Dossiê escancara relação do novo diretor da PF com Sarney e Lobão, diz Veja

Fernando Segóvia, com Leandro Daiello, a quem substituiu na chefia da PF

Um dossiê que circula em Brasília mostra as relações íntimas que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, ex-superintendente no Maranhão, tem com a família Sarney e com Edison Lobão.
De acordo com o documento, no período em que esteve no cargo no Maranhão, Segóvia morou na casa de um empreiteiro ligado a Lobão.

Há relatos também da proximidade de Segóvia com o clã Sarney. O delegado e sua esposa iam a festas com os Sarney, tendo passado inclusive um carnaval com Roseana.
O temor na PF é que Segóvia venha com a missão de acabar com a Lava Jato, dada a sua estreita ligação com políticos envolvidos na operação.

Para reforçar esse temor, é provável que ele coloque em cargos-chave os delegados Reinaldo Cézar, ex-assessor de Sarney, e Sandro Avelar, ex-secretário do ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT). (Com Radar, da Veja Online)

Bayma Araújo mantém competência de desembargador que afastou Zé Vieira da prefeitura de Bacabal

O desembargador Bayma Araújo em decisão proferida hoje – num recurso do prefeito de Bacabal, Zé Vieira (PP) – que deve prevalecer no caso é a decisão do desembargador José de Ribamar Castro, da 5ª Câmara Cível do TJMA, que havia cassado no início do mês uma decisão da desembargadora Cleonice Freire.

Em sua decisão, o desembargador Ribamar Castro afastou Zé Vieira do comando da prefeitura de Bacabal. Depois disso, a desembargadora Nelma Sarney cassou a decisão de Castro.

Mas essa decisão também já foi tornada sem efeito, porque Bayma Araújo entendeu que o relator da matéria é, de fato, José de Ribamar Castro.

Desbaratada organização criminosa que envolve ao menos 15 policiais militares de SL e Imperatriz

Secretário Jefferson Portela

Sob a coordenação da Secretaria da Segurança Pública, a Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, desbaratou uma verdadeira organização criminosa que envolve ao menos 15 policiais de São Luís e de Imperatriz. Alguns já estão presos e sendo encaminhados para a SSP. Dois deles foram presos ontem na capital maranhense.

A organização criminosa, que mantém contatos com bandos do Maranhão, do Pará e do Tocantins, é especializada em assaltos e extermínios e estava agindo em toda a região sul do Maranhão, principalmente em Imperatriz.

Os policiais militares envolvidos vinham sendo investigados há alguns meses. A operação está em andamento e equipes das polícias Civil e Militar continuam nas ruas de São Luís à procura dos militares que ainda não foram capturados, mas que já estão devidamente identificados..

Donos de bares da praia do Araçagy fazem apelo para que estabelecimentos não sejam derrubados

Em um momento de grave crise econômica que o país atravessa e que as autoridades máximas, dos Três Poderes do Maranhão, afirmam atingir diretamente o Estado e suas finanças, impactando negativamente em toda a sociedade, o Ministério Público Federal vem dando um péssimo exemplo do que não deve ser feito. Um pedido do órgão, feita pelo procurador Rodrigues Soares, requer a derrubada de bares e residências localizadas na Praia do Araçagy. O pedido foi acatado pelo juiz Ricardo Macieira, da 8ª Vara Federal do Maranhão (Processo: 2003.37.00.00372-4).

Segundo a presidente da Associação dos donos de Bares, Farailde Seba, que trabalha há 30 anos na praia, o prazo final para que proprietários retirem as barracas termina nesta quinta-feira (09). Dona Fafá, como é mais conhecida, alega que a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) já havia concedido autorização e aprovado a planta para construção de 42 estabelecimentos tipo bar, razão pela qual a decisão foi vista como uma surpresa por todos. A SPU é órgão competente no que tange à regularização do domínio dos bens, assim como a ceder a concessão para uso de áreas que pertençam à União.

