Sergio Frota explica detalhes da transação envolvendo o terreno do Sampaio Corrêa

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O presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, publicou na noite dessa segunda-feira na página oficial do clube e em seu perfil de uma rede social, detalhes da transação envolvendo a venda do terreno onde fica localizado o Centro de Treinamento do Sampaio Corrêa.

Após a invasão de uma parte do terreno do CT José Carlos Macieira, que seria pertencente ao Sampaio Corrêa, veio à tona o fato de que a Ação de Manutenção de Posse, ajuizada na 2ª Vara Cível de São José de Ribamar, está no nome de uma empresa chamada Hispamix Brasil Investimentos LTDA. Esta empresa é especializada em investimentos imobiliários, principalmente venda de imóveis, construção de edifícios e vendas de frações de terrenos.

No esclarecimento feito pelo presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, ele se defende do que chama de ataques dos mais diversos segmentos e assegura sua idoneidade à frente da administração Tricolor.

Ele ressalta a notícia em destaque na capa do jornal O Imparcial, e afirma que a venda do terreno do Sampaio para a empresa Hispamix Brasil Investimentos LTDA não se trata de um fato revelador, e que a situação ocorreu dentro da legalidade, não causando qualquer prejuízo ao clube.

“Estão tratando o caso como um fato nebuloso. Fizemos um contrato, sim, com a empresa Hispamix e foi justamente esse acordo financeiro que viabilizou a campanha exitosa do time em 2012”, explica Sérgio Frota.

O presidente do Sampaio expõe que do total envolvido na negociação, o clube recebeu R$ 2 milhões em dinheiro. Valor que foi investido no departamento de futebol do clube. Dessa transação, o Sampaio teria ficado com 5 hectares do terreno – que ainda não estaria em nome do clube, em razão de dívidas no valor de R$ 1 milhão e 750 mil, que ainda estão sendo negociadas.

Ainda de acordo com Sérgio Frota, a Hispamix ainda deve ao clube R$ 3 milhões, que serão utilizados para reestruturar o Centro de Treinamento do Sampaio. Ele explica que obras não iniciaram devido um impasse que existe entre o Sampaio Corrêa e a empresa, em relação ao projeto. “Na parte do terreno que cabe à Hispamix, será construído um condomínio que também beneficiará o clube com sua estrutura. E nós não concordamos com os projetos até então apresentados. Razão pela qual, inclusive, não achamos conveniente fazer uma divulgação desse acordo, sem ter uma concepção concreta em mãos”.

Sérgio Frota reforça que seus atos tiveram o objetivo de resguardar o patrimônio do clube: “Essa área nunca esteve no nome do Sampaio e já foi invadida várias vezes. Caso estivesse, já teria sido penhorada, há muito tempo, devido a diversas dívidas acumuladas em gestões anteriores”.

O dirigente do Tricolor ressalta a boa fase do clube do campeonato Brasileiro da Série B, mas teme que problemas extracampo prejudiquem a campanha do Sampaio Corrêa na competição.

Sérgio Frota questiona a movimentação negativa em torno do Sampaio e até mesmo insinua influências contrárias por trás da invasão no terreno do clube, visando impedir a ordem judicial de reintegração.

O Imparcial tentou ouvir o presidente tricolor e outros diretores para esclarecimentos, antes do fechamento da matéria que tratava das transações do terreno pertencente ao Sampaio Corrêa, mas não obteve resposta. Na tarde de ontem, a imprensa foi impedida de acompanhar o treinamento do clube. O veículo se pauta na veracidade da informação e em sempre ouvir as partes envolvidas em quaisquer circunstâncias.

Segue na íntegra a nota do presidente do Sampaio Corrêa publicada em na página oficial do clube:

“Desde a ocupação irregular em sua sede, há cerca de um mês, o terreno do Sampaio vem sendo alvo de insinuações, dos mais diversos segmentos. Fatos que geraram controvérsias e até dúvidas quanto à idoneidade da administração Tricolor.

Um exemplo a ser ressaltado foi a notícia em destaque na capa do jornal O Imparcial, que divulga como se fosse um fato revelador, a venda do terreno do Sampaio para a empresa Hispamix Brasil Investimentos LTDA. Uma situação que ocorreu dentro das legalidades e que, em nenhuma circunstância, traria prejuízos ao clube.

