Por que a Rua do Sol e Rua da Paz se chamam assim?

As informações foram retiradas do livro, “Caminhos de São Luís”, de Carlos de Lima

Por que Rua do Sol? E Rua da Paz? Mas porque Beco do Quebra-Bunda? As informações foram retiradas do livro, “Caminhos de São Luís”, de Carlos de Lima:

Canto da Viração

Quem não já marcou um encontro no Canto da Viração? O logradouro é a esquina da Rua Grande com a Rua do Passeio, no Centro. Bem, ali não tem as melhores brisas da cidade, nem é onde o vento faz a curva. Na verdade, o local foi chamado assim porque era o ponto aonde os bondes que vinha da Rua Grande viravam para seguir para a Rua Rio Branco, em sentido à praça Gonçalves Dias. Hoje o sentido do trânsito inverteu, mas o local continua sendo ponto de encontro de muita gente.

Beco do Quebra-Bunda

Um despenhadeiro existente na esquina da Praça João Lisboa com a Rua Formosa (Afonso Pena), o chamado Canto Grande, que um engenheiro tratou de dá uns cortes para evitar as quedas. Mas mesmo depois da investida, o trecho da Rua João Vital não deixou de ser menos perigoso. Quem passava pelo lugar corria o risco de cair com a bunda no chão. Também foi popularmente chamado de Quebra-costa. Hoje é conhecido como Beco da Pacotilha e deve-se ao fato de o prédio de azulejos verdes, na esquina, ter sido sede do famoso jornal do século XIX,

Beco da Bosta

Que nome mais estranho. Mas o Beco da Bosta é um beco estreito que durante o período colonial servia de passagem para os escravos levarem os tonéis de excrementos das famílias da cidade e jogá-los na maré, único meio de despejo da época, já que não existia rede de esgoto. Esses escravos eram chamados de tigres ou cabungos. Também ficou conhecido como Beco da Baronesa, porque na esquina ficava o sobrado da baronesa de São Bento. Hoje tem o nome de Travessa 28 de Setembro em alusão ao dia da assinatura da Lei do Ventre Livre.

Canto da Fabril

Um dos pontos de referência mais famosos da cidade, o Canto da fabril, tem esse nome devido ao fato de ali próximo ter funcionado a Companhia Fabril Maranhense, fundado por Crispin Alves dos Santos, quando o boom das fábricas sonhava modificar a cidade. O Canto da Fabril fica na intersecção da Rua Senador João Pedro e a Rua Grande (Oswaldo Cruz). Sim! A Rua Grande vai até ali. Oficialmente o Canto da Fabril compreende o trecho da Rua Senador João Pedro, antes uma continuação do Caminho da Boiada.

Beco da Caéla

O nome deste logradouro localizado no Centro de São Luís tem origem inusitada. Reza a tradição que vivia ali um português louco por crianças e que ao ver uma não resistia e pedia: “Dê-me cá, ela!”. Dá cacofonia surgiu o apelido. Hoje o beco, que começa no Anel Viário e termina na Rua Formosa (Afonso Pensa), antes um grande lamaçal, leva o nome do poeta Maranhão Sobrinho.

Rua dos Afogados

Segue da Rua do Egito até a Rua Rio Branco. Já chamou-se Rua dos Afogabugios. Conta-se que o divertimento dos meninos de antigamente era afogar os muitos macacos que existiam por aquelas bandas nas águas do riacho. Claude d’Abbeville descreve em sua obra que outrora, “uma fonte, particularmente bonita… cercada de palmeiras, guacos, murtas e outras árvores maravilhosamente grandes, sobre as quais se veem muitas vezes, monos, macacas e micos que vão beber água”.

Rua das Crioulas

A Rua das Crioulas é importante rua do centro histórico de São Luís. Paralela a rua São Pantaleão nesta rua está a Fábrica Santa Amélia e belos casarões coloniais onde funcionam escolas e escritórios.

Rua das Flores

Inicia na Rua do alecrim e termina na Rua de Santana. Foi chamada de Rua Aluízio Azevedo. Apesar do nome nada do passado liga as flores a essa rua. Hoje existe uma floricultura, talvez para que se justifique o belo nome.

