Gil Cutrim mantém contrato com ONG investigada em seis estados
A ONG Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, investigada em seis estados por irregularidades, mantém desde 2011, contrato de R$ 20 milhões com a Prefeitura de São José de Ribamar, administrada pelo prefeito Gill Cutrim (PMDB), que é filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), conselheiro Edmar Cutrim.
Conforme informações obtidas pelo blog, a organização não-governamental responsável pelo gerenciamento do sistema de saúde na cidade balneária, é acusada de irregularidades no Paraná, São Paulo, Tocantins, Pará, Goiás e Espírito Santo, onde administra hospitais públicos.
A Pró-Saúde é investigada pelo Ministério Público por má-gestão, falta de prestação de contas do que arrecada e investe, sumiço de medicamentos, superfaturamento de serviços e por descumprir contratos de gestão firmados com governos estaduais e municipais.
A ONG também responde a 2 mil protestos que somam cerca de R$ 20 milhões em dívidas. A lista de ações judiciais inclui reclamações trabalhistas por contratações irregulares, atraso nos salários e falta de pagamento de horas extras dos médicos e servidores da saúde. Em cada um dos estados onde atua, a Pró-Saúde foi ou está sendo investigada por diferentes tipos de denúncias.
Até agora não sabemos se houve dano ao patrimônio público ribamarense nos repasses feitos pela Prefeitura à organização não-governamental referentes aos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014. Apenas em 2011, a soma transferida foi de R$ 20,1 milhões, conforme extrato do contrato publicado pelo Diário Oficial do Estado no dia 10 de outubro do referente ano.
Entidade filantrópica com sede em São Paulo, a Pró-Saúde foi contratada pela Prefeitura, em processo administrativo nº 1035/2011, para gerenciar todos os serviços do Hospital Municipal de São José de Ribamar.
O blog realizou um levantamento no Portal Transparência da Prefeitura e descobriu que em apenas um dia, quatro repasses foram feitos à Pró-Saúde com a rubrica “Manutenção da Média e Alta Complexidade – MAC”, conforme documentos em anexo.