Na audiência de conciliação realizada hoje (17/06) na Procuradoria Regional do Trabalho da 16ª região, a Prefeitura de São José do Ribamar recebeu a determinação de efetuar o repasse de verbas à Pró-Saúde, entidade filantrópica que administrava o Hospital e Maternidade Municipal de São José do Ribamar (HMMSJR), relativo ao montante do acerto salarial do mês de maio que ainda encontrava-se aberto (cópia da ata no anexo).
A realização da audiência de conciliação ocorreu porque a Pró-Saúde entrou com petição no Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 3/6 para garantir pagamento aos colaboradores do HMMSJR. A ação judicial também busca a garantia do pagamento das rescisões contratuais e honorários médicos, uma vez que a Pró-Saúde entregou a gestão da unidade hospitalar ao município na data de ontem (16/06), pois o município não honrou com o compromisso contratual, atrasando os repasses financeiros nos últimos cinco meses à entidade.
Na audiência de conciliação de hoje também foi agendada nova audiência para o próximo dia 13/07, para tratar do Termo de Ajustamento de Conduta, quanto ao pagamento dos salários de junho e das rescisões contratuais. Nesta data, a Prefeitura já terá que ter a verba destinada para os fins e deverá repassar à Pró-Saúde, que por sua vez efetuará a quitação dos salários aos colaboradores
ENTENDA O CASO
No mês de maio, a Pró-Saúde anunciou a não assinatura do termo aditivo do contrato administrativo, firmado com a Prefeitura de São José do Ribamar, para permanecer à frente da gestão do Hospital e Maternidade Municipal de São José do Ribamar, pelos seguintes motivos:
A entidade informou, ainda, que permaneceria administrando o Hospital pelo período de 40 dias (que se extingue no próximo dia 30/06), para que a população não ficasse desassistida, desde que o Município cumprisse com os repasses de custeio (o que não aconteceu).
No dia 3/6, a Pró-Saúde acionou a Justiça e o Ministério Público do Trabalho para garantir pagamento aos colaboradores do HMMSJR. A petição também busca a garantia do pagamento das rescisões contratuais e honorários médicos.
Além dessas duas medidas, a entidade também protocolou petição no Ministério Público Estadual e Conselho Regional de Medicina do Maranhão. O objetivo é, igualmente, fazer com que o município cumpra com os seus compromissos financeiros, já que a dívida expressiva acumulada ao longo da vigência do referido contrato impactou, diretamente, no abastecimento do Hospital e no atendimento à população, impedindo a permanência da entidade na gestão do hospital.
Na quinta-feira (11/6), a direção do HMMSJR registrou Boletim de Ocorrência contra a Prefeitura de São José do Ribamar (MA), pois a unidade hospitalar não possuía mais condições de atender pacientes a partir desta semana, paralisando as cirurgias eletivas. Segundo consta no B.O, o registro foi feito para a preservação de direitos, pelo risco iminente de desabastecimento total e desassistência à população.
O advogado criminalista Mozart Baldez, publicou na noite de ontem, num grupo de rede social denominado “Advogados do Maranhão”, denúncias com suspeitas de uso da estrutura da Seccional da OAB/MA na disputa pela Presidência da instituição.
Uma das suspeitas é com relação à realização de eventos promovidos pela Diretoria da Ordem. É o caso, por exemplo, da “Caravana do CPC”, que desde o mês de março, percorre o interior do estado realizando palestras nas Subseções sobre a nova legislação.
Na rede social, Baldez acusa a atual gestão de promover o projeto visando beneficiar única e exclusivamente a candidatura de Valeria Lauande, que é aliada do presidente Mário Macieira.
— A denominada ”caravana do CPC” nada mais é do que a ‘Caravana Pró-Cargos’ (CPC), visando a permanência no poder com as eleições 2015 [previstas para novembro] do grupo da situação — declarou o advogado em trecho da publicação.
Matérias publicadas no Site da OAB, fotos disponíveis nas redes sociais, uso de funcionários e das subseções podem revelar pistas de mau uso das contribuições dos advogados em favor da campanha de Lauande.
— Desequilíbrio de forças com os demais concorrentes, uso e abuso da estrutura da entidade em benefício de uma única chapa. Essa é a Ordem democrática do Maranhão? — afirmou Baldez.
DISPUTA PELA OAB
A campanha eleitoral pela presidência da OAB ganhou força com após polêmica sobre a exigência da utilização dos crachás de identificação para advogados na entrada do Fórum Desembargador Sarney Costa. Atualmente três nomes podem entrar na disputa: a advogada Valéria Lauande, da situação e os opositores Charles Dias, Mozard Baldez e Thiago Dias.
