Preso, Delcídio é notificado pelo presidente do Conselho de Ética do Senado

Senador está preso há quase um mês (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Estado – O presidente do Conselho de Ética do Senado Federal, João Alberto de Sousa (PMDB) já autorizou a notificação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) sobre da denúncia baseada na acusação feita pelo Ministério Público Federal, de que ele estaria atrapalhando a investigação relacionada com o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró.

A notificação foi encaminhada por João Alberto (PMDB), por meio de agentes da Polícia do Senado. Autorizada na segunda-feira, 21, a notificação só foi efetivada na quarta-feira, uma vez que Amaral não estava com advogado.

“A notificação está acompanhada de todos os documentos que embasaram a denúncia ao Conselho de Ética”, ressaltou João Alberto.

A acusação contra o senador petista no Conselho de Ética foi feita pelos também senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e José Medeiros (PPS-MT). Amaral é acusado de quebra do decoro parlamentar, devido à acusação do Ministério Público.

Delcídio do Amaral não precisa se manifestar agora. Isso porque, segundo explicou o senador-presidente, o Senado está de recesso e só retornará no dia 1º de fevereiro de 2016, a partir de quando começa a contar o prazo de 10 dias para que o acusado se manifeste.

“É quando o processo será instaurado, para que o Conselho se manifeste”, assinalou o senador João Alberto.

João Alberto também recebeu denúncia contra o próprio acusador Randolfe Rodrigues, acusado de participar de esquema no Governo do Amapá. Na votação politicamente mais importante do Senado, João Alberto votou contra a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT).

Mais

Aos 80 anos e no segundo mandato de senador – que, segundo o próprio, será o último – o senador João Alberto foi lançado para o centro do campo de batalha político ao ser escolhido, pela quinta vez, presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Ao assumir, deixou bem claro o que para ele é fundamental: sob sua presidência, denúncia contra senador só será aceita com provas documentais ou materiais indiscutíveis, não aceitando como peça acusadora recortes de jornais e revistas, por exemplo.

Registradas mil mortes violentas na Região Metropolitana, diz SMDH

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) divulgou, no domingo (27), no site oficial do órgão, que foram registradas, até a data da divulgação, o total de 1.000 mortes violentas em 2015, na Região Metropolitana de São Luís.

Segundo o órgão, a informação é baseada em relatório sobre a violência produzido pela SMDH a partir do monitoramento dos veículos de comunicação e de dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-MA).

A conselheira Joisiane Gamba explica que o número representa “quase três vítimas fatais de crimes violentos por dia”.

Aproximadamente 77% das ocorrências são homicídios dolosos. O relatório também contabiliza casos de latrocínio, lesão corporal seguida de morte, homicídios decorrentes de intervenção policial, dentre outras situações.

“Destas mortes, 20,8% são pessoas entre 10 a 19 anos, e estes são dados apenas da Grande São Luís. Todos nós estamos chamados a intervir, a nos indignarmos, a trocarmos a tranquilidade dos condomínios fechados, a deixarmos de nos proteger atrás dos muros, [apenas] vendo nossa cidade se deteriorar, a nossa juventude ser morta e a população jovem e negra ser exterminada”, observa.

Em declaração à SMDH, o promotor da Infância e Juventude de São Luís, Márcio Thadeu Silva Marques, comentou que os dados. “A juventude negra tem sido a maior vítima da violência letal. Isso demonstra que o poder público não cumpre a política de prevenção dessa forma de violação de direitos, como determina o Estatuto da Igualdade Racial”, declara.

Jovens negros
Outro levantamento divulgado em meio deste ano pela SMDH mostra que 7.190 jovens com idades entre 15 e 29 anos, foram assassinados no período entre 2000 e 2012, no Maranhão. O estudo mostra que, do total, 87% eram negros. No período, a taxa de homicídios do grupo (jovens de raça negra) cresceu 192,1% no Estado maranhense.

Enfermeiro diz que policial tentou atingi-lo em hospital

Funcionários protestam contra insegurança no Socorrão

O enfermeiro Chales Silva, de 46 anos, afirmou, nesta segunda-feira (28), que sargento aposentado da Polícia Militar, Francisco das Chagas Pereira Franco, 51, tentou acertá-lo ao atirar na recepção do Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão 2), em São Luís, na sexta-feira (25). Ninguém ficou ferido. As balas atingiram um computador.

“Os tiros foram em minha direção. Felizmente não me atingiram. Nasci de novo, no dia do nascimento de Jesus. Foi um presente de Deus”, afirmou, acrescentando que não foi a primeira agressão sofrida no local de trabalho.

“Na questão de disparo foi a primeira vez, mas já fui agredido fisicamente e verbalmente várias vezes. Não tem nem conta”, garante.

Em solidariedade ao colega, os funcionários do Socorrão 2 estão paralisados, na manhã desta segunda-feira, em protesto contra a insegurança no unidade hospitalar.

“Não temos segurança nenhuma no nosso ambiente de trabalho. A gente vive todo tempo sobressaltado, à mercê de pessoas que entram aqui armadas, estressadas, agredindo a gente e ninguém faz nada”, revela o Silva.

O enfermeiro conta que, mesmo com uma unidade da Polícia Militar no local, a insegurança é permanente.

“A segurança deixa muito a desejar. A PM não fica nem dentro da unidade, fica em uma sala fora do hospital. Quando eles chegam, já aconteceu tudo. Depois que ele vêm agir, não tem mais o que fazer, porque já aconteceu”, reclama.

Drogas e assaltos
A nutricionista Ana Maria denunciou que há casos de consumo de drogas e assaltos no local. “Não tem segurança. Quando a gente procura é ‘ah, não pode fazer nada’ ou não tá, a gente tem que correr atrás. Não tem três meses arrombaram o repouso masculino e roubaram tudo. Um rapaz teve que ir embora com a roupa do corpo. As câmeras do hospital não funcionam”, contou.

Disparos
O sargento aposentado Francisco das Chagas Pereira Franco chegou à unidade hospitalar acompanhando o pai Erigidis Amorim, que teria sofrido uma luxação no fêmur em decorrência de uma queda.

Como o “Socorrão” é um hospital que atende a casos de alta complexidade com risco de morte, o enfermeiro sugeriu que o policial procurasse atendimento em uma unidade de média complexidade, despertando a ira do sargento, que atirou na recepção. Os tiros provocaram pânico em pacientes que aguardavam atendimento. Alguns passaram mal.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que, mesmo após os disparos, foi realizado o atendimento do paciente e providenciada a transferência dele para o Hospital Geral, em São Luís. O sargento aposentado foi preso e encaminhado para a Delegacia da Cidade Operária, na capital.

Dois morrem em tentativa de assalto ao Fest Lanches

O vigilante Hugo Tomé Barros e um homem acusado de assalto, identificado como Tiago dos Santos Costa, morreram durante ação criminosa do segundo no Fest Lanches, no Barramar, na noite de ontem (26).

O assaltante que acabou morto chegou à lanchonete com seus comparsas em um carro. Ele anunciou o assalto e o vigilante imediatamente reagiu.

Houve troca de tiros e os dois morreram.

Os demais criminosos fugiram, mas foram perseguidos pela polícia, quando houve nova troca de tiros, já na Cohama, em frente ao bar Matutu’s.

Um PM foi atingido por dois disparos nas pernas.

Os assaltantes conseguiram fugir.

Pedro Lucas Fernandes emite mensagem de Natal à população ludovicense

pedro