Preso filho de ex-prefeita suspeito de agiotagem no Maranhão
Foi preso nessa quarta-feira (1º), em São Luís, Eduardo Costa Barros, suspeito de fazer parte de um esquema que, segundo a polícia, desviou R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão.Eduardo é filho da ex-prefeita do município de Dom Pedro, Maria Arlene Barros, que foi presa na última terça-feira (31), também por suspeita de fazer parte do esquema de agiotagem.
Eduardo Costa Barros, que é mais conhecido como “Eduardo Imperador”, se apresentou na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima, acompanhado de advogados. Contra ele havia um mandado de prisão temporária em aberto. Ele é investigado pela polícia por suspeita de envolvimento com a quadrilha de agiotas, que seria comandado pelo empresário Glaucio Miranda.
Segundo as investigações, em uma única conta bancária de Eduardo Barros, foram encontrados mais de R$ 5 milhões, que teriam sido transferidos da conta da prefeitura de Dom Pedro, sem nenhuma justifivativa ou compravção de prestação de serviços.
Segundo a polícia, em nome de Eduardo e de pessoas ligadas a ele existem, pelo menos, dez empresas, a maioria no ramo de construção civil e locação de máquina. Estas empresas seriam usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro da prefeitura de Dom Pedro. Eduardo nega que tenha tantas empresas e que tenha sido beneficiado.
Durante a operação realizada em junho de 2012, que prendeu os suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá, a polícia encontrou notas promissórias e cheques assinados por prefeitos.
O delegado Roberto Wagner Fortes, afirma que Eduardo ficará preso temporariamente por cinco dias, e poderá responder pelos os crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção ativa e passiva.
Operação
O delegado responsável pela operação Roberto Fortes disse, em entrevista coletiva realizada na tarde dessa terça-feira, na sede da Secretaria de Segurança Pública, em São Luís, que a polícia chegou aos envolvidos após a análise de documentos e da quebra de sigilo fiscal dos suspeitos.
O nome da operação faz referência ao líder do esquema, conhecido como Imperador, que seria parente da prefeita. Ele está foragido. Outras quatro pessoas, que seriam “laranjas”, foram detidas e liberadas após interrogatório.
Na operação, foram apreendidos carros de luxo, máquinas pesadas como tratores, documentos e descoberta uma conta com saldo de mais de R$ 5 milhões. “[O imperador] possui vários RGs, CPFs, títulos de eleitor e com isso abria várias contas e empresas com o objetivo de lavar dinheiro”, explicou o delegado Forte.
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