Durante as eleições de outubro último, quando disputou o Palácio dos Leões como candidata de Jair Bolsonaro, eleito presidente da República, Maura Jorge chegou a conceder uma entrevista coletiva para se dizer perseguida pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e colocar em dúvida a idoneidade dos magistrados da Corte maranhense, que havia colocado o caso na pauta de julgamento. À época, o julgamento recebeu um pedido de vistas do desembargador Jamil Gedeon quando estava empatado.

Já haviam votado a relatora do processo, desembargadora Cleonice Silva Freire, que aceitou parcialmente os apelos da defesa e retirou a suspensão dos direitos políticos de Maura Jorge por entender que não houve dano ao erário; e o juiz Osmar Gomes, convocado para substituir o desembargador Paulo Velten que não compareceu à sessão, pela desprovimento dos apelos e condenação da ex-prefeita de Lago da Pedra.

Relator do acórdão da Terceira Câmara Cível do TJ/MA, pouco mais de uma semana após as eleições de 2018, Gedeon apresentou o voto pela improcedência dos pedidos feitos pelo Ministério Público e pela extinção do processo sem resolução do mérito em relação ao município, que havia sido apontado pelo Parquet como polo passivo na ação civil. Acompanharam o voto os desembargadores Jaime Ferreira e Marcelino Everton.