Modalidade de homicídio considerada rara, o crime em família choca pela maldade e pelo desprezo a um dos pilares dos valores sociais: a preservação da família
“É o fim dos tempos”. “Falta amor e compaixão no mundo”. “Cadê os valores familiares?” “Como pode um filho matar um pai?” “Que tragédia”! Esses e outros comentários e questionamentos encheram as redes sociais desde a última quarta-feira, 6, quando o ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Sousa, o “Nenzim”, foi assassinado, e o acusado é o próprio filho, Mariano Júnior.
Quem nunca discutiu ou brigou com um irmão ou parente? Confusão em família existe desde os tempos bíblicos. Em certos momentos, a situação fica sinistra, resultando em morte. O primeiro fato que remete a desavenças familiares vem dos tempos bíblicos. Os irmãos Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, foram protagonistas da primeira tragédia em família que conhecemos. Caim, tomado pela inveja ou o ciúme por não ter conseguido agradar a Deus com uma oferta tão boa como a de Abel, decide matar seu irmão. Este é o exemplo de crimes em família mais antigo da humanidade.
No caso de Nenzim, o ex-prefeito foi assassinado com um tiro no pescoço, na manhã da última quarta-feira (6), na zona rural de Barra do Corda, a 341km de São Luís. Ele foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Corda e em seguida, transferido para um hospital no município de Presidente Dutra, mas acabou falecendo. Mariano Júnior, o filho, está detido junto com outros dois suspeitos do envolvimento no crime.
Matricídios, fratricídios, enfim, crimes cometidos entre familiares, não são fáceis de serem aceitos, nem de serem explicados em condições normais.
Segundo o psiquiatra Dr. Ruy Palhano, condutas criminosas como essas são muito complexas. “O que a gente observa na literatura especializada é que não existe um fator específico para determinar um crime dessa natureza. São múltiplos os fatores que acabam colaborando para a expressão desses crimes em família”, explica Ruy Palhano.
Dentre os fatores, ele destaca a desagregação familiar. Segundo ele, essas tragédias se dão frequentemente em lares de famílias desagregadas. Que não cultivam a fraternidade, a colaboração, compreensão, o amor.
“Depois de um crime desses, as coisas, que já estão despedaçadas em família, ficam estraçalhadas mais inda. É como se fosse a ponta de um iceberg. E quando surge uma tragédia assim, é porque a coisa embaixo é muito pior. Você não explica isso em condições humanas e naturais. Um família dessas já está desagregada de todos os seus valores. E não estou falando de um caso específico, estou falando em termos gerais, em tese do ponto de vista profissional”, afirma o psiquiatra.
Dentre os fatores apontados pelo especialista figura a desigualdade. “O que se espera de uma família é que ela possa ser solidária, estar junta, fomentar a própria entidade, o amor mútuo. E quando se verifica o fratricídio, matricídio, o que seja, se observa que há algo desagregado”, diz o médico.
Os interesses pecuniários também motivam a tragédia. “O filho tem interesse no patrimônio do pai, ou vice-versa, ou os irmãos. Assim, se estabelece uma espécie de competição desvairada, no sentido de posse propriamente dita, de interesses mercantis…, isso acaba sendo predominante”, aponta.
A doença mental também é apontada como um agente motivador. “Uma doença mental em que o paciente não esteja em tratamento, acaba alimentando o ódio entre parentes e deflagrando esses crimes, embora não seja tão frequente quanto se pensa”, comenta.
Outro ponto são os litígios de patrimônio, posse por terras, briga de irmão por divisão de bens… “Em condições naturais, jamais alguém matará seus familiares. São coisas que não se aceitam”, finaliza o psiquiatra.
Relembre
Manoel Mariano de Sousa, mais conhecido como Nenzim, foi morto na manhã do dia 6, com um tiro, quando se deslocava para sua fazenda. O filho, Mariano Filho, que acompanhava o pai na ocasião, disse num primeiro momento que ele teria sido abordado no percurso por dois homens em uma moto, que atiraram e mataram o ex-prefeito. Na sexta-feira, 8, Mariano Filho foi preso suspeito de ter assassinado o próprio pai.
