês passado, o blog já havia feito uma denúncia com a mesma empresa, ao publicar um post sobre a contratação para produção de eventos da Prefeitura de São João Batista (MA). Na época, mostramos que a contratação teria virado alvo de suspeitas de corrupção na administração do prefeito Amarildo Pinheiro Costa (PP), pois os serviços de sonorização, iluminação e montagem de palco, no valor de quase R$ 900 mil, foram contratados por um fornecedor que não existe fisicamente.

Em dezembro quando estivemos na empresa a ‘sede’ era assim

VEJA TAMBÉM:
São João Batista contrata empresa ‘fantasma’ para realizar eventos

Um mês depois das denúncias veio à constatação: além de ser de fachada, a empresa serve, também, para subornar concorrentes em processos licitatórios realizados pelos municípios para a produção dos eventos como Carnaval e São João.

IMG-20160119-WA0098-768x432

A empresa acusada de cobrar suborno para desistir das licitações em Bacabeira, Santa Rita, Morros e outros municípios da região do Munin, segundo dados obtidos junto a Receita Federal e Junta Comercial do Maranhão (Jucema), tem o endereço registrado na Rua da Manga, Número 23, Quadra 08, no Loteamento Lima Verde, em Paço do Lumiar (MA). O local, porém, é uma residência que nem de longe lembra a sede uma empresa.

IMG-20160119-WA0097-768x432

Retomamos à empresa, um mês depois, é a ‘sede’ ficou assim

O blog esteve na ‘sede’ da J. C. M. Lopes, porém, não encontrou ninguém no imóvel, conforme as imagens em anexo. Na realidade, ali é uma residência, com nenhuma característica que sequer lembre o funcionamento de uma empresa. Não há placa, adesivo ou pintura que identifique. É apenas uma residência.

O esquema de suborno com a empresa de fachada, cujo nome de fantasia é Miritiba Áudio Produção e Eventos, pode colocar vários prefeitos onde a empresa atua sob o risco de uma ação judicial por improbidade administrativa.

Desde 2014, a empresa de fachada vem sendo contratada para realizar eventos em São João Batista, como mostra os contratos abaixo.

Deixe uma resposta