O presidente em exercício da Assembleia, deputado Othelino Neto (PC do B), esteve em Barra do Corda, na tarde desta quarta-feira (6), acompanhado pelos deputados Edilázio Júnior (PV), Ricardo Rios (PEN), Rogério Cafeteira (PSB) e Rafael Leitoa (PDT), para prestar solidariedade e condolências ao deputado Rigo Teles (PV) e familiares pelo assassinato do ex-prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, vítima de crime supostamente de encomenda.
Na oportunidade, o deputado Othelino Neto disse ao deputado Rigo Teles e demais familiares que pediu ao secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, uma rigorosa e ágil apuração do crime. “O secretário Jeferson Portela deslocou-se imediatamente para Barra do Corda logo que foi comunicado do lamentável fato e já tomou todas as providências para que se elucide, o mais rápido possível, esse bárbaro crime”, informou.
O ex-prefeito de Barra do Corda foi assassinado por volta das sete horas da manhã, no Residencial Moradas do Rio Corda, com dois tiros na nuca, quando saia do carro em que se encontrava com seu filho Júnior. Ele recebeu os dois disparos quando estava descendo do carro.
“Meu irmão disse que não viu e nem ouviu nada. Ele só viu nosso pai com a cabeça caída sobre a porta do carro, e achou que ele estivesse passando mal e pediu socorro. Pouco depois que percebeu que ele estava sangrando pelo ouvido. Ele levou nosso pai, imediatamente, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Corda e depois para o Hospital Macrorregional de Presidente Dura, mas ele não resistiu. Meu pai nunca sofreu ameaça”, relatou Sandra Teles, a mais velha das três filhas mulheres.
Manoel Mariano de Sousa, conhecido por “Nenzim”, tinha 79 anos, deixou seis filhos (três homens e três mulheres) e a viúva Francisca Teles. Nenzim era o mais velho dos cinco irmãos, sendo três mulheres. Governou Barra do Corda por três vezes, nos períodos de 1996 a 2000, 2004 a 2008 e de 2008 a 2012. Seu filho, Júnior, conhecido por “Vaqueiro da Barra”, perdeu as últimas eleições para o prefeito Eric Castro (PC do B). Ele decretou luto oficial por três dias na cidade.
O deputado Roberto Costa (PMDB) apresentou um Projeto de Resolução, no sentido de dar um título de cidadão maranhense ao senhor Fred Maia. A proposta agora está em tramitação na Assembleia Legislativa.
Fred Maia é natural do Rio Grande do Norte e é prefeito do município de Trizidela do Vale. Desde os 22 anos ele reside no Maranhão.
“Fred Maia é, acima de um político aguerrido, uma pessoa que preenche todos os requisitos para ser reconhecido como maranhense, pelo seu amor e história dedicadas ao crescimento do nosso estado, em Pedreiras e Trizidela do Vale”, enfatizou o autor da proposição, Roberto Costa.
HISTÓRICO
Charles Frederick Maia Fernandes nasceu no dia 02 de abril de 1975, na cidade de Mossoró, estado do Rio Grande do Norte, na maternidade Almeida Castro. Filho de Charles Fernandes de Araújo e Nilza Maria Maia Fernandes. O pai (falecido) era comerciante e sua mãe é professora aposentada, formada em Letras.
Desde pequeno, carinhosamente foi chamado pelos pais de Fred e assim continua até hoje pelos mais íntimos. Fred é o segundo filho do casal, e tem como irmãs: Lorenna, Fávila (Cacau), Pâmela, Lívia, e, ainda, uma irmã de criação, Maria de Nazaré.
Fred estudou da Educação Infantil até ao 4º ano do ensino fundamental no colégio Diocesano Santa Luzia. Cursou o Ginásio no Colégio Sagrado Coração de Maria, até a 8º série. Nos dias de hoje a diretora dessa escola ainda é a mesma da época em ele estudava, Irmã Zelândia, que tem um enorme carinho por Fred e ainda o chama de filho. Todo seu ensino médio foi cursado no colégio Dom Bosco, onde, além de ser aluno era muito amigo do diretor, Sr. Filgueira. Sempre se envolvendo no que precisasse, ele participou com afinco da Banda Marcial da escola, sendo considerando um dos melhores cornetistas da época. Assim como seus grupos de feira de ciências eram destaque todos os anos na escola.
