Professores de Cantanhede realizam protesto e cobram prefeito Ruivo
Professores da rede municipal de ensino de Cantanhede, distante cerca de 150 km da capital São Luís, realizaram, nesta quinta-feira (21), protesto pacífico com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e cobrar do prefeito Marco Antonio Rodrigues de Sousa (PSD), popularmente chamado de Ruivo, a sanção de um projeto de lei que determina a imediata contratação de 106 docentes exonerados recentemente.
Ocorre o seguinte: os professores exonerados foram aprovados no concurso público realizado pela prefeitura no ano de 2009, quando o município era comandado pelo prefeito José Martinho dos Santos Barros, mais conhecido como Kabão, acionado seis vezes pelo Ministério Público, somente este ano, por crimes de corrupção.
Decisão do juiz Frederico Feitosa de Oliveira, da Comarca de Cantanhede, anulou a segunda fase do concurso e tornou sem efeito a nomeação dos referidos docentes.
Eleito ano passado para seu primeiro mandato, Ruivo obedeceu a decisão judicial e enviou para Câmara Municipal projeto de lei solicitando autorização para contratar novamente os exonerados, como forma de preservar seus empregos e não prejudicar o ano letivo, até a realização de um novo certame.
No entanto, os salários oferecidos pelo gestor são 50% menores do que os que eram pagos anteriormente aos professores antes que os mesmos fossem obrigados a deixar suas funções.
Na última segunda-feira, os vereadores da cidade aprovaram projeto de lei que determina que os professores atingidos pela decisão judicial sejam recontratados pelo município recebendo os mesmo valores – cerca de R$ 2.700. O projeto seguiu para sanção do prefeito.
Em nota divulgada na semana passada, Ruivo afirmou que apenas cumpriu decisão judicial e que sempre dialogou com os docentes.
Explicou que a prefeitura está ciente do cumprimento de suas responsabilidades e não pode ferir a legislação vigente em relação ao pagamento de professores contratados.
Lamentou também o caminho partidário que as negociações seguiram, mas continuará firme em respeito aos professores, aos alunos, à população e aos princípios legais.