Carlos Brandão irrita aliados ao impor sobrinho no TCE

Não é novidade que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) é usado para abrigar políticos amigos do governador de plantão que fracassaram nas eleições ou poderiam enfrentar problemas legais sem cargo. A indicação política é a norma, porém, sempre se tentou dar um ar de “capacidade” para o cargo.

Foi o caso, por exemplo, de Washington Oliveira. Mas o projeto do governador Carlos Brandão de emplacar no tribunal seu sobrinho Daniel Itapary Brandão, passa do razoável e gera irritação na bancada dos partidos aliados, onde vários políticos fracassaram e buscam um abrigo.

É o caso, por exemplo, do PCdoB, que acha ter o direito de indicar um nome para a vaga aberta desde início de janeiro, em razão da saída do conselheiro Edmar Cutrim, que completou neste mês 75 anos, idade que a regra constitucional define para aposentadoria compulsória.

Segundo informações obtidas pelo blog, o PCdoB estaria alegando que abriu mão de buscar novamente o comando da Assembleia Legislativa, em troca do consenso. Os comunistas ainda criticam o uso de um critério familiar ao invés de contemplar aliados do grupo.

Figuras de dentro do próprio PSB são contra a nomeação de Daniel Itapary, até pela dificuldade em justificar a indicação de uma pessoa envolvida num escândalo de cobrança de propina de recursos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) que resultou no assassinato do empresário João Bosco, no térreo do prédio Tech Oficce, na Ponta D’Areia.

Como um dos critérios para disputar ao cargo de conselheiro do TCE é ter idoneidade moral e reputação ilibada, o envolvimento do sobrinho de Brandão com o caso da briga sobre o dinheiro pago pelo governo, pode virar um empecilho, embora o postulante à vaga já tenha garantido o apoio de pelos menos 41 dos 42 deputados.

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