E Pedro Teles, quando será preso?
A execução do ex-prefeito do município de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin, ocorrida no início deste mês (reveja), chocou o Maranhão, tanto pela brutalidade utilizada, quanto pela trama desenhada que aponta um filho da vítima como sendo o principal suspeito do crime.
Mas como não poderia ser diferente, o assassinato de Nenzin acabou sendo transformado em tema de pequenez política, tanto pelo lado da oposição, quanto pelo da situação.
As forças da Segurança Pública, por exemplo, comandadas pelo secretário comunista Jefferson Portela, agiram rápido e prenderam o filho do ex-prefeito, Manoel Mariano de Sousa Júnior, o Júnior do Nenzin.
Portela, seguindo o exemplo do seu chefe, o governador Flávio Dino, utilizou, por diversas vezes, as redes sociais para anunciar com alarde lances das investigações, que culminaram com a prisão de Júnior, recolhido preventivamente nas dependências do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na zona rural de São Luís.
Ocorre que a mesma agilidade empregada pelas forças da Segurança Pública no caso do assassinato de Nenzin, nem de longe são as mesmas utilizadas em uma situação que envolve outro filho da vítima, o empresário Pedro Alberto Teles de Sousa.
Pedro Teles, como é mais conhecido, está com a prisão decretada pelo Tribunal de Justiça desde o mês passado – reveja.
Ele foi condenado a 21 anos de prisão acusado de ter encomendado a morte do trabalhador rural Miguel Pereira Araújo, o Miguelzinho, que teria invadido terras de sua propriedade em Barra do Corda.
No dia no qual Nenzin foi assassinado, de acordo com informações de moradores da cidade, Pedro Teles esteve na unidade de saúde onde o pai foi atendido, na cidade de Presidente Dutra.
Aparentava sintomas de embriaguez e afirmava em alto e bom som que o irmão, Júnior, estava envolvido no crime.
Curiosamente, nenhum dos agentes das forças comandadas por Jefferson Portela – e, claro, o próprio secretário – se ateve a este fato.
Pedro teles, que é irmão do deputado estadual Rigo Teles (PV), continua livre, leve e solto.
Diante dos fatos, cabe o questionamento: quando o mesmo será preso?