Rua adjacente do comércio do centro e nas suas esquinas estão a Igreja São João, a Loja mais antiga da Maçonaria, entre outros.

Rua do Alecrim

Inicia na Rua Rio Branco e vai até a rua do Ribeirão. Rua estritamente residencial, guarda belos prédios de meia morada e morada inteira do século XIX e início do século XX.

Rua do Giz

Deve-se o nome provavelmente a ladeira de argilas brancas onde hoje é a escadaria. Começa no Largo do Palácio, continuava até a ladeira Vira-Mundo (rua Humberto de campos), para depois subir pela rua nova cascata (Jacinto Maia).

O trecho entre o Largo do Palácio e a escadaria foi aterrado para formar o passeio que fica em frente ao Palácio do Comércio (Associação Comercial).

Muitos artistas pintaram essa rua pela majestosa paisagem das fachadas dos prédios coloniais na ladeira.

Rua do Sol

Ela liga a Praça Deodoro ao Largo do Carmo, palco de passeatas cívicas e dos desfiles militares e escolares que eram saudados pelas famílias ali residentes, seguindo pela Rua do Sol em direção a Av. Magalhães de Almeida.

A Rua do Sol recebeu o nome de Nina Rodrigues e por ela passaram grandes levantes políticos de protesto. As concentrações populares ocorriam na Praça Deodoro e através da Rua do Sol seguiam até o Palácio dos Leões, continuando pela Rua de Nazaré e Praça Benedito Leite.

Rua dos Afogados

Inicia na Rua do Egito e vai até a Rua do Veado. Já foi chamada de “afogabgios”, pois contam que o divertimentos dos moleques traquinos era os macacos que viviam em torno do Riacho do Ribeirão.

Em seu relato, o francês d´Abbeville descreve: “uma fonte, particularmente bonita, cercada de palmeiras e guacos, murtas e outras árvores maravilhosamente grandes, sobre as quais se veem muitas vezes, momos, macacos e micos que vão beber água”.

Rua Formosa

Seu nome deu-se em homenagem à beleza do local. Também ficou conhecida como Estrada Real, por ser uma rua longa. Recebeu também o nome de rua Afonso Pena. Inicia-se nas proximidades do Largo do Carmo e segue até a Rua do Portinho. Segundo os pesquisadores, foi a primeira a receber calçamento de cantaria “cabeça-de-negro”.

Nessa rua, segundo a pesquisadora Magnólia Sousa Bandeira de Melo, havia um local chamado de Canto Pequeno, localizado na esquina com a Rua de Santana, onde os negros de carga sempre se reuniam para, entre outras coisas, falarem mal dos outros.

Rua Grande

Por que Rua do Sol? E Rua da Paz? Mas porque Beco do Quebra-Bunda? As informações foram retiradas do livro, “Caminhos de São Luís”, de Carlos de Lima:

Canto da Viração

Quem não já marcou um encontro no Canto da Viração? O logradouro é a esquina da Rua Grande com a Rua do Passeio, no Centro. Bem, ali não tem as melhores brisas da cidade, nem é onde o vento faz a curva. Na verdade, o local foi chamado assim porque era o ponto aonde os bondes que vinha da Rua Grande viravam para seguir para a Rua Rio Branco, em sentido à praça Gonçalves Dias. Hoje o sentido do trânsito inverteu, mas o local continua sendo ponto de encontro de muita gente.

Beco do Quebra-Bunda

Um despenhadeiro existente na esquina da Praça João Lisboa com a Rua Formosa (Afonso Pena), o chamado Canto Grande, que um engenheiro tratou de dá uns cortes para evitar as quedas. Mas mesmo depois da investida, o trecho da Rua João Vital não deixou de ser menos perigoso. Quem passava pelo lugar corria o risco de cair com a bunda no chão. Também foi popularmente chamado de Quebra-costa. Hoje é conhecido como Beco da Pacotilha e deve-se ao fato de o prédio de azulejos verdes, na esquina, ter sido sede do famoso jornal do século XIX, O Imparcial.

