Após oito anos, Roseana e Dino voltarão a se enfrentar nas urnas

Oito ano após se enfrentarem nas urnas pela primeira vez, a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (MDB) e o atual mandatário do Palácio dos Leões, Flávio Dino (PCdoB), voltarão ao confronto, que pode já ser o final. Aquele que perder em outubro, dificilmente conseguirá retornar à vida política.

A confirmação do novo embate foi feita nesta segunda-feira 21, com a batida do martelo pela emedebista, em reunião com suas principais lideranças, após algumas semanas de intensa pressão e indecisão.

Na primeira disputa, em 2010, quando foi para a reeleição, Roseana consagrou-se vencedora no voto, fazendo o Maranhão conhecer a imagem do comunista em meio ao choro, em razão da derrota.

Agora em 2018, é Dino quem está no poder, mas com a imagem altamente arranhada por descumprimento de promessas de campanha e não cumprimento de expectativas geradas por ele próprio, com o já enojado discurso da mudança e o dito durante sua posse, de que os Leões do Palácio não mais se alimentariam da miséria do povo maranhense.

Câmara deve reverter votação e rejeitar convocação de Antonio Araújo nesta quarta

A Câmara Municipal de São Luís deverá reverter nesta quarta-feira (23) a convocação do secretário municipal de Obras e Serviços de São Luís, Antonio Araújo. A convocação foi aprovada na segunda-feira (21) após a base do governo estar distraída durante a votação e passar rapidamente. A aprovação causou muito discussão e deve ser revertida.

O vereador Raimundo Penha (PDT) evocou o artigo 201 do Regimento Interno da Casa para pedir recontagem de voto nominal, o que na prática, faz com que quem não estava atento e acabou permitindo a aprovação da convocação do secretário possa votar contrariamente.

Nesta terça-feira (22), a discussão foi retomada. Os vereadores Chaguinhas e Pereirinha mantiveram a convocação e Paulo Victor votou contra convocar o secretário. Como as discussões estavam se alongando, a votação foi suspensa já que a Casa ainda recebeu a visita do presidente do Tribunal de Justiça e já estava prevista a paralisação dos trabalhos mais cedo.

A votação deve ser retomada nesta quarta-feira (22) e a tendência majoritária é que o requerimento seja rejeitado.

Bira do Pindaré diz que Edilazio Júnior quer se eleger com a caneta da “juíza”

Faltando menos de cinco meses para a eleição no Maranhão, o clima entre governistas e oposição começa a ficar cada vez mais hostil, dando espaço para discussões que, em nada, contribuem para o desenvolvimento do estado.

E na Assembleia Legislativa, a situação não se mostra diferente.

Depois dos deputados Rogério Cafeteira (DEM) e Adriano Sarney (PV) quase se agredirem fisicamente no próprio plenário, em fevereiro, nesta terça-feira (22) foi a vez de Bira do Pindaré (PSB) e Edilázio Júnior (PSD) trocarem insultos na sessão ordinária.

Bira é aliado do governador Flávio Dino (PC do B) e pré-candidato a deputado federal.

Edilázio pertence ao grupo da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e também disputará uma das 18 vagas para Câmara Federal.

A discussão, como não poderia ser diferente, começou por conta de discordâncias acerca do trabalho do governo do estado e acabou descambando para o campo pessoal.

Edilázio criticou seu colega afirmando que o mesmo falta as sessões para evitar votar propostas governamentais que podem lhe oferecer desgaste político.

Afirmou, ainda, que o socialista gosta mesmo é de viajar para o exterior, onde desfruta de várias regalias, como bons vinhos, e que foi acusado de desviar recursos públicos quando comandou a Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

E mandou um recado ao seu desafeto afirmando que irá lhe dar uma “taca” nas urnas.

Pindaré, por sua vez, negou qualquer tipo de denúncia de malversação de recursos e disse que Edilázio não tem moral para falar de ninguém.

Ainda segundo o socialista, o parlamenatr roseanista quer se eleger com a caneta da “juíza” – uma referência à desembargadora Nelma Sarney, sua sogra.

