Todos os municípios do Maranhão avaliados pela Controladoria-Geral da União obtiveram nota 0 em transparência do uso da verba pública, segundo o relatório divulgado ontem pela Controladoria-Geral da União (CGU), em comemoração aos três anos de Lei de Acesso à Informação (LAI).
A Escala Brasil Transparente (EBT) avalia a regulamentação e o grau de cumprimento da LAI. A amostra foi obtida a partir de uma seleção aleatória para os municípios com até 50 mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2014.
Em todo o País, 63% dos municípios pesquisados (total de 492) tiraram nota zero. A Controladoria oferece auxílio aos órgãos para implantação da LAI no Programa Brasil Transparente. Veja abaixo as maranhenses que tiraram nota zero.
Dos 262 internos beneficiados com a saída temporária de Dia das Mães, 32 não retornaram às unidades do sistema prisional do Maranhão, segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciaria (Sejap-MA). Em 2015, 86 presos dos 538 beneficiados não retornaram ao fim de prazos de saídas temporárias, o que corresponde a mais de 15,98 % de evasão.
De acordo com a Sejap, dos 32 que não retornaram, um interno foi executado a tiros no dia 8 de maio no bairro do Pirapora, zana rural de São Luís. Segundo a polícia, ele foi morto por homens armados enquanto conversava com amigos. Os outros 31 internos são considerados foragidos.
A saída temporária tem duração de sete dias. A falta de retorno no prazo definido implica em falta grave e regressão de regime. O benefício é garantido pela Lei de Execuções Penais e condedido pela Justiça aos presos que cumprem pena em regime semiaberto, que apresentam bom comportamento e que já tenham cumprido pelo menos um quarto da pena.
Em nota enviada ao G1, a Sejap-MA afirma que apenas 256 presos foram beneficiados e confirma que a quantidade de “não retornos” foi superior ao mesmo período do ano passado. Veja a nota na íntegra:
NOTA
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap) informa:
1. Dos 256 apenados que foram beneficiados com a saída temporária do Dia das Mães, 32 não retornaram às unidades prisionais de São Luís e de Paço do Lumiar.
2. O índice de não retorno foi de 12,5%, bem inferior ao das saídas temporárias de Semana Santa e de Fim de Ano. Na primeira, o não retorno foi de 22%; na segunda, de 19%.
3. O índice de não retorno da saída do Dia das Mães é ligeiramente superior ao registrado no ano passado (10,3%), quando dos 213 internos beneficiados, 22 não voltaram aos presídios.
4. A Sejap informa ainda que encaminhou relatório sobre o não retorno da saída temporária do Dia das Mães para as duas Varas de Execução Penal de São Luís.
O Maranhão é o estado onde mais cresce o número de mortes por armas de fogo no país. O estado apresentou taxa de crescimento de 331,8% no período entre 2002 e 2012, segundo o “Mapa da Violência 2015” divulgado nesta semana. Em segundo lugar, está o Amazonas, com índice de 298,2%, seguido do Ceará, que registrou 287,9%. No Brasil, o crescimento no mesmo períod
O estado também é primeiro lugar em crescimento do número de mortes de jovens (com idades entre 15 e 29 anos) por armas de fogo. O índice maranhense chega a 462,10% entre 2002 e 2012. Somente no último ano do estudo, foram registrados 697 óbitos de jovens ante 24.882 em todo o país (10,7%).
Só em 2012, o Maranhão teve registro de 1.235 óbitos por armas de fogo. A taxa de óbito de 18,4 (por 100 mil habitantes) coloca o estado na 18ª posição. Alagoas é o primeiro lugar, com taxa de de 55,0 (por 100 mil habitantes). Roraima é o último, com 7,5 (por 100 mil habitantes). Em 2002, o Maranhão ocupava a última posição no ranking: 27º lugar, com taxa de óbito por armas de fogo de 4,9 (por 100 mil habitantes). No Brasil, o total de vítimas de armas de fogo foi de 42.416.
Entre os jovens, a taxa de óbito de 35,3 (por 100 mil habitantes) põe o Maranhão na 20ª posição na mortalidade por armas de fogo entre os jovens, em 2012. Alagoas também aparece em primeiro, com 123,6 (por 100 mil habitantes). Roraima é o último, com 12,2 (por 100 mil habitantes) na mesma faixa etária. Em 2002, o Maranhão ocupava a última posição no ranking 27º lugar, com 7,3 (por 100 mil habitantes).