Beco da Bosta

Que nome mais estranho. Mas o Beco da Bosta é um beco estreito que durante o período colonial servia de passagem para os escravos levarem os tonéis de excrementos das famílias da cidade e jogá-los na maré, único meio de despejo da época, já que não existia rede de esgoto. Esses escravos eram chamados de tigres ou cabungos. Também ficou conhecido como Beco da Baronesa, porque na esquina ficava o sobrado da baronesa de São Bento. Hoje tem o nome de Travessa 28 de Setembro em alusão ao dia da assinatura da Lei do Ventre Livre.

Canto da Fabril

Um dos pontos de referência mais famosos da cidade, o Canto da fabril, tem esse nome devido ao fato de ali próximo ter funcionado a Companhia Fabril Maranhense, fundado por Crispin Alves dos Santos, quando o boom das fábricas sonhava modificar a cidade. O Canto da Fabril fica na intersecção da Rua Senador João Pedro e a Rua Grande (Oswaldo Cruz). Sim! A Rua Grande vai até ali. Oficialmente o Canto da Fabril compreende o trecho da Rua Senador João Pedro, antes uma continuação do Caminho da Boiada.

Beco da Caéla

O nome deste logradouro localizado no Centro de São Luís tem origem inusitada. Reza a tradição que vivia ali um português louco por crianças e que ao ver uma não resistia e pedia: “Dê-me cá, ela!”. Dá cacofonia surgiu o apelido. Hoje o beco, que começa no Anel Viário e termina na Rua Formosa (Afonso Pensa), antes um grande lamaçal, leva o nome do poeta Maranhão Sobrinho.

Rua dos Afogados

Segue da Rua do Egito até a Rua Rio Branco. Já chamou-se Rua dos Afogabugios. Conta-se que o divertimento dos meninos de antigamente era afogar os muitos macacos que existiam por aquelas bandas nas águas do riacho. Claude d’Abbeville descreve em sua obra que outrora, “uma fonte, particularmente bonita… cercada de palmeiras, guacos, murtas e outras árvores maravilhosamente grandes, sobre as quais se veem muitas vezes, monos, macacas e micos que vão beber água”.

Rua das Crioulas

A Rua das Crioulas é importante rua do centro histórico de São Luís. Paralela a rua São Pantaleão nesta rua está a Fábrica Santa Amélia e belos casarões coloniais onde funcionam escolas e escritórios.

Rua das Flores

Inicia na Rua do alecrim e termina na Rua de Santana. Foi chamada de Rua Aluízio Azevedo. Apesar do nome nada do passado liga as flores a essa rua. Hoje existe uma floricultura, talvez para que se justifique o belo nome.

Rua adjacente do comércio do centro e nas suas esquinas estão a Igreja São João, a Loja mais antiga da Maçonaria, entre outros.

Rua do Alecrim

Inicia na Rua Rio Branco e vai até a rua do Ribeirão. Rua estritamente residencial, guarda belos prédios de meia morada e morada inteira do século XIX e início do século XX.

Rua do Giz

Deve-se o nome provavelmente a ladeira de argilas brancas onde hoje é a escadaria. Começa no Largo do Palácio, continuava até a ladeira Vira-Mundo (rua Humberto de campos), para depois subir pela rua nova cascata (Jacinto Maia).

O trecho entre o Largo do Palácio e a escadaria foi aterrado para formar o passeio que fica em frente ao Palácio do Comércio (Associação Comercial).

Muitos artistas pintaram essa rua pela majestosa paisagem das fachadas dos prédios coloniais na ladeira.

Rua do Sol

Ela liga a Praça Deodoro ao Largo do Carmo, palco de passeatas cívicas e dos desfiles militares e escolares que eram saudados pelas famílias ali residentes, seguindo pela Rua do Sol em direção a Av. Magalhães de Almeida.

A Rua do Sol recebeu o nome de Nina Rodrigues e por ela passaram grandes levantes políticos de protesto. As concentrações populares ocorriam na Praça Deodoro e através da Rua do Sol seguiam até o Palácio dos Leões, continuando pela Rua de Nazaré e Praça Benedito Leite.

Rua dos Afogados

Inicia na Rua do Egito e vai até a Rua do Veado. Já foi chamada de “afogabgios”, pois contam que o divertimentos dos moleques traquinos era os macacos que viviam em torno do Riacho do Ribeirão.