Câmara aprova PL de Umbelino Júnior que institui Semana de Prevenção ao AVC em São Luís

Foi aprovado ontem (21) na Câmara Municipal de São Luís, o Projeto de Lei n° 179/17, de autoria do vereador Umbelino Junior (PPS), que dispõe sobre a criação do programa municipal de prevenção ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) em São Luís. A proposta tem por objetivo conscientizar, evitar e prevenir mortes e sequelas causados pelo AVC.

Conforme o parlamentar, a medida é importante para reduzir o número de casos de acidentes vasculares que afetam cerca de 17 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo, além de orientar e educar a população no sentido da prevenção.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico que é o tipo mais comum causado pela interrupção no fluxo de sangue em uma região específica do cérebro e o hemorrágico que é o tipo mais grave e acontece quando o vaso se rompe, levando a um sangramento no cérebro.

Quando ambos atingem uma pessoa, matam ou deixam lesões irreversíveis como incapacidade de se mover ou sentir parte do corpo, além de dificuldades de compreensão ou de falar. Porém, se dentro de quatro horas a pessoa que sofreu AVC for tratada neste período, poderá evitar sequelas para toda a vida, além de ter a possibilidade do tratamento garantir a sobrevivência.

Umbelino Junior também enfatizou que a criação do projeto irá estimular pesquisas e desenvolvimentos científicos que identificarão fatores de riscos, assim como desenvolvimento de medidas preventivas, além de diagnósticos terapêuticos e de reabilitação voltados para o AVC.

O projeto foi aprovado e encaminhado ao prefeito de São Luís para ser sancionado e executado diante da sociedade ludovicense.

Ministério Público pede afastamento do prefeito de Barreirinhas

A Promotoria de Justiça da Comarca de Barreirinhas ingressou com uma Ação Civil Pública por atos de improbidade administrativa contra o prefeito Albérico de França Ferreira Filho e o secretário municipal de Educação, José Cícero Silva Macário Júnior.

Como medida liminar, o Ministério Público pediu o afastamento dos gestores dos cargos.

A Ação foi motivada por problemas no calendário escolar da rede municipal de educação. O calendário escolar encaminhado pela Prefeitura e aprovado pelo Conselho Municipal Escolar previa o início das aulas para o dia 16 de fevereiro. Diligências realizadas pelo Ministério Público constataram que, entre os dias 16 e 19 de fevereiro, várias escolas ainda estavam sem aulas.

Questionada, a Secretaria Municipal de Educação confirmou que 87 escolas da zona rural não teriam iniciado suas atividades por falta de professores. A situação seria contornada com a realização de um seletivo para a contratação de 215 professores, cujo edital foi lançado em 19 de fevereiro.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a carga horária mínima para o ensino fundamental e o ensino médio é de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos, excluindo-se o tempo necessário aos exames finais.

De acordo com o Conselho Municipal Escolar, no início de maio, a Prefeitura de Barreirinhas encaminhou dois novos calendários para análise. A previsão era que, nas escolas que não iniciaram as atividades em fevereiro, as aulas deveriam ter começado em 12 de abril de 2018, o que também não aconteceu.

“A Prefeitura, por meio do prefeito e do Secretário de Educação, criou vários calendários letivos fictícios com o único fim de burlar a lei e não cumprir o mínimo de 200 dias letivos. Os gestores municipais são se preocupam com a educação das crianças de Barreirinhas, condenam as crianças a um trágico futuro, brincam com a educação pública. Iniciar o ano letivo antes de contratar os professores é prova inequívoca da má-fé dos gestores municipais”, afirma, na Ação, o promotor de justiça Guilherme Goulart Soares.

Além do afastamento do cargo do prefeito e do secretário municipal de Educação até o início das aulas e regularização do calendário escolar, o Ministério Público do Maranhão pediu a condenação de Albérico de França Ferreira Filho e José Cícero Silva Macário Júnior por dano moral coletivo, em valor a ser determinado pela Justiça, e por improbidade administrativa.

As penalidades previstas são o ressarcimento integral do dano causado aos cofres públicos, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa de até 100 vezes o valor da remuneração do cargo que ocupam e a proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público, mesmo que por meio de empresa da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos.