Não é novidade mais para os alcantarenses que a saúde pública do município de Alcântara, administrada pelo prefeito Domingos Araken (PT), é uma verdadeira vergonha pública. Nesta terça feira (9), um rapaz identificado como Gleidson da Silva Barbosa, que foi esfaqueado no Povoado Japeú, zona rural de Alcântara, foi levado para o Hospital Municipal Lídia Martins na cidade de Bequimão, onde recebeu os primeiros socorros e, em seguida, transferido para o Hospital Regional Dr. Jackson Lago na cidade de Pinheiro, onde foi rejeitado por não ter leito e teve que voltar novamente para o hospital de Bequimão.
A partir daí, Gleidson precisava ser transferido para um hospital em São Luís onde teria que ser feita uma intervenção cirúrgica com urgência, já que a facada foi profunda. Como o rapaz reside em Alcântara, a direção do Hospital Municipal Lídia Martins, entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Alcântara, mas infelizmente não deu a mínima para o caso do alcantarense, que estava entre a vida e a morte. Depois de horas internado em Bequimão e aguardando uma solução da Secretaria de Saúde de Alcântara, o prefeito de Bequimão, Zé Martins mandou uma ambulância deixar o homem no Socorrão I em São Luís, onde foi submetido a uma cirurgia e não corre mais risco de morrer.
Enquanto isso, até o momento desta redação, nenhum representante da Secretaria de Saúde de Alcântara se manifestou sobre o caso. A direção do Hospital de Bequimão, não entendeu o motivo do Secretário de Saúde de Alcântara deixar o paciente esperando por ambulância e nunca mandou sequer uma carroça para Bequimão. (As informações são do blog do João Filho)
Dados foram divulgados pelo InPacto e Repórter Brasil. Juiz Marcelo Testa Baldochi aparece entre os que tiveram decisão administrativa final entre dezembro de 2013 e dezembro de 2015
Foi publicada, na última sexta-feira 5, a nova edição da “Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo”, que traz dados atualizados sobre empregadores autuados por uso de trabalho análogo ao de escravo e que tiveram decisão administrativa final entre dezembro de 2013 e dezembro de 2015.
Esta a terceira edição do documento. A primeira foi divulgada em março do ano passado, e trouxe os casos entre dezembro de 2012 e dezembro de 2014. A segunda, divulgada em setembro, envolveu o período de maio de 2013 a maio de 2015. A nova edição, obtida pelo Instituto do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (InPacto) e a ONG Repórter Brasil por meio da Lei de Acesso à Informação, traz o nome de 340 pessoas e empresas envolvidas com este tipo de crime, sendo 21 do Maranhão.
Conhecida também como “lista suja”, o documento é a única ferramenta de consulta disponível atualmente para o bloqueio de fornecedores envolvidos com a escravidão contemporânea, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantém, desde dezembro de 2014, a controvérsia decisão de bloquear o documento publicado semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, responsável pela lista desde 2003, com o nome de “Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo”.
Entre os maranhenses, chama atenção o nome do juiz Marcelo Testa Baldochi, em destaque da foto acima, que teve a fazenda Vale do Ipanema, de sua propriedade, localizada na Zona Rural do município de Bom Jardim, como alvo de fiscalização do MTE, que flagrou e resgatou quatro pessoas em condições análogas à escravidão; e do ex-deputado estadual Antônio Carlos Bacelar Nunes, o Magno Bacelar, que teve a fazenda Terra Nova/Eira/Santo Antônio/Chico Preto fiscalizada e flagrada com nove pessoas em trabalho escravo.
