Braide veta reajuste de seu salário e prejudica servidores
Em manobra meramente populista, o prefeito Eduardo Braide vetou o reajuste de seu salário de R$ 25 mil para R$ 37,5 mil, prejudicando os auditores e controladores do município que terão seus vencimentos reduzidos, já que o teto do funcionalismo municipal é o salário do prefeito.
A demanda do reajuste do salário do prefeito era dos auditores e controladores mais antigos que ganham acima do salário do prefeito e segurando seu vencimento por uma liminar derrubada no Tribunal de Justiça do Maranhão. O TJMA entendeu que o teto do funcionalismo municipal é o salário do prefeito e não existe outra maneira de servidores ganharem a mais a não ser aumentando o salário do prefeito.
Para se ter uma ideia de como o veto de Braide é meramente populista, Braide sancionou os aumentos de salário da vice-prefeita, dos secretários e secretários adjuntos, o que significa um gasto de milhares de reais muito maior do que os R$ 12 mil que custariam o aumento de seu salário.
Os secretários tiveram aumento de R$ 10,5 mil e os adjuntos de R$ 6 mil. São Luís possui 34 órgãos do primeiro escalão entre secretarias, fundações e demais órgãos. Então, são, no mínimo, 34 secretários e 34 adjuntos, sendo que algumas possuem mais de um adjunto. Mas colocando apenas um adjunto por secretaria, o custo destes aumentos é, por baixo, R$ 555 mil.
Isso deixa claro que o objetivo do prefeito ao vetar o aumento do seu salário é meramente populismo e não economia aos cofres públicos, caso contrário, vetaria também os aumentos ao secretariado.
Nao são R$ 12 mil que farão diferente no orçamento de R$ 5, 5 bilhões de São Luís. O que realmente faz falta nos sofres municipais são os milhões que circulam em malas de Clios pela cidade.