Nova denúncia atinge delegado Thiago Bardal

Thiago Bardal quando chegava a Seccor para depor sobre contrabando Thiago Bardal quando chegava a Seccor para depor sobre contrabando
SÃO LUÍS – O ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal, está sendo acusado de ter recebido a quantia de R$ 240 mil para liberar integrantes de um bando criminoso especializado em assalto a banco. Esses criminosos teriam sido presos na cidade de Imperatriz no começo do ano de 2016. Bardal está preso no presídio da Polícia Civil, na Cidade Operária, desde o dia 2 de março deste ano, acusado de ser um dos líderes de uma organização criminosa especializada em contrabando de mercadorias.
O Ministério Público Federal já teria solicitado a apuração dessa prática de suborno que envolve o delegado Bardal. A denúncia teria sido feita na época ao Ministério Público Federal em Imperatriz por um dos assaltantes. O Estado tentou, na tarde de ontem, um contato com a assessoria do Ministério Público Federal, por meio de telefone, para saber mais informações sobre o fato, mas não obteve sucesso.
No último dia 28, Bardal foi autuado pelos crimes de peculato, prevaricação e concussão. Segundo a polícia, ele é suspeito de ter dado sumiço a uma carga de cigarros apreendida pela Seic em agosto do ano passado, na Cidade Operária. Ele teria tentado, ainda, extorquir o proprietário do estabelecimento comercial onde a carga foi encontrada, a quantia de R$ 150 mil.
Bardal chegou a ser ouvido por uma equipe de delegado da Superintendência Estadual de Combate a Corrupção (Seccor) e estava acompanhado de dois advogados. Em seguida, o ex-superintendente da Seic retornou ao presídio da Cidade Operária em uma viatura da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Entenda
Um cerco policial foi realizado na noite do dia 21 de fevereiro e se estendeu até a noite do dia seguinte. Uma parte do bando foi presa em um sítio, no povoado Arraial, no bairro do Quebra Pote, onde foram apreendidos veículos, armas, munição, dinheiro e a carga de uísque e cigarros contrabandeados, avaliada em R$ 16 milhões.
Além da prisão em flagrante, a polícia realizou, também, prisões por meio de ordem judicial. Entre os presos estão policiais militares, políticos, empresários e delegado da Polícia Civil. O processo sobre esse caso começou na 1ª Vara Criminal de São Luís e foi transferido para a Justiça Federal, onde tramita na 1ª Vara Criminal.