Ricardo Murad mergulhado num mar de denúncias e escândalos …

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Mergulhado num mar de investigações por malversação no período em que comandou a toda poderosa secretaria de saúde do estado no governo Roseana, com direito a investigação da Polícia Federal, CPI da Saúde e agora com o bloqueio de seus bens pela Justiça, o ex-secretário Ricardo Murad, já pode, entre outras coisas, dar adeus ao seu projeto pessoal de disputar a prefeitura de São Luís.

Anteontem, Murad recorreu à sua página na rede social para denunciar uma suposta armação do Palácio dos Leões para tentar para tentar constrangê-lo com mandado de prisão. Imediatamente informado, Murad encaminhou Ofício ao juiz federal de Tocantins, Fernando Tourinho Neto, colocando-se à disposição.

Ontem, o juiz da 5ª vara do Tribunal de Justiça Federal do Maranhão, José Carlos Madeira, decidiu liminarmente pelo bloqueio de R$ 17 milhões e a quebra do sigilo bancário do ex-secretário. O magistrado atendeu a um pedido do Governo do Estado do Maranhão, através do Ministério Público Federal.

Murad reagiu alegando que a decisão foi tomada por conta de uma auditoria falsa realizada pelo governo e que vai provar a sua inocência.

Na Assembleia, mesmo com as ameaças e muita manobra por parte da oposição, a CPI foi instalada e já iniciou seus trabalhos para investigar o programa Saúde é Vida, entre os anos de 2009 a 2014.

Apear de todas as alegações de Ricardo Murad para tentar comprovar sua inocência, o certo é que sua situação é delicada, sem contar que existe ainda a iminência de uma prisão. E sobre sua pretensa candidatura à prefeitura da capital maranhense? Bom, essa já nasceu morta!!!!

FONTE: BLOG DO MARCELO VIEIRA

Empresa fantasma é suspeita de fazer parte de esquema de desvio em Bacuri

“Pau que nasce torto nunca se endireita” é um ditado popular que pode ser atribuído perfeitamente ao enrolado Richard Nixon (PMDB), que está substituindo provisoriamente o prefeito José Baldoino da Silva Nery (PP), na Prefeitura de Bacuri (MA). Ao que parece, o atual gestor bacuriense não aprendeu nada com os dez dias que passou na prisão durante a operação “Morta Viva”, realizada no dia 4 de maio pela Polícia Civil do Maranhão. Pelo contrario, ele saiu foi pior.

A cadeia não consertou o ‘prefeito temporário’ de Bacuri, Richard Nixon (PMDB)

Cinco meses após ter deixado a cadeia, por exemplo, Nixon realizou vários contratos, dois deles, com uma empresa de fachada para realizar dentre outros serviços, a limpeza pública da cidade. A contratação realizada no último mês de julho, por Tomada de Preços, teve o valor global de R$ 868.155,00 (oitocentos e sessenta e oito mil, cento e cinquenta e cinco reais). No mesmo período, a empreiteira também assinou contrato de R$ 219.633,20 (duzentos e dezenove mil, seiscentos e trinta e três reais e vinte centavos) para realizar serviços de perfuração e manutenção de poços artesianos no município bacuriense, conforme extratos abaixo publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).

PREFEITURA MUNICIPAL DE BACURI – MA

EXTRATO DO CONTRATO Nº 014/2015 – TOMADA DE PREÇOS Nº 003/2015. CONTRATANTE : Prefeitura Municipal de Bacuri – MA; CONTRATADA: Virtcom Empreendimentos Ltda, inscrita no CNPJ sob nº. 05.458.870/0001-22, situada na Rua U quadra 10, n 13, Loteamento Boa Morada Recanto dos Vinhais São Luís – MA. OBJETO: contratação de serviços de limpeza pública no Município de Bacuri/ MA, propondo um VALOR TOTAL : R$ 868.155,00 (oitocentos e sessenta e oito mil, cento e cinquenta e cinco reais), DATA DA ASSINATURA: 13/7/2015; SIGNATÁRIOS: RICHARD NIXON MONTEIRO DOS SANTOS – Prefeito e o Sr. CARLOS EDUARDO BRITO FIALHO – Sócio

