Lista atualizada do trabalho escravo tem 4 empregadores maranhenses

Trabalho escravo no Maranhão: 44 resgatados de 2013 a 2016.

Após o governo federal, por meio do Ministério do Trabalho, divulgar na semana passada, uma portaria que alterou as regras do que é considerado trabalho escravo no país, o Brasil deixou de ser referência mundial no combate à escravidão moderna.

A mudança foi condenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Ministério Público Federal também criticou a medida e quer a revogação da portaria, considerada pelo MPF um “retrocesso nas garantias básicas da dignidade humana”.

As novas regras também restringiram o acesso à chamada “lista suja”, dos empregadores que utilizam trabalho escravo, que, segundo a portaria, agora só será divulgada por determinação expressa do ministro do Trabalho.

No entanto, a mais recente atualização da “lista suja” já estava pronta antes de sair a portaria do Ministério do Trabalho, e acabou não sendo divulgada.

O “Fantástico” (Rede Globo) conseguiu a lista, que traz os nomes de 132 empresas de todo o país. O Maranhão, que já teve mais de 30 empregadores na “lista suja”, aparece na relação mais recente com apenas quatro. Um total de 44 trabalhadores foram resgatados no estado (2013 a 2016), em condições análogas à escravidão, nos municípios de Miranda do Norte, São Pedro da Água Branca, Brejo de Areia e Imperatriz.

Veja os nomes dos empregadores:

1 Alexandre Vieira Lins
Fazenda Sara (BR-135 – Km 122) – Miranda do Norte
4 trabalhadores resgatados, em 2014

2 Antônio Calixto dos Santos
Fazenda Grapia (Estr. de Acesso à Ferrovia Carajás) – São Pedro da Água Branca
1 trabalhador resgatado, em 2013

3 José Rodrigues dos Santos
Fazenda Lago Azul (Povoado Balanço) – Brejo de Areia
22 trabalhadores resgatados, em 2016

4 Zurc Saneamento e Construções Ltda.
Obra da Ufma (Avenida da Universidade) – Imperatriz
17 trabalhadores resgatados, em 2014

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