A presidente afirma que a associação tentou de todas as formas uma solução, inclusive apresentando um projeto de urbanização custeado pelos próprios barraqueiros no qual os bares seriam instalados ao lado do calçadão, tal como ocorre na Avenida Litorânea. No projeto constava adequação urbanística e obras de saneamento básico, mas o mesmo não teve o apoio dos órgãos competentes. A associação chegou a procurar o governador Flávio Dino, mas dona Fafá alega que ele nada fez em favor dos donos de bares.

“A gente esperava que no nosso governador Flávio Dino estivesse ao lado do povo trabalhador, assim como estiveram todos os outros governadores. Mas ele simplesmente virou as costas e agora mais de 2 mil pessoas que tiram seu sustento da praia estão ameaçadas. Fizemos nosso projeto respeitando o meio ambiente, consolidando este espaço de lazer que já é tradicional, mas não houve sensibilidade. Na praia tem pessoas que trabalham há mais de 30 anos e o que queremos é apenas o direito de continuar trabalhando honestamente”, desabafa.

O direito à livre iniciativa e ao trabalho é assegurado pela Constituição Federal. Além dos donos de bares e os mais de mil empregos gerados diretamente, há aquelas pessoas que dependem do comércio ambulante para sobreviver. Diferentemente do que acontece em outras cidades turísticas, aqui não há qualquer apoio do governo no cadastramento e organização dos ambulantes, razão pela qual os dados estimados são fornecidos pela associação local. Segundo a entidade, cerca de 500 pessoas trabalham como ambulantes com a venda de produtos diversos.

João é vendedor de ostras e tem seis filhos. Ele diz que já trabalha há mais de dez anos na Praia do Araçagy e que sustenta toda sua família com a renda do marisco. “É um trabalho pesado, mas é gratificante. Eu consigo sustentar minha família e garantir o estudo dos meus filhos para que um dia não precisem passar pela dura jornada que passo todo dia. Como vou fazer para sustentar as oito pessoas lá em casa?”.

Frequentadores do local também reclamam. Para o senhor Jair, a Praia do Araçagy já faz parte do roteiro de lazer para os maranhenses e até turístico para aqueles que vêm visitar a cidade. “Já frequento a praia há bastante tempo e percebo que as melhorias são sempre realizadas pelos donos dos bares, inclusive nos orientam a não deixar lixo na praia. Nunca vi o poder público trazer alguma benfeitoria”, relata.

A atitude do MPU, acatada pela Justiça federal, contrasta com a inépcia do próprio órgão na defesa de mananciais, manguezais e outras áreas de preservação. Exemplo disso é o descaso com ocupações irregulares que derrubam áreas de mangues, como ocorre na região do Bairro do São Francisco. Ali, não se percebe uma atuação efetiva e moradores continuam invadindo e vivendo em área de risco, muitos sobre palafitas. Esse tipo de ocupação desordenada é comum em São Luís, assim como é comum a falta de ação do órgão para coibir a degradação.
Como região turística, a Ilha de São Luís carece de um plano de ocupação da faixa Litorânea. Enquanto isso, perdemos espaço no cenário nacional para outras capitais, onde se verifica harmonia entre trabalhadores, frequentadores e o meio ambiente.

Ou as autoridades enfrentam o problema com coragem, garantindo a exploração do espaço com a redução dos impactos ambientais ou São Luís continuará cada vez mais esquecido quando o assunto for destino turístico. Enquanto isso, só para lembrar, canais de esgoto continuam sendo jogados diretamente e sem tratamento nas praias em toda a extensão da ilha.

Roseana com os prefeitos

A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) vai iniciar logo no início de 2018 um périplo pelos 216 municípios do interior maranhense.

Ela quer conversar com cada prefeito e com as demais alas municipais, para consolidar-se como opção de voto.

Mas os números que ela tem como parâmetro já lhe dão uma certeza: a maioria dos prefeitos, hoje, não pretende votar no adversário comunista.