Os contratos firmados para serviços de sonorização, palco e iluminação na Prefeitura Municipal de Apicum-Açu – MA, com uma empresa sediada em Raposa, município considerado um “paraíso fiscal” de fantasmas, somam R$ 1,8 milhão. Em 2013, a empresa F. J. Aragão Costa, registrada sob o CNPJ: 13.471.191/0001-11, firmou pelo menos cinco contratos em lotes diferentes com o prefeito Luís Lima Cunha (PV), para realizar montagens de estruturas de eventos na cidade.
No primeiro lote do contrato, realizado em janeiro de 2013, a F J Aragão Costa recebeu R$ 314.000,00 (trezentos e quatorze mil reais). No segundo lote, a empresa faturou R$ 377.000,00 (trezentos e setenta e sete mil reais). Pelo terceiro lote, o valor do contrato foi de R$ 62.000,00 (sessenta e dois mil reais). O quarto lote ficou em R$ 439.000,00 (quatrocentos e trinta e nove mil reais). O quinto e ultimo lote foi o mais alto de todos: R$ 628.000,00 (seiscentos e vinte e oito mil reais). Em todos os contratos o serviço foi o mesmo: sonorização, palco e iluminação.
De acordo com informações levantadas pelo BLOG, a empresa tem endereço fornecido à Receita Federal em casebre, localizado na Avenida Principal nº 635, A, Sala 01, bairro do Inhaúma, Raposa-MA. Apesar de existe apenas no papel, F J Aragão Costa conseguiu abocanhar em Apicum-Açu, contratos pelo mesmo serviço que somam quase R$ 2 milhões.
O BLOG verificou, inclusive, que o local onde a empresa está registrada, foi mostrado recentemente pelo Fantástico, da TV Globo, numa reportagem que mostrou desvio de R$ 9 milhões da Prefeitura de Anajatuba.
SAIBA MAIS
Paraísos fiscais são regiões que oferecem vantagens tributárias e sigilo bancário é absoluto. Por isso, o termo costuma ser associado a fraudes. Entretanto, especialistas em economia ponderam que a abertura de contas ou empresas nos “paraísos” não configura, necessariamente, uma ilegalidade. Por causa das vantagens fiscais, empresas dessas regiões podem se tornar mais competitivas no mercado.
LONDRES – O HSBC Holdings, o maior banco da Europa, anunciou nesta terça-feira um plano estratégico para restaurar os lucros e o crescimento até 2017. Para isso, vai encerrar suas atividades no Brasil e na Turquia, o que reduzirá seus custos em entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões, e eliminar quase 50 mil postos de trabalho em todo o mundo. Fontes afirmam que o banco está negociando a venda de suas operações no Brasil com Bradesco, Santander e Itaú.
De acordo com a instituição, 25 mil empregos serão cortados na venda de suas operações no Brasil e na Turquia. Não está claro ainda o prazo de encerramento de atividades nos dois países tampouco as datas das demissões. No caso do Brasil, o HSBC só continuará funcionando para grandes corporações. De 20 mil a 25 mil vagas em tempo integral, ou 10% da força de trabalho, serão cortadas no restante do mundo. Só no Reino Unido, 8 mil postos serão fechados.
— Reconhecemos que o mundo mudou e precisamos mudar com ele — disse o diretor-presidente Stuart Gulliver. — Estou confiante que nossas ações vão permitir atingir nossas previsões de crescimento e aumentar o valor para os nossos acionistas.
O plano de corte terá um custo de US$ 4 bilhões a US$ 4,5 bilhões até 2017, segundo o comunicado do HSBC.
BRADESCO FARIA PAGAMENTO À VISTA
Fontes próximas à negociação afirmaram à agência Bloomberg que o Bradesco deve desembolsar entre US$ 3,2 bilhões e US$ 4 bilhões pela unidade brasileira do HSBC, que não é rentável — em 2014, teve um prejuízo de R$ 441 milhões — e tem 853 agências no país. De acordo com o analista do Deutesche Bank Tito Labarta, a unidade brasileira está avaliada em entre US$ 3,2 bilhões e US$ 4,6 bilhões.
