O Ministério Público deu parecer favorável nesta quarta-feira (18) a um pedido da Polícia Federal de prisão preventiva do ex-secretário da Saúde do Maranhão Ricardo Murad.
Murad é investigado na Operação Sermão aos Peixes, executada nas últimas segunda e terça-feira (17) por Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF).
A operação apura um esquema de desvio de verbas do Fundo Nacional de Saúde (FNS), pelo qual teriam sido transferidos mais de R$ 200 milhões em recursos federais para campanhas eleitorais no Maranhão. A mulher de Murad, a prefeita de Coroatá (MA), Maria Teresa Trovão Murad, também teria sido beneficiada.
O pedido da PF é baseado na suspeita de destruição de provas dos desvios de verba, supostamente ocorridos entre 2010 e 2014, na gestão da cunhada de Murad, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.
No parecer, o Ministério Público Federal diz que Ricardo Murad praticou atos de destruição e ocultação de provas e que, por isso, há o risco de continuar destruindo provas se permanecer em liberdade.
“Sendo assim, o MPF concorda com o pedido da PF e também quer que seja decretada a prisão preventiva do ex-secretário”, afirma o Ministério Público.
O advogado Marcos Lobo, que defende Ricardo Murad e a mulher, informou por telefone que não vai se pronunciar enquanto não tiver conhecimento da acusação oficial.
Segundo as investigações, na véspera do cumprimento do mandado de busca e apreensão, Ricardo Murad teria incinerado documentos no fundo do quintal de sua residência, levado documentos da casa dele para a casa da irmã, e ainda teria removido, do aparelho do circuito interno de TV de sua casa, o dispositivo onde são armazenadas as imagens, a fim de impedir que a polícia captasse cenas da retirada dos documentos e da incineração de papéis.
Durante a gestão de Ricardo Murad na Secretaria de Saúde, a saúde pública estadual era terceirizada no Maranhão. Ao transferir a atividade para entes privados, o gestor teria fugido dos controles da Lei de Licitação, empregando profissinais sem concurso público e contratando empresas sem licitação.
No período de investigação, o Ministério da Saúde destinou R$ 2 bilhões em recursos da União para o Fundo Estadual de Saúde do Maranhão. Desse total, R$ 1,2 bilhão teria sido desviado.
“O valor do período da investigação, de 2010 a 2013, chega à quantia de R$ 2 bilhões, e a gente estima que [o desvio] foi em torno de 60%. A investigação ainda vai continuar no período de 2014”, disse o delegado da Polícia Federal Sandro Jansen.
O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) divulgou nesta quarta-feira (18) decisão em sessão extraordinária que aumenta a pena de Jhonathan de Sousa Silva, assassino confesso do jornalista maranhense Décio Sá.
Jhonathan havia sido condenado, em fevereiro de 2014, a 25 anos e três meses de reclusão e teve a condenação elevada para 27 anos e 5 meses em regime inicialmente fechado.
A medida responde a apelação criminal oferecida pela defesa do acusado, solicitando a reforma da decisão da 1ª Vara do Tribunal do Júri, sob alegação de que a pena havia sido fixada de “forma exacerbada e fora dos parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade”.
O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) argumentou que o pedido de redução não se sustenta e defendeu o agravmento da pena diante da existência de qualificadoras previstas no artigo 121 do Código Penal.
O desembargador relator, José Luiz Almeida, chegou ao aumento da pena após avaliar agravantes que não haviam sido consideradas na decisão de primeira instância e reanalisar as circunstâncias judiciais e atenuantes, no caso, a confissão espontânea, e outras duas agravantes
Em solenidade realizada na tarde da última terça-feira (17), em Caxias, o deputado Alexandre Almeida (PTN) recebeu a medalha do Mérito Eleitoral do Maranhão, concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).
Participaram da solenidade várias autoridades do Poder Judiciário maranhense, políticos, além de servidores do tribunal. “Sinto-me honrado em ser um dos escolhidos para receber tão importante homenagem, pois a concessão dessa medalha representa o reconhecimento do trabalho realizado e o dever de continuar trabalhando em prol da população maranhense”, pontou Alexandre Almeida.