Fred sempre ajudou seu pai em todos os momentos de sua vida. Muito cedo aprendeu a dirigir e, nas férias da escola, viajava de caminhão com o pai. Sempre soube dar valor ao trabalho como crescimento pessoal. Fred, aos 22 anos, em 1997 deixou a casa dos seus pais e foi morar com seu avô, João Barroso Maia, na cidade de Pedreiras, onde passou a trabalhar na fábrica do Sabão Garoto, pertencente à sua família, e só saiu de lá quando, em 2004, entrou para política, sendo eleito como o mais jovem vice-prefeito de Trizidela do Vale pelo PMDB, exercendo dois mandatos de vice, sendo o segundo pelo PDT.
Em 2012, depois de muito trabalho e dedicação, foi eleito prefeito daquela cidade pelo PMDB, o mais jovem prefeito de Trizidela. Em 2016, depois de passar quatro anos a frente da administração municipal e de ter feito uma gestão primorosa, a população o elegeu novamente como prefeito para um segundo mandato. Fred desde então vem se destacando no cenário político maranhense e brasileiro como um dos prefeitos mais trabalhadores, aguerridos e comprometidos com a gestão pública municipal, sendo destaque até internacionalmente numa premiação nos EUA, no estado da Flórida.
Em recente artigo escrito ao jornal O Imparcial, o ex-secretário de Educação, ex-ministro e ex-deputado federal Gastão Vieira (PROS) mais uma vez enfatiza, o que chama de desligamento gradual do grupo político ao qual pertencia até o início de 2014, quando perdeu a corrida ao Senado pelo PMDB, para o atual senador Roberto Rocha (PSDB), com o apoio da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).
Segundo Gastão, o afastamento foi gradual e só ocorreu porque a relação se desgastou bastante. “Desde o fim da última eleição, em 2014, venho me afastando gradativamente do grupo político ao qual pertencia. Ao longo do tempo, a relação se desgastou e, pouco a pouco, percebi que ficar preso a ela seria abdicar dos meus ideais. Mais ainda, seria trair os 1.283.296 eleitores que votaram em mim para assumir uma cadeira do Senado”.
Recém-chegado às hostes do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), Gastão Vieira admite que sempre foi movido por um ideal e que esse é o combustível que lhe fez rever antigas parcerias políticas e apostar no outro lado.
“Esse é o combustível que me fez rever as minhas parcerias políticas, abandonar o antigo (leia-se grupo Sarney) e me juntar ao governador Flávio Dino. Faço o movimento por convicção, não por desespero. Seria mais fácil ficar onde estava com um grupo que já conhecia ou até mesmo deixar a política de lado, mas não estaria seguindo meu coração. Estou convicto que a decisão que tomei foi a mais acertada possível. Tardia, talvez, mas consciente e correta”.
o Mariano Júnior, o ‘Nenzin Júnior’, ex-candidato a prefeito do município e seu herdeiro político.
Há fortes rumores em Barra do Corda de que o ex-prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin, tenha sido assassinado pelo próprio filho Mariano Júnior, o ‘Nenzin Júnior’, ex-candidato a prefeito do município e seu herdeiro político.
Ainda há pouco, horas depois de retornar de Barra do Corda, onde esteve pessoalmente acompanhando as investigações, o Secretário da Segurança, Jefferson Portela confirmou a O BLOG que a polícia já investiga essa hipótese. O secretário não quis dar mais informações, adiantando apenas que “está tudo muito estranho” para ser um crime de pistolagem.
É pública e notória a ‘disputa intestina’ travada em Barra do Corda entre familiares do ex-prefeito, que possui muitos bens. Hoje Mariano Júnior é herdeiro político do pai, e hoje o filho mais próximo de Nenzin.