Abaixo, a lista completa com os nomes das 21 pessoas e empresas do Maranhão flagradas utilizando mão de obra escrava e que tiveram decisão administrativa final entre dezembro de 2013 e dezembro de 2015:
1. Alexandre Vieira Lins – Fazenda Sara – BR 135, km 122, Miranda do Norte – 4 trabalhadores flagrados em escravidão
2. Alonso Pereira Santos – Fazenda Baixa Verde – Estrada do Córrego do Surubiju, Zona Rural de Açailândia – 1 trabalhador em escravidão
3. Antônio Carlos Bacelar Nunes – Fazenda Terra Nova/Eira/Santo Antônio/Chico Preto – Povoado Santo Antônio, 4. entre a Lagoa do Leme e as Cajazeiras, Codó – 9 trabalhadores em escravidão
4. Carmel Construções Ltda – Av. Cafeteira, 35, Vila Bom Viver, Raposa – 21 trabalhadores em escravidão
5. Celeste Rodovalho – Fazenda Sombra da Tarde – zona rural, Açailândia – 5 trabalhadores em escravidão
6. Domingos Moura Macedo* – Fazenda São Francisco – Rodovia BR-316, km 384 (+ 9km), zona rural do município de Bacabal – 8 trabalhadores em escravidão
7. Domingos Moura Macedo* – Fazenda São Francisco/ Fazenda Bela Vista – Rod. BR 316, km 384, estrada Bacabal a Alto Alegre, zona rural, Bacabal – 8 trabalhadores em escravidão
8. Euclides Mariano da Silva – Fazenda Alto do Bonito – Estrada do Brejão, km 13, zona rural de São Fancisco do Brejão – 8 trabalhadores em escravidão
9. Francisco Afonso de Sousa – Fazenda Uberlândia – Povoado Sentada, estrada para o Tamboril, zona rural de Santa Luzia – trabalhadores em escravidão
10. Francisco Andrade da Silva – Fazenda Cocal II – Rodovia MA 200, km 25, povoado Nova Caxias, zona rural de Turiaçu – 1 trabalhador em escravidão
11. Gilson Freire de Santanna – Fazenda Santa Maria – Rod. BR 222, km 46, Açailândia – 19 trabalhadores em escravidão
12. João Antônio Vilas Boas – Sítio – Assentamento Verona, BR 222, km 535, zona rural de Bom Jesus da Selva – 7 trabalhadores em escravidão
13. Joaquim Luiz Ferreira – Fazenda Sossego – zona rural de Bom Jardim – 2 trabalhadores em escravidão
14. Joel Amélia de França – Madeireira do Joelzão – Povoado Centro do Pedro, quadra 80, zona rural, Maranhãozinho – 13 trabalhadores em escravidão
15. José Wilson de Macedo – Fazenda Santa Luz – zona rural, Peitoró – 12 trabalhadores em escravidão
16. Marcelo Testa Baldochi – Fazenda Vale do Ipanema – zona rural, Bom Jardim – 4 trabalhadores em escravidão
17. Miguel Almeida Murta – Fazenda Boa Esperança – Gleba Bambu, Povoado Córrego Novo, zona rural, Açailândia – 5 trabalhadores em escravidão
18. Miguel de Souza Rezende – Fazenda Zonga – Rio dos Bois, Rod. BR 222, km 535, zona rural, Bom Jardim – 1 trabalhador em escravidão
19. Nilo Miranda Bezerra – Fazenda Palmeirinha/ Pau de Terra – Estrada de Carolina a Balsas, 5 km, à esquerda, 18 km, zona rural, Carolina – 3 trabalhadores em escravidão
20. Raimundo Nonato Alves Pereira – Fazenda Santa Cruz – zona rural, Santo Antônio do Lopes – 3 trabalhadores em escravidão
21. Sebastião Lourenço Rodrigues – Fazenda Tamataí – Povoado Brejo do Piauí, zona rural, Santa Luiza – 7 trabalhadores em escravidão
*Observar que tratam-se de duas operações distintas realizadas em face do mesmo empregador. Op. 03/2014 e Op. 113/2014 ocorridas no mesmo ano e com o mesmo número de trabalhadores resgatados
O processo de improbidade administrativa contra o prefeito de Mirinzal, Amaury Santos Almeida, começa a andar quase exatamente um ano após a denúncia do Ministério Público. O MP acusa o prefeito e mais quatro pessoas de fraude de processo licitatório para construção de unidade de educação básica e quadra escolar coberta com vestiário no município.
A juíza Michelle Amorim Sancho Souza proferiu o despacho no último dia 19 de janeiro para que Amaury e os demais acusados se manifestem com documentos e justificações com prazo de 15 dias, mas ainda não consta a manifestação na página de acompanhamento processual do Tribunal de Justiça.
Também são acusados Cláudio Santos Almeida (secretário municipal de Planejamento e Finanças), Charles Magno Costa Santana (presidente da Comissão Permanente de Licitação), Joel Coelho Júnior e Josete Rodrigues Silva (membros da Comissão Permanente de Licitação).
De acordo com a promotoria, a ação foi motivada pela ausência de publicação do aviso de licitação em jornal de grande circulação, o que fere o princípio constitucional de publicidade. Autor da ação, o promotor de justiça Francisco de Assis Silva Filho, afirma que, devido à ausência de publicação do edital, apenas a empresa Construtora e Comércio Rodrigues Chaves Ltda participou dos certames para contratação, o que evidencia a restrição da ampla competitividade da licitação.
O retorno para a capital, após o carnaval, foi tranquilo durante toda a manhã de ontem, com aumento de fluxo a partir do meio-dia e com maior intensidade no fim da tarde. A movimentação nas rodovias federais não foi tão intensa comparada ao ano passado.