“Estão tratando o caso como um fato nebuloso. Fizemos um contrato, sim, com a empresa Hispamix e foi justamente esse acordo financeiro que viabilizou a campanha exitosa do time em 2012. Do montante envolvido na negociação, recebemos R$ 2 milhões em dinheiro, que investimos no departamento de futebol do clube – não à toa, conquistamos a Série D invictos. Ficamos com 5 hectares do terreno (que só ainda não estão em nome do clube, porque só este ano obtivemos a negociação de todas as nossas dívidas), pelo valor de R$ 1 milhão e 750 mil, e a Hispamix ainda nos deve R$ 3 milhões, que serão utilizados para fazer uma grande reestruturação no nosso Centro de Treinamento, com alojamentos, campos de futebol, quadra poliesportiva, área de vivência para integrar o sócio, além de restaurantes e outros benefícios. O único impasse que existe entre o Sampaio Corrêa e a empresa, o que justifica o atraso no início das obras, é uma discordância em relação ao projeto. Pois na parte do terreno que cabe à Hispamix, será construído um condomínio que também beneficiará o clube com sua estrutura. E nós não concordamos com os projetos até então apresentados. Razão pela qual, inclusive, não achamos conveniente fazer uma divulgação desse acordo, sem ter uma concepção concreta em mãos”.

Frota vai além e revela que seus atos têm o objetivo de resguardar o patrimônio do clube: “Essa área nunca esteve no nome do Sampaio e já foi invadida várias vezes. Caso estivesse, já teria sido penhorada, há muito tempo, devido a diversas dívidas acumuladas em gestões anteriores. Somente em março desse ano, depois de 94 meses à frente do clube, e um grande trabalho de engenharia financeira, conseguimos obter a nossa regularidade fiscal (INSS, FGTS, Dívida Ativa, Justiça do Trabalho) em uma dívida que ultrapassava R$ 10 milhões. Esse tipo de coisa, o pessoal não comenta muito, não dá grande importância, mas só essa regularização já nos custou mais 2 milhões de reais, em dividas que foram herdadas pela nossa administração”, afirmou o presidente.

Com o time atravessando grande fase no Campeonato Brasileiro, Sergio Frota teme que problemas extracampo prejudiquem a campanha da Bolívia na Série B: “Estamos apostando em um sonho, que não é só meu, mas sim de toda a torcida Tricolor e de quem acredita no futebol maranhense. O Sampaio na Série A vai trazer ainda mais benefícios para o Maranhão, com a geração de milhares de empregos diretos e indiretos, principalmente com o impulsionamento do turismo, além de divulgar o Estado com uma marca positiva no cenário nacional. É uma pena que questões orquestradas, com o único intuito de me enfraquecer politicamente, sejam manipuladas com a intenção de enterrar esse nosso objetivo. Quero deixar claro, mais uma vez, que não sou político. Estou político, e faço isso pelo Sampaio. Mas nós não vamos fraquejar”, apontou.

Sergio relembra o momento em que assumiu o Sampaio, e faz um comparativo com os dias atuais: “O Sampaio ainda está muito longe do que se espera de um grande clube de futebol, em termos de estrutura. Mas, quando cheguei aqui, posso dizer que encontrei uma terra arrasada. Nossa equipe não tinha nem água encanada para tomar banho, e os atletas tomavam banho no mato. Hoje, já podemos oferecer condições de trabalho decentes aos nossos jogadores e comissão técnica, mesmo com todas as dificuldades. Evito falar em sacrifícios pessoais que faço para manter o clube de pé, mas chegou-se a um estágio que é preciso frisar: ainda hoje, pago um empréstimo de crédito consignado como vereador no valor de R$ 200.000,00, que usei para pagar folha de pessoal em 2013. Já fui obrigado a fazer essa operação novamente, desta vez, como deputado, no valor de R$ 400.000,00, para tentar manter os salários em dia. Não se trata de demagogia. Faço isso por amor e por acreditar em um ideal”, afirmou o presidente.

Por fim, Frota lembra que há forças contrárias à ascensão do Sampaio, mas não se deixa abater: “Há quem interessa toda essa movimentação negativa em torno do Sampaio? Essas mesmas pessoas que promoveram a invasão no terreno do clube, e não querem que o Governo cumpra uma ordem judicial de reintegração, estão por trás disso. Mas, é como diz aquele velho provérbio: ‘Para alguns amar, outros precisam odiar. E nós vamos seguindo a luta em busca do nosso sonho que é a Série A”.”

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