Preso suspeito de envolvimento em morte de líder comunitária

O secretário de Segurança Púlica do Maranhão Jefferson Portela contou, em entrevista concedida na manhã deste sábado (10), que um homem identificado como Francisco das Chagas Sousa está preso suspeito de participar da execução da líder comunitária Ana Cláudia Barros, de 53 anos. Ela foi morta a tiros na tarde de sexta-feira (9), na Avenida da Fraternidade, na Vila União, em São Luís.

O homem é o proprietário da motocicleta utilizada no crime e está detido na Delegacia de Homicídios de São Luís. O corpo está sendo velado na Associação de Moradores da Vila União. O enterro será realizado no Cemitério Parque da Saudade, no Vinhais, na tarde deste sábado.

Avenida da Fraternidade, onde fica a casa onde aconteceu o crime (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Um morador, que não quis se identificar, lamentou a morte da líder comunitária. Ele reclamou da violência na área, onde teria ocorrido outro homicídio em circunstâncias parecidas, há menos de 15 dias.

“[A vítima era] Excelente, muito querida, todo mundo conhecia ela aqui, de ponta a ponta. Muito fraca [a segurança]. A coisa mais difícil é passar um carro da polícia aqui. Você vê, em quinze dias, dois homicídios, é porque é muito perigoso”, disse.

Proteção à testemunha
O secretário Jefferson Portela avisou que as pessoas em situação de ameaça podem aderir ao Programa de Proteção à Testemunha oferecido pelo Estado.

“Nós temos a inclusão ao programa que, inclusive, disponibiliza à pessoa mudar do seu bairro, porque o Estado tem que apoiar as pessoas que estão ameaçadas. Para isso, a pessoa tem que aderir ao programa. No caso, quando a pessoa registra a ameaça, ela é informada, aqui em São Luís. Se ela quiser, ela pode ir para outro Estado com todo o pagamento feito pelo governo federal”, explicou.

Crime
De acordo com informações da Polícia Civil, a vítima estava no terraço de casa quando dois homens teriam chegado em uma motocicleta e disparado. Ela foi atingida por dois tiros e morreu a caminho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Araçagi.

O delegado Carlos Alberto Damasceno, do 7º Distrito Policial (DP), informou que a mulher teria registrado um boletim de ocorrência, dias antes, denunciando um traficante que atua na área. A suspeita é de que o crime seja uma represália às denúncias.

“Teve uma ocorrência que foi registrada por ela informando que ela era ameaçada por uma determinada pessoa. O nosso trabalho é identificar se a autoria parte dessa pessoa pela qual ela se dizia ameaçada”, explicou.

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