Roberto Costa mente para justificar retirada de assinatura de proposta que iria beneficiar deputados da oposição
O líder da ‘oposição’ na Assembleia Legislativa, deputado Roberto Costa (PMDB) mentiu, descaradamente, ao justificar a retirada de sua assinatura da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do deputado César Pires (DEM) que trata do Orçamento Impositivo.
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Em entrevista ao jornalista Gilberto Léda, o peemedebista, disse que decidiu recuar não por pressão do Governo do Estado, mas por que havia assinado o documento sem antes conversar com a bancada do partido.
“Nós decidimos que todos esses posicionamentos têm que ser conversados entre os deputados da bancada, para termos uma posição uniforme. E eu acabei assinando sem antes conversar com os deputados Max Barros e Nina Melo”, declarou, sem citar Andrea Murad.
Até aí, tudo bem. Mas tem um problema: Roberto foi o único do PMDB que retirou a assinatura da proposta que iria beneficiar, inclusive, ele e os demais deputados da oposição.
FLORÊNCIO TINHA RAZÃO
A atitude de Costa [em retirar a assinatura da PEC do Orçamento Impositivo] lembrou uma declaração do deputado Carlinhos Florêncio (PHS) que afirmou na semana passada, que o peemedebista perdeu a legitimidade de representar a oposição na Casa.
“Não vejo legitimidade em V. Excelência [Roberto Costa] como líder da Oposição”.
Uma semana depois, o aliado do senador João Alberto, provou na Assembleia porque deixou de representar os colegas de oposição.
Além Roberto Costa, outros sete deputados não resistiram à forte pressão do Governo do Estado e retiraram as assinaturas. São eles: Graça Paz (PSL), Léo Cunha (PSC), Stênio Rezende (PRTB), Wellington do Curso (PPS), Vinícius Louro (PR), Levi Pontes (SDD) e Sérgio Frota (PSDB).
SAIBA MAIS
A aplicação do Orçamento Impositivo era uma das principais discussões atualmente no legislativo maranhense. A proposta pretendia obrigar o governo a executar as emendas parlamentares aprovadas pela Assembleia Legislativa para o Orçamento anual.
As emendas são os recursos indicados por deputados para atender a obras e projetos em municípios. O texto da proposta estabelecia que o governador poderia, inclusive, ser processado por crime de responsabilidade caso não cumprisse o Orçamento aprovado.
Com a retirada das assinaturas, o projeto que iria beneficiar todos os parlamentares, inclusive, os da oposição comandados por Roberto Costa, será automaticamente arquivado.