EXTRATO DE CONTRATO Nº 015/2015 – TOMADA DE PREÇOS Nº 004/2015. CONTRATANTE : Prefeitura Municipal de Bacuri – MA; CONTRATADA: Virtcom Empreendimentos Ltda, inscrita no CNPJ sob nº. 05.458.870/0001-22, situada na Rua U quadra 10, n 13, Loteamento Boa Morada Recanto dos Vinhais São Luís – MA. OBJETO: serviços de perfuração e manu-tenção de poços artesianos para o Município de Bacuri/MA, propondo um valor total com um VALOR TOTAL : R$ 219.633,20 (duzentos e dezenove mil, seiscentos e trinta e três reais e vinte centavos), DATA DA ASSINATURA: 13/7/ 2015; SIGNATÁRIOS: RICHARD NIXON MONTEIRO DOS SANTOS – Prefeito e o Sr. CARLOS EDUARDO BRITO FIALHO – Sócio. Bacuri – MA 20 de julho de 2015. RICHARD NIXON MONTEIRO DOS SANTOS – Prefeito Municipal.
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Ocorre que a contratada, a Virtcom Empreendimentos Ltda parece que não tem sede própria. No endereço da Virtcom, informado à Receita Federal, existe na verdade, uma residência, com nenhuma característica que sequer lembre o funcionamento de uma empresa responsável por contratos que ultrapassam a bagatela de R$ 1 milhão.

Construtora usa casa residencial como sede

Construtora usa casa residencial no Recanto Vinhais como sede. Sem a placa, fica até difícil identificá-lá como empresa

No imóvel onde deveria funcionar a construtora existe até uma placa que a identifique, mas não vimos movimentos de funcionários e muito menos a existência de um galpão para guardar materiais e maquinários que é fundamental para empresas que atuam nesse ramo. É na verdade, apenas uma residência, localizada na Rua U quadra 10, n 13, Loteamento Boa Morada, Recanto dos Vinhais, em São Luís – MA.

Sócios da construtora resolveram botar uma placa para ‘desdobrar’ fiscalização, mas cadê os funcionários e o galpão que deveria existir para guardar materiais e maquinários?

Sócios da construtora resolveram botar uma placa para ‘desdobrar’ fiscalização, mas cadê o galpão que deveria existir para guardar materiais e maquinários?

AGIOTAGEM
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-MA), as investigações da operação que prendeu o prefeito ‘temporário’ Richard Nixon, apontam que ele participava de um esquema – comandado pelo agiota Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan – que utilizava empresas em nomes de terceiros para favorecer a quadrilha com negócios em diversas atividades nas prefeituras, como fornecimento de merenda escolar, de medicamentos e material escolar e também em obras.

Na época, Nixon foi preso com mais cinco pessoas. Um deles foi o contador José Epitácio Muniz que reforçou em seu depoimento a atuação do esquema criminoso por meio de “empresas laranjas” em contratos com as prefeituras. Muniz confessou ter criado pelo menos quatro empresas para o esquema. Dependendo da área de atuação, existiam “pastas” prontas para utilização nos negócios, como merenda escolar, na educação, na saúde e obras.

ENROLADA NA JUSTIÇA
Detentora de um capital social de R$ 700 mil reais, a Virtcom Empreendimentos, já arrematou mais de R$ 3 milhões em contratos firmados com prefeituras do interior. Além de Bacuri, a companhia também atua em Arame e outras duas cidades.

Empresa que responde várias ações na Justiça tem três empresários em seu quadro societário

Empresa que responde várias ações na Justiça tem três empresários em seu quadro societário

A empresa que já responde várias ações na Justiça tem em seu quadro societário três empresários: Geovane de Jesus Fernandes, como administrador; Alex Nogueira Martins, como sócio e Carlos Eduardo Brito Filho, como sócio administrador.

