Falta de segurança em embarcações é comum no litoral do Maranhão

6traA falta de segurança no transporte de passageiros em barcos é comum no litoral do Maranhão, o segundo maior em extensão da região Nordeste, com 640 km. Os barcos são o único meio de transporte disponível para a população que mora em ilhas isoladas no norte do Estado. É o que acontece na Reserva Extrativista Marinha de Cururupu, a 465 km de distância de São Luís: o local é um arquipélago com 15 ilhas, localizado no norte do Maranhão. O problema é que, na maioria das vezes, o transporte é feito sem condições adequadas de segurança.

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Não é difícil flagrar, por exemplo, barcos de pesca fazendo o transporte de pessoas e mercadoria, superlotados e sem equipamentos de segurança, como os coletes de salvatagem – termo técnico do equipamento. Os passageiros, muitas das vezes, se amontoam em compartimentos de carga e até no teto, dividindo o pouco espaço com animais e tonéis de combustível.

A dura travessia é rotina para algumas famílias: a saída ou chegada em casa, nessas condições, é feita, pelo menos, uma vez por mês. E, por vezes, os passageiros passam por sustos. “Quando balança muito o barco no vento dá susto, muito susto”, diz a comerciante Maria de Fátima Carvalho. “Quando o mar está agitado, fica ruim”, completa a dona de casa Nalva Oliveira.

“Todos os acidentes observados de naufrágio de embarcações miúdas os óbitos têm acontecido por falta do uso de coletes salva-vidas”, diz o capitão dos Portos do Maranhão, Marcos Tadashi, que também afirma que a Capitania fiscaliza a orla, principalmente, durante as férias escolares e feriados.

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Relembre
No último fim de semana, quatro pessoas morreram afogadas após uma canoa naufragar em um lago do município de Viana, a 214 km de São Luís. No momento do acidente, oito pessoas estavam na embarcação.

Entre as vítimas, duas crianças e duas mulheres: Clemilda Sá Pereira, professora de 35 anos; Júlio Pereira, 10; Claudiane Costa, 29, e seu filho, Júlio Martins, 10.

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