Em seu relato, o francês d´Abbeville descreve: “uma fonte, particularmente bonita, cercada de palmeiras e guacos, murtas e outras árvores maravilhosamente grandes, sobre as quais se veem muitas vezes, momos, macacos e micos que vão beber água”.

Rua Formosa

Seu nome deu-se em homenagem à beleza do local. Também ficou conhecida como Estrada Real, por ser uma rua longa. Recebeu também o nome de rua Afonso Pena. Inicia-se nas proximidades do Largo do Carmo e segue até a Rua do Portinho. Segundo os pesquisadores, foi a primeira a receber calçamento de cantaria “cabeça-de-negro”.

Nessa rua, segundo a pesquisadora Magnólia Sousa Bandeira de Melo, havia um local chamado de Canto Pequeno, localizado na esquina com a Rua de Santana, onde os negros de carga sempre se reuniam para, entre outras coisas, falarem mal dos outros.

Rua Grande

As lojas da Rua Grande podem abrir das 8h ás 14h
Esta rua é uma das mais antigas da cidade. Sua marcação em mapas desde 1698. Foi a principal rua de passeio de São Luís e por ela passeavam as moças de família nas tardes, exibindo a mais cara moda de Paris e Lisboa.

A rua guarda surpresas históricas e arquitetônicas admiráveis: O cinema Éden logo no seu início que hoje funciona a loja Marisa; na frente nasceu Manoel Odorico Mendes; na esquina com a rua do Passeio fica o Palacete Gentil Braga, casarão com vinte e duas janelas em ogiva, em azulejo português; no colégio Marista o Portão da Quinta das Laranjeiras, entre outras preciosidades.

Hoje a Rua Grande é o centro do Comércio do centro de São Luís, com lojas de departamento, bancos, restaurantes populares, etc.

Rua Portugal

Área que se estende da Praça Pinto Martins até a Rua da Estrela. Era chamada, inicialmente, de Rua do Trapiche e, depois, Rua Portugal, por volta de 1906, segundo a pesquisadora Magnólia Sousa Bandeira de Melo, por causa das homenagens a visita da corveta À Pátria, da Real Marinha Portuguesa.

A beleza dos sobrados existentes nessa rua revela uma época de desenvolvimento e riqueza da economia maranhense. A concentração de compra e venda de mercadorias na antiga área portuária da ilha deu origem ao complexo comercial da Praia Grande.

“A chance de Lula ser candidato é próxima de zero”, diz Lavareda

Antonio Lavareda, cientista político, é conhecido no meio político. Autor de dezenas de livros sobre marketing político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), do Recife, Lavareda deu uma declaração bombástica à revista Istoé. Segundo ele, Lula nem deverá ser candidato. “A probabilidade disso acontecer é próxima de zero”. Sem o ex-presidente no páreo, a esquerda se dividirá entre vários candidatos, como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). Marina Silva (Rede) pode crescer, enquanto que o deputado Jair Bolsonaro, atualmente em segundo nas pesquisas, “vai se desidratar”.

Lavareda também falou sobre o PSDB, PMDB e DEM. Além do prefeito João Doria e do governador Geraldo Alcjmin.

Como o senhor vê o grande descrédito da população em relação aos políticos? É tudo por conta da Lava Jato?

A Lava Jato, na verdade, é apenas o acelerador moral específico no nosso processo de crise de representação. Além de afetar os partidos, agora fatores como a globalização e a tecnologia produzem, a cada dia, maior distanciamento entre os cidadãos e as instituições em todos os níveis, enfraquecendo a arquitetura democrática no seu pilar básico que é a confiança.

Pesquisa feita recentemente pelo Instituto Ipsos mostra que a desaprovação às autoridades atinge indiscriminadamente os políticos que estão no poder, como o presidente Michel Temer, mas também os principais candidatos a presidente. Isso mostra que falta esperança também em relação ao futuro?

Nós, brasileiros, queremos identificar uma lanterna na proa e um timoneiro seguro e confiável para nos levar adiante, ao menos para além da zona do redemoinho. Predominam na sociedade sentimentos de ansiedade, incerteza e até desânimo. Descrédito e desesperança elevados, alimentando um certo rancor amplamente disseminado. E algumas benquerenças da bagagem afetiva dos entrevistados, adquiridas pelo filtro da mídia. Nada nos diz sobre o futuro, nem poderia dizer com uma única questão. A cartomancia das pesquisas está longe de poder ser tão resumida.

