Lançada frente parlamentar para combater feminicídio

A Assembleia Legislativa instalou ontem a Frente Parlamentar de Combate e Erradicação do Feminicídio. A Frente nasceu de proposição formulada pela deputada Daniella Tema (DEM), aprovada ainda no ano passado, que fechou com 57 casos de feminicídio no Maranhão, número considerado alarmante – neste ano já são 10 casos registrados até aqui. A instalação se deu em sessão solene presidida pela deputada Daniella Tema, com a presença da deputada Helena Duailibe (Solidariedade), procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa, da deputada Mical Damasceno (PTB), e da deputada licenciada Ana Mendonça (PCdoB), atual secretária de Estado da Mulher, e de representantes de várias organizações de defesa e apoio à mulher, entre elas a ativista Silvia Leite, homenageada com a Medalha Manoel Beckman, a maior honraria do Legislativo maranhense.

Desde que chegou à Assembleia Legislativa, em fevereiro do ano passado, a deputada Daniella Tema tem se destacado por um discurso de forte viés social, com ênfase para a área de saúde, que conhece bem a partir da sua formação de nutricionista e sua experiência exitosa de diretora-geral do Hospital Regional de Presidente Dutra, que comandou por mais de três anos. Na mesma linha, tem tratado de temas delicados, entre eles os problemas ainda enfrentados pela mulher na sociedade atual, e nesse contexto, o feminicídio. No ano passado, diante do número crescente de assassinato de mulheres no Maranhão, tratou do assunto várias vezes na tribuna, criticou a presença forte do machismo na sociedade maranhense e defendeu a adoção de políticas de apoio à mulher, estimulando no sentido de que ela alcance a necessária igualdade de direitos.

A Frente Parlamentar de Combate e Erradicação do Feminicídio começou a ganhar forma no dia 11 de novembro de 2019, quando a deputada Daniella Tema encaminhou à Mesa Diretora da Assembleia projeto de resolução legislativa criando a organização parlamentar, que foi acatado pelo presidente Othelino Neto (PCdoB) e referendado unanimemente pelo plenário. E a julgar pela disposição de Daniella Tema, que vai presidi-la, a Frente Parlamentar de Combate e Erradicação do Feminicídio poderá se transformar de fato num instrumento efetivo de ação contra essa inaceitável chaga social.

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