TEM MAIS BRONCAS
O BLOG realizou um consulta na Relação Anual de Informações Sociais (Rais, prestada pela empresa anualmente ao Ministério do Trabalho), e descobriu mais detalhes relacionados à empresa contratada por Nixon. Em outras palavras, a empresa estaria em atividade, mas no ato de sua contratação não teria número de funcionários para prestar serviço, para o porte do qual foi contratada. Em breve iremos trazer todos os detalhes sobre o assunto. Aguardem!

2ª fase da Operação Cayenne apreende bens de empresário

Uma nova etapa da Operação Cayenne da Polícia Civil do Maranhão, iniciada nesta sexta-feira (14), em Barreirinhas (MA), apreendeu bens – entre eles uma moto aquática – de suspeitos de envolvimento em desvios de R$ 34 milhões na Universidade Virtual do Maranhão (Univima). O equipamento foi encontrado na residência do empresário Francisco Ferreira, conhecido como ‘Chico Tricolor’, acusado de ter relações próximas ao ex-servidor estadual Paulo Giovanni Aires Lima, que estaria à frente do esquema.

Além da moto aquárica, uma caminhonete de luxo, dois quadriciclos, documentação e computadores foram apreendidos, conforme informou o delegado Ricardo Moura, da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, também, em uma pousada e um comercio da cidade.

Segundo informações preliminares, ele teria movimentado R$ 21 milhões dos quase R$ 34 milhões desviados da universidade, por meio da empresa ‘FJS Ferreira Comércio’. As operações financeiras foram descobertas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, e após auditorias realizadas pela Secretaria de Estado de Transparência e Controle (STC) do Maranhão, que identificou pagamentos a três empresas, entre elas a do empresário Francisco Ferreira.

O esquema, segundo a Polícia Civil, desviou R$ 33,78 milhões na Univima entre 2010 e 2013. Em maio de 2015, a primeira fase da operação prendeu quatro suspeitos de integrarem a quadrilha, entre eles: Paulo Giovanni Aires Lima, José de Ribamar Santos Soares, Inaldo Damasceno Correa e Valmir Neves Filho. Carros de luxo, joias estimadas em R$ 500 mil e relógios de aproximadamente R$ 20 mil foram apreendidos.

Justiça determina afastamento de prefeito de Anajatuba

Uma decisão liminar da juíza Mirella Cezar Freitas determina o afastamento imediato, por 180 dias, do prefeito de Anajatuba (MA) – localizado a 132 km de São Luís –, Helder Lopes Aragão por suposto ato de improbidade administrativa. A decisão é resultado de uma ação civil pública interposta pela Promotoria da Comarca de Anajatuba, onde o representante do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) alega a existência de inúmeras irregularidades e ilegalidades na realização de processos licitatórios no município maranhense, que teriam resultado no desvio verbas públicas.

Também são citados por envolvimento no suposto esquema de desvio de verbas o secretário municipal de Administração e Finanças, Edinilson dos Santos Dutra; da secretária municipal de Educação Álida Maria Mendes Santos Sousa; do secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Leonardo Mendes Aragão; do secretário municipal de Saúde Felipe Costa Aragão; e os vereadores Marcelo Santos Bogéa e Domingos Albino Beserra Sampaio. Com o prefeito, eles teriam praticado atos de improbidade administrativa, causando danos ao erário e promovendo o enriquecimento ilícito.

Esquema
O processo administrativo foi instaurado com base em representação encaminhada pelo então vice-prefeito Sydnei Costa Pereira. O procedimento foi conduzido pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo o MP-MA, há incídios de que as empresas que seriam de ‘fachada’, entre elas a A4 Entretenimento, M.R. Comércio e Serviços, Vieira e Bezerra Ltda. e a Construtora Construir. Segundo a ação civil pública, não foram obedecidos dispositivos legais para realização das licitações. Ainda segundo o MP-MA, para atingir o objetivo, o grupo teria montado dois núcleos de atuação. Uma das empresas vencedoras teria sido criada 17 dias antes de vencer a concorrência pública para administrar uma verba de R$ 865 mil.

