Máfia do transporte coletivo deve falir empresas menores, bancar campanhas eleitorais e manipular licitação
Ontem, dia 20 de janeiro, pela manhã, no auditório da Fiema, ocorreu a audiência pública para discutir a licitação de transporte na cidade. A equipe de Marketing e comunicação comanda uma verdadeira propaganda como se fosse tudo melhorar do dia para a noite, ônibus “bidirecional, “articulados”, mudança de cor, tudo peça publicitária, como diz o povo: tudo “migué”.
Uma licitação que antes de ser já é! Existem sérias suspeitas de que, talvez, sem o conhecimento do prefeito Edivaldo Holanda Junior, quatro grandes e ricas empresas do setor estão, por debaixo dos panos, articulando toda a Licitação do Transporte público. Inclusive, estas quatro ricas e grandes empresas do setor, teriam operado durante a lei que autorizou a licitação. No esquema, pré-candidatos a vereador nestas eleições que se aproximam serão ricamente beneficiados. A bola está cantada e as quatro ricas e poderosas do transporte coletivo de São Luís, mandarão e comandarão o serviço do transporte público. Acredito até que levarão todas as outras empresas que já atuam no mercado há anos a serem fechadas, causando assim uma demissão em massa. Fora que o consumidor, ou seja, o usuário do transporte, o povo, ficará refém destas quatro poderosas. E se isso acontecer de fato, como parece estar caminhando para se consolidar, a máfia das quatro empresas cobrará o quanto quiser na tarifa do transporte. E quem se arrebenta é o povo!
O bidirecional, nome bonitão, e o articulado, um ônibus emendado no outro, não dizem que corredores exclusivos e não faixas exclusivas, somente pintadas e não fiscalizadas, piso plano de concreto sem nenhum buraco, a suspensão é baixa. Essa movimentação lembra a campanha do João Castelo com o VTL, que o Edivaldo tanto criticou, mas não deu continuidade, o VTL não pode nem mais ser visto está intocado em algum lugar na linha como a serpente da Lagoa. O interesse agora é outro, é somente ônibus.
O que mais impressiona nos políticos ou nos seus assessores marqueteiros, é a tentativa de iludir a população. Onde está às informações e os resultados dos levantamentos feitos na dita audiência pública anterior. Não foram divulgadas por quais motivos? Colocados em algum lugar, num site, jornal. Não, em lugar algum!
A audiência pública está sendo divulgada porque pessoas próximas ao Prefeito alertaram para a necessidade de divulgação, risco de escândalo, porque para alguns assessores interessados no silêncio da licitação e dos contratos publicaram a convocação da audiência na véspera de Natal.
As alterações na Lei procuram também engessar o Governo do Estado, os ônibus semi urbano tem de seguir a lei de São Luís para trafegar, como se São Luís fosse a “Capital Metropolitana da Ilha”, só faltou dizer que tem de emplacar aqui para rodar aqui. Se determinado Município, por exemplo, decidir ou entender que o elevador do deficiente deva ficar na última porta traseira poderá não passar na “ vistoria da SMTT”, ou quem sabe até um modelo de veículo diferente, pasmem não passará.
O projeto de Lei que autoriza o Prefeito a fazer a licitação foi votado, em regime de urgência urgentíssima em um único dia, sem nenhuma alteração, com uma úncia emenda do Vereador Pavão, que segundo as pessoas que entendem de licitação deveria ser matéria de Edital e não de Lei. O fato é estranho para muitos vereadores, pois a forma como foi feita de cima para baixo demonstra interesse do Executivo em somente obter a chancela da Câmara para renovar o contrato de linhas por até 20 anos e mais 10 de prorrogação, ou seja, a vida do transporte por 30 anos em meras 6 horas, discutida em uma tarde depois do almoço, como sobremesa. O vereador Presidente Astro com muito bom censo, insistiu em mandar para as comissões, mas sob pressão não houve parecer de nenhuma das comissões. A lei foi publicada três vezes tamanhas a pressa. Vereadores reclamaram que a planilha que resulta na tarifa paga pelo o usuário sofreu alterações que podem inclusive piorar o serviço pois foi aumentada a idade dos veículos, isso eles não divulgam.
Mas por falta de transparência na divulgação dos estudos, disponibilidade de dado, a bomba mesmo vai sobrar é para o próximo Prefeito em 2017, como acontece hoje com a energia e os combustíveis que foram represadas pelo Governo e depois tiveram de ser liberados de uma vez, todos causando a grave crise econômica no país, ou vocês acham que a conta das “prestações” de quinhentos ou duzentos ônibus vai chegar quando, deveria ser demonstrado isso para a população, os empresários investiram em 380 ônibus ou mais ou menos para correr o risco de ônibus ficar parado na garagem ou devolvidos. Se o Prefeito se reeleger é bom perguntar agora quem está armando essa bomba pra ele. Se for outro, a ser eleito, aí são outros quinhentos e a audiência e a licitação foi somente para cumprir tabela de campeonato, assim é nosso belo horizonte.