As operações ‘Imperador’, ‘Morta Viva’ e a ‘Marajá’, realizadas desde o mês passado, pela Polícia Civil e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que vem desmantelando um poderoso esquema de agiotagem nos municípios maranhenses, expôs uma realidade cada vez mais presente nas prefeituras do interior: o uso da figura de laranjas para acobertar transações financeiras e transações ilícitas. O laranjal da fraude se expande em tamanho e sofisticação, além de exibir uma impressionante capacidade de se adaptar aos mais variados negócios.
Em Vitoria do Mearim, essa prática vem se tornando cada vez mais comum, conforme informações da prestação de contas da prefeita Doris de Fátima Ribeiro Pearce, a Doris Rios (PV), apresentado por ela ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão.
VEJA TAMBÉM:
Corrupção marca os 182 anos de Vitória do Mearim
Prefeita de Vitória do Mearim é alvo de mais 50 ações judiciais
Detento tem empresa contratada pela Prefeitura de Vitória do Mearim
Nota fiscal pode revelar pagamentos por serviços não realizados em Vitória do Mearim
Empresa usa domínio do site da prefeitura de Vitoria do Mearim
Doadores de Ricardo Rios têm cargos na Prefeitura de Vitória do Mearim
Prefeita de Vitoria do Mearim contrata empresa ‘fantasma’
Dono de empreiteira contratada pela Prefeitura de Vitória financiou campanha de deputado
Dados sobre as transações financeiras da Prefeitura de Vitoria junto ao TCE mostram que algumas destas empresas de fachada receberam valores por serviços nunca prestados no município vitoriense, segundo denúncias que chegam ao blog.
No relatório de despesas apresentado pela prefeita Dóris ao órgão responsável pela fiscalização do uso do dinheiro público, no ano passado, além de beneficiar Construtora Vitoriense cuja razão social é S R J Machado Junior Construção e Comércio com valores de R$ 104.671,31 reais e R$ 105.591,79, pelo menos outras duas empreiteiras – a BXM Construções [atualmente registrada como Construtora Líder] e a Terra Plana – teriam recebido dinheiro clandestino para abastecer o suposto esquema de desvio de dinheiro público na prefeitura.
A BXM possui vários contratos de prestação de serviços. Dois destes contratos somam mais de R$ 1 milhão de reais, conforme extratos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).
Outra que compõe o laranjal da prefeita Doris Rios e a empreiteira Terra Plana que possui contratos para prestação de serviços que somam R$ 50 mil reais, segundo documentos inseridos nas prestações de contas dos balancetes.
Não se sabe se as obras foram realizadas pelas empresas. No entanto, a análise das notas envolvendo as empresas inidôneas pode revelar uma prática que vem se tornando comum nos municípios do interior do estado: o pagamento por serviços não realizados.
Desde que iniciou a série sobre a corrupção na Prefeitura de Vitória, o blog apresenta os documentos com os indícios das irregularidades. No entanto, até hoje, o Ministério Público, órgão de controle externo, responsável por ações de combate à corrupção em todo o Estado, ignorou as denúncias e sequer abriu procedimento para investigar o caso.
A operação policial que culminou com a prisão do agiota Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, na manhã desta terça-feira (05), pode ter desdobramento para o município de São Mateus. A informação é do jornalista Gilberto Léda em seu blog.
VEJA TAMBÉM:
Mais um agiota concorrente do principal financiador de campanha do governador é preso
De acordo com a publicação, durante a busca e apreensão na residência do agiota, foi encontrado um cheque da Prefeitura de São Mateus no valor de R$ 106 mil, assinado pelo prefeito Miltinho Aragão (PSB).
A data do cheque da prefeitura coincide com o período da cerimonia de lançamento de reativação do projeto Salangô, realizado há menos de uma semana – em 30 de abril – dias depois de o prefeito fazer festa no município, junto com o governador Flávio Dino (PCdoB), conforme flagrante fotográfico abaixo.
Além de São Mateus, foram apreendidos, ainda, 16 cheques em branco da Prefeitura Municipal de Marajá do Sena e dois cheques da Câmara de Paço do Lumiar.
Do GI PORTAL
Como diria aquele ditado popular, o deputado Roberto Costa (PMBD) está mais “perdido do que cego em tiroteio” após iniciar um chamado “chove não molha” sobre sua identidade política na Assembleia Legislativa [se é oposição ou governo], mesmo sendo do PMDB.
