Uma auditoria do Tribunal de Contas do Maranhão (TCE-MA) aponta indícios de fraude na gestão dos recursos da previdência na Câmara Municipal de São Luís. Há vários anos o legislativo municipal não repassa ao Instituto de Previdência e Assistência do Município de São Luís (IPAM) os valores da contribuição previdenciária.
Além do TCE, o Ministério Público Federal (MPF) investiga o destino do dinheiro recolhido dos servidores da Câmara Municipal da capital. Após, a auditoria o TCE aguarda a manifestação do IPAM sobre as irregularidades apontadas no relatório da auditoria.
Na última quarta-feira, o diretor geral da Câmara, Itamilson Corrêa Lima, prestou esclarecimentos no TCE. Na semana passada, a diretora Ana Karina Cordeiro também foi ouvida sobre o dinheiro recolhido pelo legislativo municipal para o pagamento previdenciário.
Suspeita-se tanto no TCE quanto no MPF que o IPAM não sabe ao certo o número de servidores da Câmara de Vereadores. Além de saber quantos funcionários existem no legislativo municipal, as investigações querem encontrar o destino dos recursos descontados em folha como contribuição previdenciária.
A assessoria de Comunicação da Câmara confirmou a existência da auditoria e informou que o presidente do poder legislativo, vereador Astro de Ogum, por meio de dirigentes da Casa, está fornecendo todas as informações necessárias às investigações em andamento sobre esse problema, que, segundo os assessores legislativos municipais, antecede à gestão do atual presidente.
Após se reunir com parlamentares do PMDB do Maranhão esta semana em Brasília para anunciar que estará na disputa eleitoral para o governo do estado, a ex-governadora Roseana Sarney acabou fortalecendo a chapa do seu grupo político que concorrerá ao Senado Federal. Bom para o senador Edison Lobão (PMDB) e para o ministro de Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), que já se manifestaram ser pré-candidatos em 2018. A tendência é que ambos concorram à Câmara Alta. E como fica a situação do atual senador João Alberto neste cenário político? A resposta é indefinida.
A indefinição de João Alberto é até certo ponto natural. Ele não demonstra querer errar na escolha sobre seu futuro. Tanto que, apesar dos anúncios públicos de Lobão e Sarney Filho a respeito do Senado, João Alberto mantém o mesmo discurso: o do coletivo.
Sem externar sua verdadeira vontade política, o senador peemedebista tenta não demonstrar o incômodo por esta situação para evitar rachas internos. Procurado pelo jornal O Imparcial, João Alberto fez questão de desmentir as informações de que estaria chateado por não ter sido o escolhido para concorrer à reeleição ao Senado Federal.
Grupo político
De acordo com o parlamentar, sua candidatura é do seu grupo político e, por isso, não haveria espaços para rusgas internas para decidir quem merece disputar as eleições para o Senado no ano que vem.
O senador reconhece a dificuldade em concorrer à reeleição e, talvez por isso, tenha deixado as portas abertas para ocupar qualquer cargo no ano que vem, como, por exemplo, ser o vice na chapa de Roseana. Porém, garantiu que seu futuro será definido somente em 2018.
“Eu posso ser senador e eu posso ser tudo. Só decido ano que vem. A minha vontade é a vontade do grupo. Eu sou grupo. Eu vou seguir o que o grupo decidir sem nenhuma rusga, sem nada”, afirmou o senador do PMDB.
Ricardo Baty comandou por 21 anos o ‘Raça Brasileira’ na Difusora FM
O programa ‘Raça Brasileira’ apresentado por Ricardo Baty chega ao fim. A atração esteve no ar por mais de 21 anos e ia ao ar todos os domingos na Difusora FM.
O programa sempre foi palco para os amantes do samba e pagode. O segmento recebeu a notícia com muita tristeza. Nas redes sociais, produtores, artistas e fãs, se manifestaram contra o fim da atração e protestaram contra a direção da estação de rádio. Até o fechamento desta matéria, a emissora não havia se manifestado sobre o fim do programa.
Engenheira Rita de Cássia
Em dezembro haverá eleições para a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão – CREA-MA. Pela primeira vez uma mulher disputará o cargo ao longo dos quase 44 anos de existência: a engenheira agrônoma Rita de Cássia Neiva Cunha, graduada pela Universidade Estadual do Maranhão e pós-graduada em gestão ambiental em empresa pela Universidade Gama Filho. Ela concorre ao mandato de 2018 a 2020.
Rita Cunha foi a primeira mulher a ocupar a superintendência do órgão no mandato que se encerra (2015-2017), da presidência do engenheiro mecânico Cleudson Campos de Anchieta Ela se afastou este ano. Sua candidatura é apoiada por profissionais impressionados com algumas ideias manifestadas ao longo dos seus 28 meses de exercício na superintendência.
Na campanha, que se inicia hoje, Rita Cunha consolidará os contatos com o público-alvo do órgão, e lutará pela aproximação dos profissionais que estão afastados do Conselho, insatisfeitos com o rumo das recentes administrações. Sua pretensão é acelerar o processo de organização estrutural e organizacional do Conselho, timidamente iniciado na administração que se encerra este ano.
Também ao longo da campanha ela apresentará vigoroso plano de gestão, que vai da reestruturação interna do quadro funcional ao saneamento da imagem externa do órgão, hoje reconhecido pelos profissionais como “instituição cartorial”, que apenas cobra anuidade e atua timidamente em relação à sua finalidade: orientar o profissional no mercado de trabalho, garantir o exercício profissional aos legalmente habilitados e assegurar à sociedade serviços profissionais de qualidade e responsabilidade técnicas.
Outro objetivo da candidata é aproximar os estudantes da área do Conselho, fazendo-os conhecer, ainda durante o curso, a importância do órgão, a necessidade da inscrição para fins de atuação profissionais e o fortalecimento da instituição para o real cumprimento de suas finalidades na defesa dos profissionais e de sua atuação no mercado de trabalho.
Da revista ISTO É
Documento obtido pela revista ISTOÉ indica o caminho do dinheiro até o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Impressiona a naturalidade com que ele e sua turma interferiram e se beneficiaram de contratos milionários entre multinacionais e a Petrobras. Segundo a reportagem da revista Isto É, assinada por Tábata Viapiana, o fluxograma da propina indica ao menos cinco pagamentos ao senador do PMDB.
Murilo Barbosa Sobrinho, funcionário da Petrobras apontado como representante dos interesses de Lobão na estatal, era quem recebia os recursos em nome do parlamentar.
Há dois repasses realizados diretamente para Lobão, num total de US$ 41 mil. Os outros três pagamentos, de US$ 410 mil, aparecem divididos com outros beneficiários, como o ex-deputado Cândido Vaccarezza e Márcio Aché, ex-funcionário da Petrobras, mas não está especificado quanto foi destinado para cada um deles. Para a Polícia Federal, o apoio político de Lobão era considerado de fundamental importância para garantir contratos entre Sargeant Marine, uma empresa norte-americana de fornecimento de asfalto, e a Petrobras.
Um dos acertos nos quais ele se envolveu pessoalmente rendeu à Marine US$ 180 milhões. O esquema é o mesmo que levou Vaccarezza à cadeia. A chancela de Lobão constituiu uma espécie de “seguro” para que não houvesse problemas em negócios futuros com a Petrobras.
Segundo a Polícia Federal, o esquema beneficiou ao menos dez pessoas. No documento também constam pagamentos para o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, e alvo da 45ª fase da Lava Jato.
Com seu sócio, Sérgio Tourinho Dantas, Tiago recebeu US$ 90,9 mil. O ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, também levou uma bolada: US$ 270 mil em depósitos fracionados, de valores pequenos, uma estratégia para disfarçar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades.
Delator da Lava Jato, foi Paulo Roberto Costa quem revelou as articulações para derrubar a empresa que fornecia asfalto para a estatal e transferir o contrato para a Sargeant Marine.