Ministro é natural do município de Benedito Leite. Afilhado de José Sarney, ele fica no cargo por mais um ano, onde chegou após ‘rejuvenescer’
O maranhense Raimundo Carreiro foi reeleito, por unanimidade, para a Presidência do Tribunal de Contas da União (TCU), na última quarta-feira 6. Carreiro é natural do município de Benedito Leite, mas cresceu e chegou a ser vereador em São Raimundo das Mangabeiras, pelo PMDB.
Pelo regimento da Corte, ele segue no comando do tribunal, cargo que conquistou após ‘rejuvenescer’, por mais um ano. O vice-presidente reeleito é o ministro José Múcio Monteiro, provável próximo presidente do tribunal.
No primeiro mandato à frente do TCU — onde chegou pelas mãos de seu padrinho político, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) — , Raimundo Carreiro estabeleceu como meta de sua gestão o combate a fraude e a corrupção e a promoção da transparência na Administração Pública Federal.
Em meio à essa meta, porém, no mês passado, o TCU arquivou um processo administrativo aberto em 2015 para investigar suspeitas de propinagem, tráfico de influência e acesso a informação privilegiada dentro da Corte. Os alvos eram o próprio Carreiro, o ministro Aroldo Cedraz, e o advogado Tiago Cedraz, filho deste.
A suspeita, originada na delação à força-tarefa da Lava Jato pelo ex-presidente da empresa UTC, Ricardo Pessoa, era de que os três fariam parte de um esquema de corrupção que favoreceria a empreiteira em um processo no Tribunal de Contas da União, relacionado às obras da usina de Angra 3 .
A Corte alegou ausência de provas. A proposta de arquivamento foi feita pelo relator, o vice-presidente reeleito Múcio Monteiro, e não teve votos contrários no plenário do TCU.
O procurador de Justiça Suvamy Vivekananda Meireles, 67 anos, acaba de falecer no Hospital São Domingos.
Ex Procurador Geral e Corregedor do Ministério Público, Suvamy lutava contra um câncer.
O corpo do procurador ainda está no Hospital São Domingos.
O procurador Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, deve cancelar a festa de confraternização do MPE, marcada para hoje, à noite, na Ampem (Associação do Ministério Público do Maranhão).
A família de Vivekananda continua no São Domingos e ainda não decidiu sobre velório e sepultamento.
O blogueiro Antônio Martins será um dos homenageados deste ano com a medalha de mérito Simão Estácio da Silveira, considerada a maior honraria do Legislativo ludovicense, destinada a agraciar personalidades locais, nacionais ou estrangeiras que tenham contribuído para o município de São Luís. Em cada período legislativo, os vereadores, individualmente, outorgam a medalha para três personalidades.
A solenidade deste ano vai ocorrer na próxima terça-feira, dia 19, às 19h00, no auditório da Federação da Indústria do Estado do Maranhão (FIEMA), com a presença de várias autoridades. Antônio Martins foi prestigiado com a outorga da comenda pela Câmara Municipal de São Luís, por indicação do vereador Paulo Victor (PROS).
HONRARIA
A medalha Simão Estácio da Silveira foi instituída pela Lei Orgânica do Município e regulamentada pela resolução do plenário 05/95. Simão Estácio da Silveira foi o fundador e primeiro presidente do Senado da Câmara de São Luís, segundo registros históricos. Esses registros evidenciam que a comunicação desse fato à Coroa de Portugal ocorreu em 9 de dezembro de 1619.
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Depois de mais de uma década de rompimento e agressões mútuas, José Sarney (PMDB) e José Reinaldo Tavares (PSB) fizeram as pazes.
Promovido pelo dono do Uniceuma, Mauro Fecury, o encontro teria ocorrido neste final de semana, durante uma partida de basquete no ginásio da instituição de ensino.
No registro abaixo, obtido com exclusividade pelo BLOG, Zé Reinaldo, serelepe, estende a mão para Sarney, que até o cumprimenta constrangido, mas “navalha” a conversa solenemente, apesar da insistência do ex-governador.
A troca de gentilezas entre criador e criatura acontece no momento em que Tavares está de malas prontas para o DEM, reduto do clã Fecury no Maranhão e avalista do governo de Michel Temer (PMDB) – cujo principal conselheiro é o oligarca maranhense.