Em entrevista a O Imparcial, o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Noberto, informou que o fluxo no trânsito foi calmo, apesar da grande quantidade de carros que voltaram do interior do estado. O número de veículos que entrou em São Luís durante a quarta-feira de cinzas foi de 20 mil, sendo que em um dia normal esse número é de oito mil. Mesmo com toda a tranquilidade na estrada, segundo Antônio Noberto, nas rodovias federais do Maranhão, o dia foi de filas de veículos e congestionamentos até a meia-noite.
De acordo com a PRF, várias equipes foram formadas para realizar a contenção de fluxos nas rodovias federais maranhenses, equipes de reforço e monitoramento. Além do quantitativo que trabalha diariamente, foi deslocado reforço para trabalhar na quarta-feira de cinzas: dez viaturas, cinco equipes e mais reforços das motocicletas, no total, cerca de 40 agentes federais para conter o fluxo.
“A movimentação não foi tão intensa nas rodovias porque houve a contenção de fluxo, realizada pela PRF, que começou a partir de meio-dia, hora em que o fluxo começou a se intensificar. Caso contrário, as filas só terminariam na manhã do dia seguinte”, explicou.
Sobre as ocorrências nas estradas nos dias de carnaval, Antônio Noberto afirma que foi um feriado menos violento nas rodovias federais comparado ao ano passado. “Podemos afirmar que este ano o movimento nas rodovias não foi tão intenso quanto ano passado. E que a fiscalização também contribuiu para que o feriado fosse tranquilo”, disse.
Ocorrências
Segundo informações da PRF, durante o feriado, aconteceram quatro acidentes com vítimas fatais. O primeiro aconteceu na noite do último domingo, no município de Bacabeira, na BR-135, km 32,1, às 19h30. Uma colisão frontal entre os veículos Toyota Hylux, de cor prata e placas ocv8278-ma, e um Honda Civic, de cor preta e placas nhh7240-ma, resultando em danos materiais, cinco feridos e uma vítima fatal: Marcio Roberto Martins costa, de 44 anos.
O segundo também aconteceu no domingo, no município de Bela Vista do Maranhão, BR-316, km 279, às 19h30, quando houve o atropelamento de um ciclista envolvendo um veículo não identificado, que resultou em uma vítima fatal, Iraci Amorim Santana, de 42 anos. Outro aconteceu na última segunda-feira, em Bacabal, no Km 385 da BR-316, às 17h05. Houve um atropelamento da vítima Célio da Silva Ventura, de 39 anos. O veículo, não identificado, evadiu-se do local.
Por fim, em Itapecuru-Mirim, no Km 98,8 da BR-135, às 10h20, mais um acidente, após veículo não identificado colidir com bicicleta, a ciclista morreu no local.
Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoaram por quase 20 horas à procura de um ultraleve PU-VCL que está desaparecido há mais de 30 horas. O piloto, José do Vale Filho, e o passageiro Júlio César de Moraes, estavam na aeronave.
O ultraleve levantou voo em Arari com destino a capital maranhense às 16h30 de terça-feira (9) e desapareceu. No momento chovia muito na região, segundo a FAB. Os dois ocupantes da aeronave são advogados e estavam visitando a cidade da baixada maranhense.
No fim da tarde desta quarta-feira (10) uma equipe da FAB, com apoio do CTA, conseguiu encontrar parte da cauda do ultraleve entre Estiva e Bacabeira. As buscas estão sendo coordenadas pela FAB e contam com a participação da Capitania dos Portos do Maranhão, Corpo de Bombeiros, Centro Tático Aéreo (CTA), Polícia Militar e Polícia Civil
Terra, céu e mar
Uma embarcação de casco semirrígido (ECSR) da Marinha faz buscas na tentativa de encontrar destroços da aeronave desde o Rio Mearim, proximidades da cidade de Bacabeira, até os arredores da Ilha do Medo, a noroeste de São Luís.
O helicóptero H-36 Caracal (SAR 8517), de Belém (PA), um helicóptero do CTA e uma aeronave C-105 Amazonas (SAR 2810), de Campo Grande (MS), sobrevoam a área onde a aeronave pode ter caído.
Homens da Polícia Militar e Polícia Civil fazem a varredura por terra entre área de mangue próxima ao Estreito dos Mosquitos e Bacabeira, local onde parte da aeronave foi encontrada. Cerca de 50 homens participam da ação.
Investigação
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que os destroços serão analisados por técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) do Pará, responsável pela investigação.
Buscas voltam a ser realizadas no começo da manhã desta quinta-feira (11), segundo informou a FAB. Ainda não é possível levantar hipóteses sobre os fatores que contribuíram para o acidente.