Ex-diretor de presidio tem prisão decretada, mas continua solto
O bacharel em direito Cláudio Barcelos, ex-diretor da Casa de Detenção do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, durante o período das barbáries com assassinatos e fugas, continua foragido depois de ter a prisão preventiva decretada por haver vendido criminosamente fugas para assaltantes de bancos. Pesa também ao ex-diretor da Casa de Detenção de ter facilitado mais de 40 outras fugas mediante pagamento com justificativas de fugas, além de participar do tráfego de drogas dentro da unidade e de ser viciado, o que chegou a ser denunciado. Como se tratava de uma pessoa da mais elevada confiança do então secretário Sebastião Uchôa, qualquer denuncia contra ele era irrelevante, além dele ter se tornado um importante alcaguete sobre o trabalho de agentes e inspetores penitenciários e da Policia Militar dentro do Complexo de Pedrinhas.
Cláudio Barcelos era terceirizado com autonomia poderosa dentro da Casa de Detenção, impondo regras próprias dentro da unidade. Foi dele a iniciativa de manter os presos fora das celas, como estratégia para não serem notadas as ausências dos que eram liberadas para passar até duas semanas fora da unidade. Chegaram a surgir denuncias de que alguns presos eram liberados na sexta-feira para retornarem no domingo, o que permitia a que muitos praticassem crimes sem despertar desconfianças.
O diretor da Casa de Detenção praticava sucessivos crimes e sempre contava com a proteção do secretário Sebastião Uchôa. Investigação da Superintendência Estadual de Investigações Criminais – SEIC constatou o desaparecimento de três assaltantes de banco da Casa de Detenção de acordo com denúncias já de domínio público, de que houve uma negociata em torno de 300 mil reais, Inesperadamente policiais civis com mandado judicial invadiram a Casa de Detenção e prenderam Cláudio Barcelos. Dias mais tarde foi posto em liberdade, mas em seguida foi decretada a sua prisão preventiva e ele acabou fugindo.
Começaram a surgir comentários de que ele foi visto em São Luís dirigindo um carro de luxo e fazendo compras em um supermercado, muito a vontade e sem maiores preocupações. Elemento como Cláudio Barcelos e outros que chegaram a vender mais de uma tonelada de ferro do Sistema Penitenciário e praticas delituosas faziam parte do pessoal terceirizado.