Além dos políticos, também os membros do Poder Judiciário são rejeitados pela população, como o ministro Gilmar Mendes. Isso se deve ao fato dele ter mandado soltar empresários corruptos do Rio de Janeiro?

Que o Judiciário e seus atores também façam parte da linha de tiro do rancor da sociedade é bastante positivo. Porque convoca a todos a construir escadas que permitam aos membros dos três poderes saírem do poço do descrédito. Decisões polêmicas, seja no âmbito da Lava Jato e congêneres, seja do juiz que libera o estuprador, funcionam apenas como estopim do processo. Como afirmei antes, a crise é de confiança. Sem restaurarmos esse vínculo psicológico coletivo entre Estado e sociedade, e uma harmonia razoável entre os três poderes – que no Brasil são quatro por conta da autonomia absoluta do Mininstério Público – , não iremos muito longe. Uma revisão da Constituição de 1988 nos seus capítulos sobre a organização e os poderes do Estado poderia ser um bom caminho.

Lula hoje é o político com o maior número de intenções de votos, mas com uma rejeição muito grande. O senhor acha que ele acabará nem sendo candidato?

Ao refletirmos sobre eleições, devemos trabalhar com cenários plausíveis. Sem fazer nenhuma avaliação sobre a pertinência das decisões judiciais, acredito que a probabilidade de Lula vir a ser candidato é próxima de zero. Terá com certeza a sentença condenatória do tríplex confirmada na segunda instância antes do prazo de inscrição das chapas e, talvez, já uma próxima condenação em primeira instância no processo relativo ao sítio.

Se ele não puder ser candidato por uma condenação em segunda instância, o senhor acha que o PT terá fôlego eleitoral para lançar um outro nome, como o ex-prefeito Haddad?

Com certeza. O PT segue sendo o partido com maior enraizamento social no País. Na última avaliação publicada, o partido surgiu com 17% de preferências, o dobro do segundo e terceiro colocados. Mas está às voltas com uma grave crise de identidade, associada até mais ao malogro do governo Dilma do que à Lava Jato, que tem se revelado isonômica na distribuição dos prejuízos de imagem. Sofreu um recuo de 60% nas prefeituras no ano passado. Foi empurrado para fora das capitais e dos grandes centros. Deverá recuar algo parecido nas eleições parlamentares do próximo ano. Não ganhará a eleição presidencial, mas poderá continuar a ser a principal força de esquerda no Congresso.

O PSDB sempre surge como uma via importante, que tem polarizado as últimas seis eleições presidenciais com o PT. O senhor acha que em 2018 teremos novo embate entre PT e PSDB?

Tudo vai depender do grau de fragmentação na oferta de candidatos. Esses dois partidos continuam a ser os principais polos da política nacional. Porém, já se pode antever a esquerda, sem Lula, fracionada entre Haddad, Ciro Gomes, uma candidatura do PSOL, o que poderá aumentar o peso no primeiro turno de Marina, no centro esquerda, em especial se ela atrair, como tem tentado, um nome da magistratura para sua chapa. Do outro lado, já há candidaturas postas como de Álvaro Dias, que começará nas pesquisas com um bom registro na região Sul e, na extrema direita, a candidatura de Bolsonaro, que deve desidratar. Resta aberto então o que farão as forças do centro (PSDB, PMDB, DEM, PSD, PP e outros). Vão se unir em torno de um candidato que terá amplas chances de ir ao segundo turno e ganhar a eleição, ou se dividirão? É bom que pensem nisso.

Pelo PSDB, está se desenhando uma luta fraticida pela candidatura a presidente. O senhor acha que Alckmin e Doria não abrirão mão de suas candidaturas? Como deve ser a disputa entre os dois?