Almeida também foi escolhido para fazer o discurso em nome dos homenageados. “As minhas palavras trilham o caminho do agradecimento pois, certamente, o que todos nós podemos fazer de justo neste momento é agradecer aos membros desta Corte que aprovaram, por unanimidade, o meu nome e de todos os demais homenageados”, disse o deputado. “Esta medalha será uma bússola na minha vida daqui para frente, ela será a luz que me guiará para continuar as batalhas que vejo como necessárias na construção de uma sociedade melhor”, enfatizou Alexandre Almeida.
Além de Alexandre Almeida os outros homenageados foram os juízes Antônio Manoel Araújo Velozo, da 5ª zona eleitoral, e Paulo Afonso Vieira Gomes, diretor do Fórum Desembargador Arthur Almada Lima; o prefeito de Caxias, Leonardo Barroso Coutinho; a vereadora Ana Lúcia Soares da Silva Ximenes, presidente da Câmara Municipal de Caxias; o deputado estadual Humberto Coutinho, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e a servidora mais antiga do TRE em Caxias, Sônia Maria Chaves da Silva
O TRE-MA instituiu a Medalha de Mérito Eleitoral do Maranhão “Ministro Arthur Quadros Collares Moreira” no dia 12 de agosto de 2003. Ela recebeu esse nome em memória ao primeiro maranhense a tomar assento na Corte do Tribunal Superior Eleitoral e destina-se a homenagear pessoas físicas e entidades, nacionais e internacionais, nas classes de juristas, servidores da Justiça Eleitoral e colaboradores que mereçam especial distinção por seus méritos e relevantes serviços prestados.
Deputado cabo campos, presidente da comissão de segurança da assembleia legislativa do estado do maranhão.
O subcomandante da policia militar do estado do maranhão, coronel Ismael impediu na tarde de ontem (17) a entrada de representante da justiça e da comissão de defesa dos direitos humanos no quartel do comando geral no calhau. dentre as pessoas que foram barradas,estavam os advogados luis Antonio pedrosa da comissão de defesa dos direitos humanos, representantes da vara de execuções criminais da capital e o deputado cabo campos, presidente da comissão de segurança da assembleia legislativa do estado do maranhão.
O objetivo da visita era fazer uma vistoria as instalações do presidio “manelão”. na semana passada um militar, o soldador Jomar ferreira de sousa, que estava recolhido naquele presidio morreu no hospital nina rodrigues, para tinha sido encaminhado com sintomas de calazar.
O subcomandante alegou que nao podia permitir a entrada dos representantes da comissão em função da ausência do coronel Alves , atual comandante da PMMA que não estava no local para acompanhar a visita.
A condução coercitiva do ex-secretário de saúde Ricardo Murad repercutiu na Assembleia Legislativa. Entre conversas reservadas, o assunto rodou entre os deputados, mas, quando questionados sobre o assunto, eles preferiram manter-se calados.
Como era de se esperar, a deputada Andrea Murad (PMDB) – filha de Ricardo – não esteve na sessão de ontem. Outro ausente próximo ao ex-secretário é Souza Neto (PTN), genro dele. Souza Neto passou toda a manhã de ontem na casa do sogro, acompanhando a operação. Mas, de acordo com quem acompanha os trabalhos na Casa, é possível que o assunto venha a ser abordado pelos dois parlamentares, tão logo eles compareçam às sessões.
Hoje, também não foi diferente, a bancada oposicionista não compareceu à Assembleia Legislativa, tampouco os deputados governistas fizeram qualquer menção a operação da Polícia Federal que investiga desvio de recursos públicos federais na área da saúde no Maranhão.
PMDB
A prisão de Ricardo Murad aconteceu no dia em que a cúpula nacional do PMDB realizava um fórum. Ninguém do partido foi encontrado para se posicionar sobre o assunto. Também coincidiu com o lançamento dos livros da ex-governadora Roseana Sarney, onde ela relata como foram seus quatro mandatos à frente do governo do estado.