‘Gazetagem’ do presidente da OAB-MA como professor da UFMA repercute nas redes sociais
Desde a última terça-feira (13) começaram a circular nas redes sociais críticas ao presidente da Seccional do Maranhão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mario de Andrade Macieira, logo após o jornalista Gilberto Léda divulgar em seu blog uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) que constatou uma série de irregularidades na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com destaque para ausência de professores em sala de aula e não cumprimento de carga horária e de conteúdo de disciplinas dos cursos de Medicina, Direito e Engenharia Elétrica.
Macieira estava entre os citados. Os auditores afirmam que o fato de ele ser sócio de um escritório de advocacia e, ainda, presidente da OAB-MA, “dificulta, ainda mais, o cumprimento da jornada de 40 horas” na Universidade.
“Uma informação a corroborar a pouca disponibilidade do professor […] para ministrar aulas na UFMA é que […] o docente em questão também é sócio administrador, desde 04/09/1997, do escritório Macieira, Nunes, Zagallo & Advogados Associados […], além de ser responsável pela Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Maranhão [..]. Essa circunstância, em tese, dificulta, ainda mais, o cumprimento da jornada de 40 horas semanais por esse servidor na UFMA, além de afronta ao art. 117, inciso X, da Lei n° 8.112/1990”, diz o relatório.
A postura de Macieira em não cumprir a carga horaria provocou várias reações nas redes sociais. Na página do Facebook denominada “Advogados do Maranhão”, criada para a promoção do debate entre os profissionais da área, o assunto provocou uma verdadeira discussão. O caso acabou atingindo a advogada Valeria Launde, pré-candidata da situação à Presidência da OAB-MA.