Governistas rejeitam convocação de militares para prestar esclarecimentos sobre suposta espionagem

Parlamentares da base de apoio do governo Flávio Dino (PC do B) na Assembleia Legislativa rejeitaram, nesta quinta-feira (26), requerimento, de autoria do deputado Eduardo Braide (PMN), através do qual havia sido solicitada a convocação de oficiais da Polícia Militar do Maranhão, cujas assinaturas, constam em três memorandos que determinavam o recolhimento de informações pessoais de políticos não alinhados ao projeto de reeleição do comunista.

Os tenentes coronéis Emerson Farias e Antônio Markus Lima, responsáveis pelo Comando de Policiamento do Interior e da Área do município de Barra do Corda, respectivamente; além do major Jadiel Sousa, da Área de Caxias, foram afastados dos cargos por determinação do governador e do secretário estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, que negam o suposto esquema de espionagem.

Eduardo Braide lamentou a “força bruta” da base governista em não dar a oportunidade para que os oficiais pudessem publicizar suas versões acerca do assunto.

De acordo com ele, ao rejeitar o pedido, os deputados da situação referendaram que, de fato, o governador teme que a verdade venha à tona.

Na última terça-feira, dez partidos de oposição protocolaram na Procuradoria Geral da República, em Brasília, documento solicitando intervenção federal no sistema de Segurança Pública do Maranhão até o fim das eleições de outubro.

CPI´S – Continuam tramitando na Assembleia propostas da oposição que visam instalar pelo menos duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI´S).

A primeira terá como objetivo apurar justamente o suposto esquema de fichamento de políticos não alinhados à Flávio Dino.

A segunda atinge a gestão do comunista e o próprio Jefferson Portela, acusado pelo deputado Raimundo Cutrim (PC do B) de ter obrigado um policial militar a envolver seu nome em um esquema de milicianos.

O grupo criminoso foi desarticulado no mês passado. Vários policiais civis e militares foram presos, dentre eles o ex-superintendente estadual de Investigações Criminais, delegado Tiago Bardal.

Os pedidos de CPI´S ainda não contam com as 14 assinaturas necessárias para as suas instalações.

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