Chaguinhas desabafa e promete expor crise na Câmara

Em contundente discurso, o vice-presidente anunciou o que pode ser um rompimento com o chefe do Legislativo: “Não se pode exigir de outro Poder quando não se faz a lição de Casa”, declarou.

Francisco Chaguinhas se posicionou durante a sessão desta quarta-feira / Leonardo Mendonça

Quatro meses depois do vereador Marquinhos Silva anunciar seu rompimento com o presidente da Câmara de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), agora foi a vez do vice-presidente da Casa, Francisco Chaguinhas (Podemos) tomar a mesma decisão. Pelo menos foi isso que se viu na sessão desta quarta-feira (09).

Em contundente discurso, Chaguinhas fez um desabafo e prometeu expor a situação de crise na Casa, na presença do chefe do Legislativo que não compareceu à sessão plenária.

“Esse discurso eu iria fazer olhando para o vereador Paulo Victor, mas como ele não está, eu vou fazê-lo quando ele estiver presente. Eu quero que ele faça a velação desse discurso”, declarou.

No pronunciamento, o parlamentar citou um problema de saúde envolvendo sua cunhada, moradora de Uberlândia – MG e o apoio que ela recebeu do presidente do Legislativo do município, vereador Zezinho Mendonça.

Embora não tenha exposto de forma clara, Chaguinhas usou o caso para fazer uma analogia com uma situação envolvendo um dos garçons que presta serviço ao Palacio Pedro Neiva de Santana, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no ambiente de trabalho na última segunda-feira (7).

Sem plano de saúde – uma das promessas de campanha do atual comando da Mesa Diretora da Casa –, o servidor acabou sendo levado ao Socorrão para os primeiros cuidados e acabou tendo sua vida salva juntamente pela competente gestão de saúde do prefeito Eduardo Braide, que tem sido alvo de constantes ataques no Plenário Simão Estácio da Silveira.

“Não se pode exigir de outro Poder quando não se faz a lição de Casa”, desabafou Chaguinhas. O parlamentar encerou seu discurso dizendo que o único lugar onde Braide tem rejeição é apenas na Câmara.

“Fora da Câmara, o prefeito tem aprovação e hoje tem uma avaliação acima dos 70%. Por isso, digo que esta Casa precisa furar essa bolha”, completou.

Assista a trechos do discurso:

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