Eleição da nova Mesa da Assembleia deve ter chapa única

A Assembleia Legislativa está a uma semana de ganhar uma nova gestão, mas de um jeito bem antigo: com a formação de uma “chapa de consenso”. A disputa entre dois grupos e a realização de uma eleição, de fato, pela presidência da Mesa Diretora está cada vez mais longe de se tornar uma realidade.

Cogitada desde outubro do ano passado, quando foram eleitos 29 deputados estaduais pelos partidos de oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB) e 13 pela base governista, a apresentação de dois grupos de candidatos aos cargos da Mesa Diretora nunca foi o desejo da maioria dos parlamentares.

Embora quase todos, até mesmo boa parte dos reeleitos, venham defendendo a renovação do comando do Poder, a intenção sempre foi a de unir todos os parlamentares, ou pelo menos a grande maioria – de forma a inibir a formação de uma segunda chapa – em torno de uma única candidatura.

O argumento é basicamente o mesmo entre eles: um racha dentro da Casa Legislativa em um momento de transição de governos não seria positivo para o Estado. Até aqueles poucos, como o socialista cristão Rogerio Cafeteira, que defendia a disputa como algo, sim, positivo para a democracia, também concordava que o consenso não seria uma opção ruim.

A busca por essa união teve início com o deputado Humberto Coutinho (PDT), que na noite de sábado (24) teria recebido a “benção” de 31 colegas para concorrer à presidência. Desde que apresentou seu nome, o pedetista conseguiu, além de desmotivar uma candidatura da ala de oposição, reunir parlamentares dos dois grupos em prol de uma Assembleia voltada à governabilidade da nova gestão Estadual.

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