O Bradesco estaria disposto a pagar em dinheiro, segundo as fontes. Além disso, o Bradesco teria mais facilidade de integrar os ativos e de obter aprovação do governo do que um banco estrangeiro como o Santander, que também fez uma oferta. O espanhol Santander é o segundo banco com maior probabilidade de comprar o HSBC.
A compra, no entanto, não seria suficiente para o Bradesco passar o Itaú Unibanco em ativos. O HSBC é o sétimo maior banco do país em ativos, segundo dados dos balanços dos bancos. O Bradesco passaria a ter R$ 1,18 trilhão em ativos comparado com R$ 1,3 trilhão do Itaú. O Banco do Brasil é maior do país, com R$ 1,54 trilhão.
O Itaú também fez uma oferta, mas teria menos interesse por já ter o maior valor de mercado no Brasil. O Goldman Sachs Group coordena a venda.
Procurados pelo agência Bloomberg News, Bradesco, HSBC e Santander não comentaram o assunto. Já o Itaú disse que sempre avalia oportunidades “focadas no crescimento do banco no Brasil e na América Latina e na geração de valor aos acionistas”.
EM NOTA, BANCO AFIRMA QUE OPERA NORMALMENTE NO BRASIL
Em nota, o HSBC Brasil esclareceu que está em um processo de venda e não de encerramento de suas operações no país. “O banco segue operando normalmente e, mesmo após a venda, seguirá prestando serviços aos seus clientes”, afirmou.
“O HSBC está empenhado em garantir a continuidade do negócio e uma transição suave e coordenada para um potencial comprador. HSBC Brasil é parte da HSBC Holdings, uma das maiores instituições financeiras mundiais, com US$ 2,6 trilhões em ativos e mais de 51 milhões de clientes em 73 países”, informou o HSBC Brasil.
O diretor-presidente quer restaurar a confiança dos investidores no banco após uma série de escândalos que atingiram a empresa e aumentaram seus custos. Na semana passada, o HSBC anunciou que pagará US$ 43 milhões como parte de um acordo para encerrar a investigação do Ministério Público de Genebra sobre lavagem de dinheiro na filial suíça do banco, no caso que ficou conhecido como SwissLeaks. O HSBC também foi pressionado a reduzir seus custos e a reverter a redução do lucro após envolvimento em um escândalo de manipulação de taxas no mercado cambial.
Desde que assumiu, em 2011, o diretor-presidente anunciou o corte de mais de 87 mil empregos, a saída de 78 negócios e reduziu o número de países com operações do HSBC de 88 para 73. O banco foi fundado 150 anos atrás em Hong Kong, quando o território ainda estava sob domínio britânico.
Alguns meses após assumir a chefia do banco, Gulliver anunciou o corte de 30 mil vagas, com o objetivo de reduzir os custos em cerca de US$ 2,5 bilhões. Nas demissões anunciadas nesta terça-feira, 21 mil postos serão encerrados de olho no aumento das operações digitais, do processo de automação e do fechamento de agências, de acordo com o diretor-presidente.
MAIS INVESTIMENTOS NA ÁSIA
Por outra parte, o HSBC pretende acelerar seus investimentos na Ásia, em particular no Sul da China e no Sudeste asiático, anunciou o banco em uma nota à Bolsa de Hong Kong.
— O HSBC é um grande banco e está se movendo na direção certa — afirmou Chris White, do Premier Fund Managers. — E boa parte disso já era amplamente esperado.
Com o plano estratégico, o banco vai se livrar de ativos de risco avaliados em cerca de US$ 290 bilhões. Já a rentabilidade do banco (ROE, retorno sobre o patrimônio líquido) ficou em mais de 10%. O banco cortara esta meta de 15% para 10% em fevereiro. Em 2014, a meta era de 7,3%.
No banco de investimento, o HSBC planeja cortar os ativos ponderados pelo risco (RWA) em US$ 130 bilhões líquidos, ou 31%, mantendo os custos baixos. O banco global e a divisão de mercados tiveram um ganho de 6% no primeiro trimestre, com o aumento receita cambial.
