Empresa suspeita de desvio teria superfaturado shows de carnaval em Santa Inês

Jean Ferro, dono da Freelance, volta a aprontar com recursos públicos

Suspeita de lavagem de dinheiro, superfaturamento e notas frias, são alguns dos possíveis golpes que poderão aparecer em futuras investigações envolvendo contratos da empresa J. C. Magno Ferro da Silva – ME, razão social da Banda de Forró Freelance, do empresário Jean Ferro da Silva, com municípios no interior do estado, para realização de eventos culturais.

A J. C. Magno foi contratada pelo município de Santa Inês para realizar o carnaval da cidade neste ano. O problema é que shows de artistas de projeção regional custam até quatro vezes mais quando se apresentam em eventos organizados pela empresa que é suspeita de R$ 4 milhões da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel).

A conclusão, com suspeita de superfaturamento, é de um levantamento realizado pelo Blog do Antônio Martins, que analisou shows contratados pela firma em vários municípios maranhenses. No caso de Santa Inês, a festa momesca deve bancar shows gratuitos, de nomes como Aline Mel & Forró na Veia, Jheremmias Não Bate Corner, Mastruz com Leite, Bruno Shinoda, Mara Pavanely, Chicana, Calcinha Preta, É Bala, Junhinho e Banda e Konexsamba do Mará.

Contrato com suspeita de superfaturamento

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Ao analisar os gastos, o blog observou preços acima da média na contratação de 05 das 10 apresentações musicais no evento. Os shows apenas com as atrações regionais, por exemplo, vão custar quase R$ 100 mil aos cofres do município santa-inesense. As atrações, contudo, haviam se apresentado em outras cidades por valores que variavam entre R$ 15,7 mil e R$ 20 mil.

As diferenças entre os valores pagos em Santa Inês e o máximo desembolsado em outros municípios para apresentações desses mesmos artistas alcançam um total de R$ 50 mil. Seria esse, então, o valor superfaturado, segundo levantado com base em extratos de contratos e pesquisa de preços, conforme consta em anexo nesta matéria.

Pesquisa de mercado aponta que bandas regionais custam pouco R$ 15 mil e nacionais R$ 51 mil

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