Preso por desvio na saúde é sócio de três empresas
Preso na “Operação Pegadores”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na última quinta-feira (16), por envolvimento em um esquema criminoso que desviava recursos públicos federais na área da saúde do Governo do Maranhão, o médico Mariano de Castro Silva – assessor técnico da Secretaria de Estado da Saúde – tem diversificado seus negócios em pelo outros três estados.
O BLOG DO ANTÔNIO MARTINS realizou um levantamento no cadastro da Receita Federal e descobriu que Mariano é sócio de três empresas no Pará, Piauí e Maranhão.
O capital inicial das empresas ligadas a ele chega a R$ 180 mil, conforme os registros da Receita Federal. Uma das firmas, por exemplo, a Instituto Regulação e Saúde Ltda. – ME, mantêm contrato de prestação de serviços com a própria Secretaria de Estado da Saúde, do qual Mariano presta serviço. O contrato foi firmado para realizar procedimentos de clínica médica realizados no Hospital Municipal Santa Maria, em Anajatuba. Pelos serviços, o órgão público pagou R$ 60 mil, no dia 26 de julho, conforme dados disponíveis no Portal Transparência.
A ação que contou com apoio do Ministério Público Federal, do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), apura indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, Contratos de Gestão e Termos de Parceria.
O Instituto Regulação fica localizado na Rua Deputado Magno Bacelar, 12, Residencial Esperança, em São Luís. Além do Instituto, Mariano tem participação societária em outras duas empresas.
O ramo de atividades é bem variado, o que se encontra com as investigações do Ministério Público, sobre a diversidade e a utilização delas para prática de ações delituosas nos estados, das quais o médico é suspeito de participar.
O levantamento aponta que a primeira sociedade de Mariano foi firmada no dia 20 de maio de 2010, com a abertura da empresa Mariano de Castro Silva – ME, que fica na Rua Estrada Um, 835, Centro, em Belterra, no Pará. A segunda firma foi a Castro & Silva Gás Ltda. – ME, localizada na Rua Primeiro de Janeiro, S/N, Centro, em Cocal Dos Alves, no Piauí. A empresa foi aberta no dia 4 de novembro de 2016.
OPERADOR DO ESQUEMA
Mariano é apontado com o principal operador do esquema de desvio. A situação do médico é “praticamente incontornável” depois que a Polícia Federal interceptou, quebrou o sigilo bancário e constatou que ele recebeu vantagens indevidas das empresas por ele indicada para serem subcontratadas pelas entidades terceirizadas que detêm contratos com o governo Flávio Dino.
Os investigadores descobriram que Mariano se utilizava do cargo de assessor governamental para conseguir contratos entre entidades (ONGS) e a empresa que controlava: a Quality Serviços Anestesiologicos Médicos Ltda.
R$ 251 MIL BLOQUEADOS
Apontado como o operado da organização criminosa, médico teve mais de R$ 251 mil bloqueados pela Justiça a pedido da Polícia Federal. Além dos contratos fraudulentos, as investigações indicaram a existência de 400 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários do esquema seriam familiares e pessoas próximas a gestores públicos e de diretores das organizações sociais.
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