Edilázio planejou ‘sequestrar’ desembargador para garantir eleição da sogra no TJ

O genro de Nelma teria pedido para senador segurar um magistrado em São Paulo para impedir que ele participasse da eleição da mesa diretora do judiciário maranhense que acontece hoje.

Para o deputado Edilázio Júnior (PV), vale tudo para garantir a eleição da desembargadora Nelma Sarney, na presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). O parlamentar que passou a semana usando uma tática rasteira para destruir imagem do concorrente da sogra, teve até um plano em mente: ‘sequestrar’ um desembargador para desfalcar a Corte na eleição da mesa diretora do judiciário maranhense que acontece hoje.

Mas como seria essa estratégia? Simples! Edilázio descobriu que o desembargador Jamil Gedeon estava em São Paulo acompanhando sua mãe que está internada na capital paulista. Foi então que o deputado teve uma brilhante ideia que passaria a contar com o apoio do senador Edson Lobão (PMDB).

Para colocar o plano em prática, o deputado aproveitou um encontro com o senador na cidade de Timon e pediu que ele convencesse Jamil a ficar em São Paulo alegando uma reunião muito importante. O encontro, na verdade, seria uma forma de impedir que o magistrado retornasse ao Maranhão para participar da votação. Antes de chegar ao TJ, Jamil foi Procurador-Geral da Justiça, biênio 1994-1996, período em que Lobão era governador.

Como o placar estaria favorável a José Joaquim em 15 a 13, o plano macabro de Edilázio seria o seguinte: Com Jamil ausente e a provável desistência do desembargador Jaime Ferreira de Araújo, que não simpatiza com Nelma e nem com JJ, a eleição ficaria empatada e a sogra de Edilázio venceria pelo critério de antiguidade.

Se a estratégia do parlamentar vai funcionar ou não só iremos saber daqui a pouco, às 9h, durante a sessão plenária administrativa que vai eleger a Mesa Diretora do Poder Judiciário do Maranhão – presidente do TJMA, vice-presidente e corregedor-geral da Justiça – para o biênio 2018/2019.

O plenário elegerá os ocupantes da Mesa Diretora por maioria de seus membros efetivos. A eleição é realizada por votação secreta, dentre os membros mais antigos, em número correspondente ao dos cargos de direção, para mandato de dois anos, sendo vedada a reeleição e o exercício de mais de dois cargos da mesa.

O Regimento Interno do TJMA estabelece quórum de dois terços dos membros da Corte para a eleição. O parágrafo 3º do artigo 89 do Regimento diz que é obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada antes da eleição. Nesta situação ou em caso de inelegibilidade, serão chamados a compor a relação os desembargadores mais antigos, em número igual ao dos cargos a serem preenchidos.

A posse oficial da nova mesa diretora ocorrerá em dezembro deste ano.

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