Dom Pedro tem novo prefeito, define TSE em votação unânime

Por votação unânime na noite desta terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu corrigir um erro do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) e validou os votos do candidato a prefeito mais votado no município de Dom Pedro na eleição 2016, Alexandre Costa (PSC).

Com voto favorável do Ministro Heran Benjami, Alexandre que obteve 7.997 votos na eleição do ano passado deverá assumir o mandato nos próximos dias.

Em contato com o advogado do prefeito, Dr. Frederico Campos, ele mostrou felicidade pelo fato do TSE ter feito Justiça colocando no cargo quem realmente foi eleito pela vontade esmagadora das urnas.

Fred ainda relatou estar triste por outro lado, em saber que Alexandre ficou dez meses fora do cargo por um erro gravíssimo TRE-MA. “O TSE deferiu o registro de candidatura do mais votado por unanimidade. Isto é, todos os Ministros deferiram o registro de sua candidatura. Parabenizo o brilhante voto do Ministro Herman Benjamim.”, afirmou o advogado.

E mais…

Desde janeiro, o município é governado pela presidente da Câmara, a “vereadora/prefeita interina” Rosa Nogueira (PSDC), controlada pelo marido, o ex-presidente da Câmara Farys Miguel.

Hildo Rocha, André Fufuca e a Polícia Federal

André Fufuca – Me respeite!!

Hildo Rocha – Como? Se você faz esse tipo de bandidagem conosco

André Fufuca – Você tem por obrigação encaminhar esse áudio para a polícia federal

Hildo Rocha – Sim, já fiz isso. Antes do que você imagina.

André Fufuca – Se não o fez, não se preocupe eu mesmo irei fazer amanhã o encaminhamento desse áudio.

Hildo Rocha denuncia colegas de bancada à Polícia Federal

O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) anunciou ontem num grupo de WhatsApp da bancada maranhense que denunciou à Polícia Federal a troca de emendas por propinas. O peemedebista acusou os colegas André Fufuca (PP), Juscelino Filho (DEM) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB), de “só pensarem em dinheiro, e quererem se dar bem”.

Segundo as mensagens trocadas no grupo que envolveu os quatro deputados já citados e mais Aluísio Mendes, o peemedebista Hildo Rocha afirmou que houve um empenho de R$ 40 milhões para a Saúde – paga no fim de 2016 – e a verba foi dividida para alguns municípios de indicação dos parlamentares André Fufuca, Juscelino Filho e Rubens Pereira Jr.

André Fufuca pediu a Hildo Rocha que apresentasse provas ou levasse o caso a Polícia Federal. Rocha apresentou documentos no grupo de WhatsApp e afirmou que já havia denunciado o caso à Polícia Federal.

Rubens Pereira Júnior disse que “acusações assim não ajudam em nada. Especialmente por ser conhecidamente falsa”, Hildo Rocha rebateu sugerindo que “se pedisse uma fiscalização na Comissão de fiscalização da Câmara”. Nenhum dos deputados se manifestou.

Num outro trecho da conversa, o deputado do PMDB afirma que, “a jogada era pegar o dinheiro da retaguarda nos municípios beneficiados.Tem até pedido de propinas. Tenho até as gravações de áudio”, afirmou Hildo Rocha.

O ambiente na bancada maranhense não é dos melhores. O deputado do PMDB contou hoje a O BLOG que , no início do ano houve um problema semelhante com o deputado Victor Mendes (PSD) também provocado por André Fufuca e Juscelino Filho.

Reprovação de contas do PV desmoraliza ‘economista’ Adriano Sarney

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Eleitoral a reprovação das contas do PV maranhense por irregularidades referentes a 2013 e 2014, ano em que o partido elegeu os deputados Hemeterio Weba, Edilázio Júnior Adriano Sarney, para a Assembleia; e Sarney Filho, para a Câmara Federal.

O pedido se baseia em “falhas que comprometem a regularidade das contas, impedindo o efetivo controle destas pela Justiça Eleitoral”. Essas falhas, segundo o órgão ministerial, causaram a reprovação das contas do partido.
A Justiça Eleitoral acolheu os pedidos formulados pelo MPF e determinou a suspensão do repasse de novas cotas do Fundo Partidário por quatro meses e a devolução dos recursos do Fundo que não tiveram sua aplicação comprovada por meio de prestação de contas.

A reprovação deixa a bancada verde envergonhada, mas desmoraliza principalmente um dos parlamentares da legenda: José Adriano Cordeiro Sarney que é economista e administrador.

‘Mestre’ em Economia pela Université Paris I Sorbone, na França e Pós Graduado em Gestão pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o deputado que é um dos dirigentes do PV no Maranhão, não conseguiu colocar na prática, administrando o partido do seu gabinete, o que aprendeu na teoria durante o período em que passou na faculdade.

Adriano Sarney fará uma palestra na Associação Comercial do Maranhão (ACM), Centro, nesta quarta-feira (11), às 19h, para falar dos objetivos e ações da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa (FPME) em prol do Maranhão. O difícil mesmo vai ser explicar porque não consegue colocar na prática o que costuma dizer na tribuna e em suas palestras.

Além de desmoralizar o ‘economista’, a reprovação das contas do PV também comprova o ditado que diz que “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, cujo significado do senso comum é que, em dada circunstância, dificilmente as habilidades profissionais que uma pessoa dispõe conseguem ser colocadas em prática de maneira eficiente quando levadas para dentro do círculo familiar ou até mesmo quando estão diretamente envolvidos nos próprios problemas.