Em fevereiro, Gulliver prometeu que as unidades de baixo desempenho enfrentariam “soluções extremas” após os ganhos no ano terem caído 17% e as metas de rentabilidade não terem sido atingidas por quatro anos, em um ambiente regulatório mais duro.
O HSBC está entre os bancos mais duramente atingidos pelas autoridades regulatórias, com o banco central da Inglaterra obrigando as maiores instituições a separa suas unidades de varejo das de investimento de risco até 2019. O banco também foi afetado pela elevação das imposto bancário, que custará cerca de 5,3 bilhões de libras aos bancos nos próximos cinco anos.
Além disso, o banco está revendo a localização de sua sede, que pode deixar Londres devido ao aumento dos custos tributários e do ambiente regulatório mais rígido. A decisão sobre o futuro de sua sede será tomada até o fim deste ano, segundo o comunicado do banco.
— Seria um erro o HSBC deixar o Reino Unido — afirmou o estrategista Jonathan Ferro, da Mint Partrners. — Londres ainda é um lugar muito bom para os bancos estarem.
Durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal na BR-316, foi preso, no início da noite de segunda-feira (08), o vereador de Pedro do Rosário, Abimael Silva Borges Filho, mais conhecido como Lorinho de Abimael (PMN).
De acordo com a PRF, o vereador Lorinho de Abimael, de 28 anos, estava conduzindo um carro saveiro com documento falso e o veículo era clonado, tendo placa original OEF-9949.
A abordagem só aconteceu pelo fato do veículo não ter a placa dianteira e quando os policiais rodoviários federais questionaram o vereador, ficaram constatadas as irregularidades.
Lorinho Abimael alegou que comprou o carro em Pedro do Rosário, mas recebeu o veículo em Pinheiro. O vereador afirma que a negociação foi realizada com um casal e teria desembolsado a quantia de R$ 28.500.
O vereador, que teve 658 votos na última eleição, foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Santa Inês e agora terá que prestar contas com a Justiça.
Fonte: Blog do Jorge Aragão
A falta de segurança no transporte de passageiros em barcos é comum no litoral do Maranhão, o segundo maior em extensão da região Nordeste, com 640 km. Os barcos são o único meio de transporte disponível para a população que mora em ilhas isoladas no norte do Estado. É o que acontece na Reserva Extrativista Marinha de Cururupu, a 465 km de distância de São Luís: o local é um arquipélago com 15 ilhas, localizado no norte do Maranhão. O problema é que, na maioria das vezes, o transporte é feito sem condições adequadas de segurança.
Não é difícil flagrar, por exemplo, barcos de pesca fazendo o transporte de pessoas e mercadoria, superlotados e sem equipamentos de segurança, como os coletes de salvatagem – termo técnico do equipamento. Os passageiros, muitas das vezes, se amontoam em compartimentos de carga e até no teto, dividindo o pouco espaço com animais e tonéis de combustível.
A dura travessia é rotina para algumas famílias: a saída ou chegada em casa, nessas condições, é feita, pelo menos, uma vez por mês. E, por vezes, os passageiros passam por sustos. “Quando balança muito o barco no vento dá susto, muito susto”, diz a comerciante Maria de Fátima Carvalho. “Quando o mar está agitado, fica ruim”, completa a dona de casa Nalva Oliveira.
“Todos os acidentes observados de naufrágio de embarcações miúdas os óbitos têm acontecido por falta do uso de coletes salva-vidas”, diz o capitão dos Portos do Maranhão, Marcos Tadashi, que também afirma que a Capitania fiscaliza a orla, principalmente, durante as férias escolares e feriados.
Relembre
No último fim de semana, quatro pessoas morreram afogadas após uma canoa naufragar em um lago do município de Viana, a 214 km de São Luís. No momento do acidente, oito pessoas estavam na embarcação.
Entre as vítimas, duas crianças e duas mulheres: Clemilda Sá Pereira, professora de 35 anos; Júlio Pereira, 10; Claudiane Costa, 29, e seu filho, Júlio Martins, 10.
Um homem foi preso após assaltar e ainda espancar uma mulher no bairro do Maranhão Novo. A vítima é cadeirante.