Juiz alvo da ‘operação 18 minutos’ retorna ao cargo após ser afastado
O juiz Cristiano Simas de Sousa, que deveria ficar afastado por um período de um ano, retomou suas funções nesta segunda-feira, 16, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado estava afastado das funções desde o mês passado, quando foi alvo da ‘Operação 18 minutos’, que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro entre juízes e desembargadores do estado.
No dia 14 daquele mês, o Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu afastar o julgador. A medida foi assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Froz Sobrinho.
Além de Cristiano Simas de Sousa, outros três desembargadores também afastados: Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, Luiz Gonzaga Almeida Filho e Nelma Celeste de Souza Silva Sarney Costa, além da juíza Alice de Sousa Rocha.
Naquele período, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal de Justiça do Maranhão tome as providências para auxiliar nas investigações internas e procedimentos administrativos contra os citados na ‘Operação 18 minutos’.
Segundo a determinação do corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, o TJ-MA deve informar as providências internas adotadas em até cinco dias.
A decisão da Corregedoria também determina o envio de um ofício ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para enviar informações sobre os magistrados supostamente envolvidos no esquema criminoso e auxiliar na instrução do procedimento disciplinar no CNJ.
Segundo as investigações, desembargadores, juízes, advogados e políticos no Maranhão integravam um grupo criminoso que manipulava a distribuição de processos no TJ, deferia alvarás em valores milionários contra empresas, e depois repartia o dinheiro entre si.
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