Prefeito de Anajatuba deixa prisão, mas vai cumprir medidas restritivas e usar tornozeleira
O advogado Hélder Lopes Aragão (PMDB) que está afastado do cargo de prefeito de Anajatuba por suspeita de corrupção, deixou o pavilhão especial do Presídio São Luís I, na manhã deste sábado (12). Ele ficou preso por 53 dias e foi beneficiado por um habeas corpus concedido na noite desta sexta-feira (11) pelo desembargador Mário César Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
No entanto, antes de sair da prisão com o uniforme de presidiário, Aragão deixou a cadeia usando tornozeleira eletrônica. O equipamento que foi colocado por servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Maranhão (SEJAP), faz parte de uma das medidas restritivas estabelecidas pelo magistrado. O peepemedebista também está proibido de manter contato com outros investigados e réus em processos da Operação Attalea.
ENTENDA O CASO
A Polícia Federal realizou no dia 20 de outubro uma operação para cumprir oito mandados de prisão, um de condução coercitiva e três mandados de cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão em São Luís e Anajatuba (MA). Entre os detidos, estava o prefeito de Anajatuba (MA), Helder Lopes Aragão (PMDB), o empresário Fabiano Bezerra e mais duas pessoas de nomes não divulgados. Todos serão levados para a sede da Superintendência Regional da PF, no bairro da Cohama, em São Luís (MA).
A Operação Attalea foi resultado de um trabalho conjunto da PF com o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e Controladoria-Geral da União (CGU). O inquérito foi instaurado em julho de 2014. Em novembro do mesmo ano, o caso foi destaque na primeira reportagem do quadro ‘Cadê o dinheiro que estava aqui?’, do ‘Fantástico’, da TV Globo. O repórter Eduardo Faustini mostrou que, em 2013, quatro empresas contratadas pela prefeitura do município – de 25,2 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), localizado a 130 km de distância da capital – receberam juntas R$ 9 milhões. O dinheiro foi desviado, e quem descobriu a falcatrua foi o vice-prefeito, Sydnei Costa Pereira.