O BLOG apurou, também, que momentos depois de Nenzin ser baleado o filho dele, empresário Pedro Telles, esteve na UPA, para onde o ex-prefeito foi levado, com sintomas de embriaguez e desequilíbrio, acusando o irmão Mariano Júnior de ter cometido o crime.
A presença de Pedro Telles em Barra do Corda chega a causar estranheza, já que ele está com prisão decretada pelo assassinato de um conterrâneo conhecido como Miguelzinho, no início dos anos 2000. Pedro Telles foi julgado, condenado e perdeu todos os recursos impetrados para anular o júri. Com o processo transitado em julgado, o empresário teve a prisão decretada recentemente, mas a Polícia não conseguiu prendê-lo.
A informação da decretação da prisão vazou e Pedro Telles se evadiu. Estranhamente, estava na manhã desta quarta-feira na UPA, para onde o pai foi levado, ainda com vida.
Leocádio Rodrigues, ex-prefeito de Serrano do Maranhão.
O juiz de Direito Douglas Lima da Guia, titular da comarca de Cururupu, condenou o ex-prefeito do Município de Serrano do Maranhão (MA), Leocádio Olimpio Rodrigues, pela prática de diversos atos de improbidade administrativa, no exercício financeiro de 2005. A sentença foi proferida em Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa proposta pelo Ministério Público Estadual, com base na Lei n° 8.429/92.
O ex-prefeito foi condenado à perda da função pública, caso exerça; à suspensão dos direitos políticos pelo período de cinco anos; à multa civil no valor correspondente a dez vezes o valor da remuneração como prefeito recebida em 2005; e à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo período de cinco anos.
Conforme os autos, o ex-prefeito foi condenado por diversas irregularidades: arrecadação dos tributos de competência do Município em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal; omissão na contabilização de receita do valor de R$ 278.302,25 referentes a Imposto de Renda retido na fonte e ao Imposto Sobre Serviços; aplicação da folha de pagamento do Poder Executivo acima do limite da Lei Responsabilidade Fiscal; aplicação inferior a 25 % da receita proveniente de impostos e transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino; aplicação inferior a 15 % da receita proveniente de impostos e transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental; aplicação inferior a 60 % da receita proveniente de recursos do FUNDEF; aplicação inferior a 15 % dos recursos nas ações e serviços públicos de saúde.
As irregularidades ainda se referem à ausência de comprovação de despesas contabilizadas e de despesas realizadas, no montante de R$ 495.005,57; ausência de procedimento licitatório em desacordo com a lei 8.666/93, no valor de R$ 1.545.746,85 em contratos de serviços de diversos, aquisição de peças de veículos, gêneros alimentícios, de medicamentos, de material de limpeza, de material de construção, obras de engenharia; não encaminhamento dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentários e dos Relatórios de Gestão Fiscal ao Tribunal de Contas, bem como não publicação dos referidos relatórios.
Na análise dos autos, o juiz constatou que as contas do ex-gestor foram reprovadas no exercício do ano de 2005, pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, em razão de permanência de irregularidades insanáveis verificadas no processamento das receitas. Após a análise dos meios de provas reunidos nos autos, ficou demonstrado que o prefeito praticou os atos de improbidade administrativa previstos no artigo 11, incisos II e VI da Lei 8.429/1992.
“Ressalto que, ao cometer as referidas irregularidades referentes exercício financeiro de 2005, ficou demonstrado o intuito de inviabilizar o exame comparativo das despesas supostamente realizadas, e dificultar a fiscalização da efetiva aplicação dos recursos que lhe foram destinados, violando dever funcional que lhe competia, já que exercia a titularidade do Poder Executivo Municipal à época dos fatos, violando obrigação legal e constitucional de observância compulsória”, assinalou o juiz na sentença.
Com o trânsito em julgado da sentença, o nome do ex-gestor será incluído no cadastro do CNJ de condenados por atos de improbidade.