Temos um problema cultural, porém em algum momento iremos constatar que a existência de diferentes posições dentro de um mesmo partido é algo positivo, porque ajuda a vitalizá-lo e amplifica seu alcance na sociedade. E não o contrário. Imagina o que diria a imprensa se uma das nossas legendas estivesse em algum momento “dividida” entre 17 pré-candidatos? Pois bem, foi o que ocorreu nas primárias republicanas em 2015. Em 2016, os americanos elegeram Trump presidente. Qualquer partido que se pretenda moderno não tem caminho melhor do que prévias ou primárias para definição de seus candidatos.

Hoje, Doria está melhor posicionado nas pesquisas do que Alckmin. O senhor acha que os caciques tucanos levarão índices de pesquisa em consideração ou prevalecerá o critério de que Alckmin está há mais tempo na fila?

Nenhuma das duas. Definição de candidaturas presidenciais é algo muito estratégico e de grande responsabilidade. No cálculo do comando partidário ou das bases ouvidas em prévias, um elemento central é a compreensão dos desafios a serem enfrentados pelo próximo presidente, porque isso rebaterá no perfil do candidato ideal. Quanto a adotar intenções de voto a um ano da eleição como critério, seria demasiada ingenuidade. Recordemos as recentes disputas em eleições presidenciais abertas. A esta altura, todos os prognósticos fracassariam: Lula seria o eleito de 1994; Roseana a vitoriosa de 2002; e Serra o presidente em 2010. E antes da campanha de 2016, em São Paulo, João Doria aparecia em quarto lugar na mesma questão.

Doria tem se lançado como o anti-Lula. O senhor acha que Doria só poderia ser candidato se for para enfrentar Lula?

Ao que parece, o posicionamento da grande maioria de suas declarações e discursos vai nessa direção, antagonizando de forma sempre contundente com o ex-presidente, e, dessa forma, cultivando o reconhecimento daqueles que o rejeitam. O problema é exatamente esse. Sem Lula no ringue, esse pugilato pode perder o sentido. Mas o prefeito não é tolo, e, agora, dá sinais visíveis de correção desse rumo.

Se Lula for candidato e se vier a ser eleito, será um retrocesso para o País?

Dificilmente assistiremos esse retorno de Lula em 2018. Dois fatores me permitem ser categórico nesse ponto. O primeiro deles foi o desastre representado pelo último governo petista, do qual um componente importante foi o estelionato eleitoral. Até hoje, vemos algumas manifestações pregando o “Fora Temer”, mas quantas faixas foram levantadas bradando pelo “Volta Dilma”? Nenhuma. O desastre daquele governo é consenso até entre os petistas. Em segundo lugar, já vinha ocorrendo um realinhamento do eleitorado que iria fatalmente desalojar o PT do governo. Embora vitoriosos, a cada eleição o partido minguava sua vantagem e deixava de ser majoritário em um estrato social. Ganhou em todos em 2002. Na eleição seguinte, já perdeu no segundo turno entre os de renda mais alta. Em 2010, só ganhou entre os eleitores de até cinco salários mínimos e na reeleição de Dilma só ganhou na base da sociedade, até dois salários, o que se traduziu na sua votação do Nordeste. Esse realinhamento, por si só, já derrotaria o partido na eleição seguinte.

Temer já mostrou grande capacidade de articulação no Congresso, livrando-se da primeira acusação feita pela PGR por corrupção. O senhor acha que ele vai conseguir derrubar também a nova denúncia que o procurador Rodrigo Janot encaminhará contra ele?

Quanto mais nos aproximamos do ano eleitoral, menos sentido assume para a sociedade repetir uma experiência traumática de substituição do governo. Parece sem propósito. O presidente conta com um estado maior que tem grande intimidade com a sua base parlamentar e ele próprio, duas vezes presidente da Câmara, conhece como ninguém os caminhos que lhe possibilitarão superar mais essa denúncia. O que só não ocorreria se nela houvesse um fato extraordinário e desestabilizador.

O senhor acha que a reviravolta na delação de Joesley põe em risco todo o processo de delações?

Decerto o instituto de colaboração premiada sofreu um abalo. Mas não acredito que todas serão invalidadas. Contudo, vai ganhar corpo na Justiça a tese de que não é possível pronunciar um a acusado com base exclusivamente na declaração do delator.

