Só João Alberto não viu nada demais na conduta de Aécio Neves
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (26) por maioria de votos determinar a suspensão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) das suas funções parlamentares.
O julgamento na Primeira Turma acontece três meses depois que o senador João Alberto (PMDB-MA) recusou representação contra o senador Aécio Neves. Segundo disse o senador Carcará na época, não havia provas para a cassação de Aécio a respeito dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelos quais é investigado no STF.
Para João Alberto, Aécio foi vítima de “uma grande armação”. Segundo reportagem do Estadão (veja). Na época disse João Alberto que as gravações de Aécio com Joesley Batista não o convenceram de que houve quebra de decoro parlamentar, nem as reportagens pela imprensa.
Os ministros do STF entenderam hoje, por 3 votos a 2, que há elementos para destinar uma rotina de preso ao senador Aécio Neves, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Segundo a decisão, o senador também fica obrigado a cumprir recolhimento domiciliar noturno, além de estar proibido de contatar outros investigados por qualquer meio e de se ausentar do país, com entrega de passaporte. Por unanimidade, foi negado o pedido de prisão preventiva.