A juíza determina que o vice-prefeito Sydnei Costa Pereira assuma o cargo de prefeito. Quanto ao pedido de indisponibilidade e sequestro de bens a juíza negou o pedido do MP-MA, alegando que o mesmo não indicou, na ação, o valor relativo ao suposto prejuízo que pretensamente deverá ser recomposto ao erário.

Hospital Sarah é condenado a pagar R$ 300 mil por assédio moral

O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou nesta quinta-feira (13) que a Rede Sarah, em São Luís, foi condenada a pagar R$ 300 mil em uma ação coletiva de assédio moral contra funcionários.

A ação foi ajuizada em 2010 pela procuradora Anya Gadelha Diógenes. Após a antecipação de tutela e condenação em primeira instância em 2012, a assessoria jurídica hospital recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA).

O caso foi julgado pelos desembargadores e, a condenação, mantida em sessão realizada na quarta-feira (12).

Segundo a procuradora Anya Gadelha, os depoimentos de trabalhadores e ex-trabalhadores do Hospital Sarah, que ajudaram a fundamentar a ação civil, foram marcantes e comprovaram o comportamento discriminatório das “lideranças” da unidade de saúde.

Na ação, Gadelha lembra que as relação de emprego devem ter “respeito incondicional à dignidade da pessoa humana” e vê a Rede Saraah como “negligente e conivente”, pois nada fez diante das irregularidades, estimulando a prática que agride a integridade psíquica do trabalhador.

A assessoria do hospital disse que a decisão judicial é controversa, e que será apresentado recurso no momento próprio. Confira a íntegra da nota abaixo:

NOTA

Com base nos seus princípios filosóficos, a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação respeita cada cidadão, usuário,  trabalhador, visitante  e todas as pessoas a ela vinculadas. Os relatos apresentados são controversos e estão sob juízo. Não evidenciam nossa postura ética profissional e, tão pouco, as relações e ambiente de trabalho institucional. A decisão judicial é controvertida, e será apresentado recurso no momento próprio.

Demissões
De acordo com ex-funcionários, os empregados demitidos eram escoltados por segurança na saída. Gritos, humilhações, xingamentos, apelidos, perseguições, clima de terror e exigência de cumprimento de metas inatingíveis também estão no rol de irregularidades praticadas pela liderança do hospital, sobretudo nos setores de higiene, manutenção, nutrição, mecânica e enfermagem.

Como consequência, alguns trabalhadores sofrem de doenças ocupacionais (lesões por esforço repetitivo, por exemplo) e outros apresentaram quadro de depressão incluindo tentativas de suicídio, sendo obrigados a buscar atendimento psicológico e psiquiátrico.

A procuradora Anya Gadelha ressaltou que uma prática recorrente no Hospital Sarah era a orientação expressa no sentido de que os empregados só se dirigissem aos colegas de mesmo nível.

Condenação
Além do pagamento de R$ 300 mil reais por dano moral coletivo, o Hospital Sarah foi condenado a cumprir as obrigações de não submeter os empregados com suspeita ou confirmação de doença ocupacional a procedimentos discriminatórios ou vexatórios; não submeter e não permitir que se pratique no ambiente de trabalho qualquer forma de discriminação e abster-se de praticar assédio moral.

Em caso de descumprimento, será aplicada multa de R$ 30 mil por trabalhador prejudicado. O hospital terá ainda que criar uma comissão exclusiva para receber denúncias, investigar e adotar providências saneadoras relacionadas ao assédio moral e manter a decisão judicial publicada nos quadros de aviso durante, pelo menos, um ano.

O que é assédio moral
É caracterizado como uma ação repetitiva ou sistematizada que objetiva afetar a dignidade da pessoa, além de criar um ambiente de trabalho humilhante, degradante, desestabilizador e hostil. A prática provoca danos à integridade psíquica, física e à autoestima do trabalhador, além de representar prejuízo à carreira do atingido.

Existem duas formas de assédio: o vertical (praticado pela chefia ou pessoas de nível hierárquico maior ao da vítima) e o horizontal (entre funcionários com o mesmo nível ou função).