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Estrangeiros ‘invadem’ região que o Brasil esqueceu

Com pista simples e 100 km sem pavimentação, BR-163 é a principal conexão do Mato Grosso com os portos do Norte.

Do ciclo da borracha, no final do século 19, à inauguração da até hoje inacabada Rodovia Transamazônica, na década de 1970, a região Norte do Brasil figurou sempre como uma promessa que, pelo menos da parte brasileira, jamais chegou a se cumprir.

Do lado estrangeiro, porém, a história é outra: os investimentos nos últimos cinco anos têm transformado a logística do Arco Norte, conjunto de portos ao longo dos rios Amazonas e Tapajós, e da costa atlântica no Pará e no Maranhão.

A onda de recursos de fora do país, em boa parte de multinacionais como Bunge e Cargill, tem sido impulsionada pela expansão agrícola no Norte do Mato Grosso e na região do Matopiba (fronteira formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

“Eles acordaram para o Arco Norte. Países como China e Japão estão vindo com investimento pesado para essa região, já se fala em mais portos”, pontua o consultor em logística da TG Comercial, Luiz Cláudio Santos, que presidiu o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui, até o ano passado.

Do Norte para o Norte

O interesse é tanto que, recentemente, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA, publicou um relatório detalhado a respeito da capacidade de escoamento e das deficiências que impedem o avanço mais efetivo do agronegócio do Norte e Nordeste.

Um dos principais concorrentes do Brasil no mercado externo, principalmente em relação à exportação de soja e carnes, os norte-americanos têm interesse direto no que acontece por aqui e apostam tanto no aumento de produção quanto na quantidade de mercadoria escoada pelo Arco Norte. Com ressalvas, é claro.

“Embora as opções de transporte atuais possam ser caras e ineficientes, a produção brasileira continua crescendo. Em 2010, apenas 5% das exportações de grãos saíam pelos portos do Norte. Até 2015, contudo, os embarques totais do país haviam aumentado em cerca de 20%”, ressalta o USDA no documento. “Traders do setor privado observaram esse crescimento e responderam com a construção de seus próprios terminais.”

O departamento cita o caso de Miritituba, distrito do município de Itaituba (PA) às margens do Rio Tapajós, que recebeu US$ 1,5 bilhão em investimentos desde 2014 e hospeda, hoje, seis portos privados que transportam commodities pelo rio até terminais marítimos. Cada barcaça pode carregar 50 mil toneladas em uma única viagem, contra 40 toneladas de um caminhão. “Essa saída foi criada para facilitar o escoamento da crescente produção no norte de Mato Grosso e melhorar a competitividade nos embarques para a Europa, México, Oriente Médio e Ásia. Esses terminais podem transportar 4,5 milhões de toneladas de soja e milho em 2017, mas a expectativa é de que esse volume passe para 11 milhões de toneladas até 2021.”

Rodovias

Entretanto, o que, hoje, é previsão, já poderia ser realidade. “Com os investimentos dos últimos cinco anos, temos uma capacidade portuária excedente”, garante o diretor de inteligência de mercado da FC Stone, Renato Rasmussen. “É até estranho falar em excedente quando o assunto é logística, porque o resto muitas vezes é deficiente. O grande problema é irrigar esses portos com grãos.”

Segundo Luiz Cláudio Santos, a capacidade atual para as cargas que saem de Miritituba, atualmente, gira em torno de 15 a 20 milhões de toneladas. O principal entrave é o caminho até lá, em especial a BR-163, principal conexão com Mato Grosso.

“Você está nas mãos do frete rodoviário. São 100 km que não estão asfaltados e é uma rodovia de pista simples”, salienta o consultor. A previsão do governo federal é de que a BR-163 fique totalmente pavimentada até o fim de 2018. “Mas isso não está muito claro. O que chega para nós é que de 100 km pouco se fez até o momento e agora começa a temporada de chuvas, que vai até março. Aí não se faz nada, vira um atoleiro, com caminhão parado dez dias.”

Ferrovias

Para o USDA, a pavimentação irá “aumentar drasticamente a eficiência do transporte”, mas é apenas o primeiro passo. A solução virá mesmo com a duplicação e o desenvolvimento de obras complementares, como a Ferrogrão, ferrovia que fará trajeto paralelo à BR-163. “No entanto, ainda não é claro quando o projeto será aprovado, nem há previsão para início das obras. São 1.142 km com capacidade de escoamento anual de 42 milhões de toneladas. Quando concluída, a ferrovia fará com que o custo de transporte para soja e milho caia de U$$ 40 por toneladas para US$ 25. Um consórcio formado pelas traders ADM, Cargill, Amaggi, Loius Dreyfrus e Bunge está por trás do investimento”, complementa o relatório.

“É importante escoar pelo Arco Norte. O tempo de viagem tem de 3 a 4 dias de redução em relação aos portos do Sul, não importa se é para Europa ou para a China, pelo Canal do Panamá”, destaca Renato Rasmussen. “Mas os portos do Centro-Sul também estão passando por melhorias, eles continuarão importantes e podem aumentar inclusive a participação no escoamento de produtos agrícolas.”

Além da BR-163 e da Ferrogrão, o USDA lembra os casos da Ferrovia Transnordestina e da Ferrovia Norte-Sul, ambas inacabadas. Pontas soltas que, para o diretor da FC Stone, têm impedido um aumento significativo da produção brasileira de soja e milho. Da porteira para dentro, os números recordes da safra 2016/17 poderiam ser regra, não exceção. “Hoje Mato Grosso não usa nem 45% da área de soja para a produção de milho safrinha. A produção poderia dobrar. O que importa é o custo logístico e o know-how dos produtores.” (Gazeta do Povo)

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