O mapa faz parte do estudo “Mortes Matadas por Armas de Fogo”, elaborado pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil.
São Luís
A capital também apresenta números impactantes. Em 2012, foram ao todo 458 óbitos por armas de fogo, sendo 294 dos casos na população jovem. O número de mortes por armas de fogo cresceu 377,1% na capital maranhense entre 2002 e 2012, sendo que na população jovem, o crescimento foi de 476,5%.
A taxa de óbito por armas de fogo de 44,1 (por 100 mil habitantes) coloca São Luís na 8ª posição entre as capitais do País (em 2002, ocupava o 25º lugar). Já quando analisados o casos entre a população jovem, São Luís apresenta uma taxa de óbito por armas de fogo de 89,5 em 2012, ocupando a 10ª posição entre as capitais do País (em 2002, ocupava o 26º lugar).
Fonte: G1 Maranhão
Em atendimento a pedido do Ministério Público do Maranhão (MPMA), o Poder Judiciário determinou, liminarmente, em 12 de maio, a indisponibilidade dos bens do prefeito de Pedreiras, Francisco Antonio Silva (mais conhecido como “Totonho Chicote”), até o limite de R$ 4.876.923,90.
Resultado de Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, ajuizada, em fevereiro deste ano, pela titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pedreiras, Sandra Soares de Pontes, a decisão determina, ainda, o bloqueio do subsídio e de valores nas contas e investimentos financeiros sob o nome do gestor.
A determinação judicial, proferida pelo juiz Marco Adriano Ramos Fonseca, abrange, ainda, a indisponibilidade de imóveis e veículos registrados no nome do prefeito.
AÇÃO
A ação que resultou na decisão foi motivada por denúncia do Movimento de Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão, encaminhada ao Ministério Público, em junho de 2014.
Na manifestação, a promotora de justiça Sandra Pontes enumera oito empresas junto às quais a Prefeitura de Pedreiras realizou compras de forma irregular, sem licitação e pagando valores superfaturados.
Entre os casos citados na ação inicial, chamam atenção a aquisição, junto à empresa MK3 Comércio e Serviço Ltda, de 1.300 kg de peixe in natura, em um único dia, e o pagamento de R$ 214.750,00 à empresa L de Sousa Lima Publicidade, sendo que no endereço constante nas notas fiscais não há imóvel comercial e, sim, uma casa residencial.
Outras compras listadas são a de 530kg de cebola, no intervalo de 14 dias, e a de 309 kg de alho in natura, em único dia.
Na ação, além do afastamento do prefeito, o MPMA também solicitou que o Poder Judiciário condene o gestor à perda de sua função pública; à suspensão de seus direitos políticos, por período a ser estipulado.
Requer, ainda, a condenação do gestor ao pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração recebida e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e/ou incentivos fiscais pelo prazo de 10 anos.
Outro pedido do Ministério Público, ainda a ser apreciado pelo Poder Judiciário, foi a condenação de Francisco Antonio Silva à restituição, ao Município de Pedreiras, de todos os valores subtraídos ao erário público.
O município de Pedreiras fica localizado a 276 km de São Luís.
Os professores da rede pública do município de Bom Jardim, a 276 km de São Luís, ocuparam a prefeitura da cidade. Os docentes estão em greve desde o final de abril, e reivindicam salários atrasados e de condições inadequadas das escolas. A motivação para se instalarem na sede do governo municipal teria sido porque a prefeita se negou a recebê-los.
Os professores dizem que por várias vezes já tentaram conversar com a prefeita Lidiane Rocha, mas nunca foram recebidos. Enquanto não obtiverem respostas o grupo promete permanecer acampado em frente à prefeitura. “Enquanto ela não chamar a gente para negociar e resolver, a gente não volta para a sala de aula”, disse a professora Elizangela Rodrigues.
A prefeita Lidiane Rocha informou que a merenda escolar é distribuída no município regularmente. Quanto à infraestrutura das escolas, disse que grande parte já foi reformada e outras possuem projetos de reforma já encaminhados. Sobre o reajuste dos salários, a prefeita disse que não se faz necessário já que eles recebem acima do piso da categoria.