Geddel é preso após digitais serem encontradas em R$ 51 milhões


Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Lula, foi preso. A PF cumpriu o mandato na manhã desta sexta (8). A prisão aconteceu em Salvador, mesma cidade em que dias atrás foram R$ 51 milhões em um imóvel atribuído a Geddel. Impressões do ex-ministro foram encontradas no dinheiro.

Geddel foi conduzido por uma viatura da Polícia Federal pouco depois das 7h. Ele foi levado até o aeroporto Luiz Eduardo Magalhães cerca de meia hora depois. A PF não informou para onde o ex-ministro será levado (veja no vídeo acima o momento em que Geddel deixa o prédio).

O ex-ministro cumpria prisão domiciliar desde julho, após ter sido detido por suspeita de tentar interferir nas investigações sobre fraudes na Caixa Econômica Federal. Embora a decisão judicial determine que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica, isso não vinha acontecendo pois o governo da Bahia não tem o equipamento.

Sete agentes e dois carros da PF entraram no condomínio de Geddel às 6h. Segundo a TV Bahia (afiliada da Rede Globo), um vendedor ambulante, que estava na região, foi levado para dentro do condomínio, possivelmente para servir de testemunha.

Procissão dos orixás ocorre no fim da tarde desta sexta

Tradicional Procissão dos Orixás deverá reunir centenas de pessoas e representantes de povos de axé e comunidades tradicionais de matriz africana nesta sexta-feira, dia 08 de setembro, quando se comemora o aniversário de São Luís e, ainda, a devoção a São Luís Rei de França.

A procissão é uma forma de saudação ao santo que mantém vínculos de sincretismo com entidades dos cultos de matriz africana em São Luís. Religiosos e simpatizantes concentraram-se às 17h30 na Avenida Pedro II, em frente à sede da Prefeitura, para seguir em caminhada até a Igreja do Desterro.

Mães, pais e filhos de santos levam nos braços mais de 700 vasos brancos e azuis com água perfumada e decorados com flores brancas, vermelhas e amarelas.

O cortejo terá início às 18h conduzido pela comunidade umbandista entoando pontos, cantos e saudações aos Orixás. Na frente, um grupo de crianças irá representar a corte imperial do Divino Espírito Santo. Logo atrás, ícones de santos católicos que simbolizavam a devoção às quatro divindades que regem a proteção à cidade de São Luís entre os diversos cultos de matriz africana: São Luís Rei de França, Iansã (Santa Bárbara), Oxum (Nossa Senhora da Conceição) e Oxóssi (São Sebastião).

A caminhada percorrerá a Rua dos Afogados, Rua do Egito, Rua da Palma até chegar ao Largo do Desterro. Durante o percurso, os moradores que decoraram as portas das casas com balões e imagens religiosas, saúdam os participantes da caminhada. Dentro da Igreja do Desterro, um grupo de caixeiras irão entoar ladainhas e toques do Divino Espírito Santo, enquanto do lado de fora, os tambores estarão rufando sob o comando do presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum. A procissão será encerrada com a quebra dos vasos como forma de pedido e agradecimento por graças alcançadas.

A Procissão dos Orixás é promovida pela Federação de Umbanda do Estado do Maranhão com apoio da Prefeitura de São Luís como parte das atividades em comemoração aos 405 anos da cidade.

Deputado do MA é chamado de ‘papagaio de pirata’ de Stédile

O Antagonista chamou o deputado maranhense Zé Carlos (PT) de “outro papagaio de pirata de João Pedro Stédile”, o ‘emessetista’ que ‘se dirigiu’ ao juiz Sérgio Mouro como “aquele merdinha” e “bundão”.

Segundo o site, Zé Carlos também estava no palco quando João Pedro Stédile, do MST, chamou o juiz Sérgio Moro de “aquele merdinha” e “bundão”.

Revela O Antagonista que ligou para o deputado maranhense, que afirmou: “Foi? Não ouvi, não me atentei para esse momento. O tumulto foi muito grande. Você precisava ver a quantidade de gente que queria se aproximar do Lula”.

O site conta que reafirmou o que Stédile havia dito e que pediu a opinião do parlamentar petista, que respondeu:.
“Prefiro não avaliar.”

E em seguida:

“Tem muita coisa grave. Como se faz acordo de delação premiada com um vagabundo daquele Joesley? E o bunker de 50 milhões de reais?”