Gaguejando e ofegante como sempre, Costa derrapou como nunca num debate sobre concessão de serviços públicos com o neófito deputado Rafael Leitoa (PDT).
Trocando alhos com bugalhos, o peemedebista disse que concessão é a mesma coisa que privatização: “[…] Na verdade é uma privatização, a concessão é isso, é uma privatização com um tempo determinado de 30 anos”.
Na bucha, Leitoa, mesmo sendo novato na tribuna da Assembleia, deu uma reprimenda daquelas em Costa:
“Não, deputado. Na privatização, o bem não volta mais para o poder público, é o caso da Cemar, não volta mais para o Estado”, alfinetou Leitoa para aumentar ainda mais a gagueira do parlamentar.
O motorista Carlos Diego Araújo Almeida, de 22 anos, responsável pelo acidente que causou a morte da menina Laura Burnett Marão, de 8 anos, prestou depoimento na manhã desta terça-feira (5), na Delegacia Especializada de Trânsito, em São Luís. Segundo a polícia, durante o depoimento, ele disse que havia ingerido bebida alcoólica no dia do acidente, mas que no momento da colisão ele não estava embriagado.
O depoimento estava marcado para a manhã dessa segunda-feira (4), mas foi adiado pela delegada por uma “incompatibilidade de endereços”. Segundo ela, dependendo do depoimento de Carlos Diego, ele poderá responder por embriaguez e por homicídio doloso ou de trânsito. Para ser liberado no dia do acidente, segundo a delegada, ele pagou a fiança de R$ 800,00.
O depoimento de Carlos Diego diverge com a constatação da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), que disse que, no momento do acidente, o motorista perdeu o controle ao dirigir sob efeito de álcool.
Entenda
Laura Burnett Marão sofreu traumatismo craniano após o veículo conduzido por Carlos Diego Araújo Almeida bater, em alta velocidade, na traseira do carro onde ela estava com dois irmãos e o pai, na madrugada do dia 26 de abril.
O motorista foi encaminhado ao Plantão Central do Cohatrac, onde foi autuado em flagrante, pagou fiança e foi liberado. A criança ficou quatro dias internada em um hospital particular da capital, mas não resistiu e morreu na manhã do dia 30.
Fonte: G1 Maranhão
O empresário Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan [foto ao lado], foi preso na manhã desta terça-feira (5) por suspeita de agiotagem e desvio de recursos públicos no Maranhão. O empresário que também seria concorrente do principal financiador de campanha do governador Flávio Dino (PCdoB), Dedé Macedo, foi o segundo agiota preso em menos de um mês dentro da “Operação Imperador”, da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
No dia 31 de março, foi presa a ex-prefeita de Dom Pedro, Maria Arlene Barros. Ela que é adversaria do atual prefeito Hernando Macedo (PCdoB), filho de Dedé Macedo, foi acusada de desviar da prefeitura entre 2009 e 2012, mais de R$ 5 milhões.
No dia 1º, Eduardo Costa Barros, filho da ex-prefeita mais conhecido como “Eduardo Imperador”, se apresentou na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Segundo a polícia, em nome de Eduardo e de pessoas ligadas a ele existem, pelo menos, dez empresas, a maioria no ramo de construção civil e locação de máquina. Estas empresas seriam usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro da prefeitura de Dom Pedro. Eduardo nega que tenha tantas empresas e que tenha sido beneficiado. Os dois foram liberados seis dias após a prisão.
LIGAÇÕES PERIGOSAS
O bom relacionamento entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o empresário agropecuarista Dedé Macêdo – apontado por alguns como investidor no mercado financeiro paralelo – é antigo. Remonta às eleições de 2010. Naquela ocasião, Dino cruzava os céus do Maranhão em um helicóptero emprestado/alugado pelo empresário a sua campanha. As circunstâncias do uso da aeronave nunca ficaram muito claras.
Em 2014, já na pré-campanha, outro helicóptero do empresário começou a ser apontado como objeto de novo empréstimo ao comunista. A aeronave, mais moderna, foi adquirida por Macêdo em Teresina e lá normalmente ficava, num hangar, para uso particular.
Logo após a compra, surgiram as primeiras informações de que o helicóptero estaria sendo usado por Flávio Dino.
Cabe ressaltar que não há crime nenhum um candidato, ou comitê financeiro, usar um helicóptero. Mas isso, pelo menos em tese, deve estar especificado na prestação de contas, segundo a legislação eleitoral brasileira.