Nos últimos dias a disputa ganhou tons mais críticos e o embate tem se polarizado entre situação e oposição. As eleições serão realizadas no mês de novembro.
Numa enquete direcionada aos advogados/leitores do BLOG, mostra a liderança dos três virtuais candidatos oposicionistas. A união da oposição pode acabar ‘nocauteando’ a candidata apoiada pelo grupo do atual presidente.
INTERATIVIDADE
Para votar na enquete sobre o melhor nome para representar os advogados na presidência da OAB-MA, clique aqui.
O deputado estadual Hemetério Weba Filho (PV), participou nesta quinta-feira (18), ao lado do governador Flávio Dino, do primeiro Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da história do Maranhão, elaborado por meio da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, com ampla participação da sociedade e órgãos governamentais municipais, estaduais e federais do setor produtivo.
A solenidade foi realizada no Palácio dos Leões. Ao lado do deputado Hemetério, Flávio afirmou que com a criação do Plano, o Maranhão amplia o seu acesso ao mercado mundial, aumenta a produção de alimentos para o abastecimento estadual e fortalece todos os setores sociais envolvidos com a Política Agrícola do estado. “Para que o Maranhão avance precisamos agregar riquezas ao estado, aumentar a atividade produtiva para promover a justiça social”, disse o governador Flávio Dino.
O deputado do PV enfatizou a importância dos investimentos, citando que o plano vai melhorar a produção da agricultura e da pecuária no estado.
“A convite do governador Flávio Dino e do Secretário de Agricultura do Estado do Maranhão Márcio Honaiser, fui prestigiar o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário do Maranhão que com certeza vai melhorar muito a nossa produção”, declarou Weba em contato com o blog.
Após a solenidade, o parlamentar verde conversou com o governador e reiterou pedidos para as regiões da Baixada Maranhense, Vale do Pindaré, Alto Turí e as demais localidades do Estado. Ele reforçou, inclusive, uma proposta de sua autoria que solicita a construção de um restaurante popular para o município de Santa Helena.
Sem quadros próprios, diversas prefeituras de cidades maranhenses têm recorrido à diversas cooperativas fantasmas para manter o funcionamento dos seus órgãos públicos com a contratação de funcionários terceirizados. O contrato, além de burlar a lei da exigência constitucional do concurso público para o acesso ao cargo, estaria sendo usado supostamente para desviar verbas dos cofres públicos destes municípios.
É o caso, por exemplo, da Interativa Cooperativa de Trabalho e Serviços Múltiplos que recebeu, até o início de maio deste ano, mais de R$ 20 milhões de contratos firmados com prefeituras do interior. A cooperativa foi criada em janeiro de 2009, tendo Geovan Ferreira Santos como um de seus integrantes. Naquele ano, o primeiro contrato firmado com o serviço público foi com a Prefeitura de Timon. Atualmente, a Interativa está presente em mais de 20 cidades.
O contrato mais recente da cooperativa foi firmado em março deste ano com a Prefeitura de Sítio Novo, no valor de R$ 3.414.384,00 (três milhões quatrocentos e quatorze mil, trezentos e oitenta e quatro reais). De acordo com extrato publicado no Diário Oficial do Estado, a entidade foi contratada para prestação de serviços de terceiros de apoio administrativos ao município sítio-novense, conforme documento em anexo.
TRÍPLICE ALIANÇA
Em 2014, a Interativa conseguiu a proeza de vencer três pregões presenciais e, portanto, firmar três contratos com a Prefeitura de Monção, o que chega a quase R$ 4 milhões. A contratação da campeã deveria atender o município em caráter complementar, prestando serviços de manutenção e apoio administrativo.
Para fazer a conta na ponta do lápis (ou da calculadora), cada contrato assinado para o rico apoio administrativo em Monção teve valor respectivo de: R$ 279.068,16 (duzentos e setenta e nove mil, sessenta e oito reais e dezesseis centavos); R$ 1.971.666,00 (um milhão, novecentos e setenta e um mil, seis- centos e sessenta e seis reais) e R$ 1.480.467,24 (um milhão, quatrocentos e oitenta mil, quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte e quatro centavos). O contrato teve validade até 31 de dezembro do ano passado.
CONTRATO INVESTIGADO
Em 2012, a promotora de Justiça Theresa Maria Muniz Ribeiro de La Iglesia, da 16ª zona eleitoral, chegou a instaurar, procedimento preliminar de investigação judicial eleitoral para apurar a contratação de 994 servidores temporários pela Prefeitura de Cantanhede por meio da Interativa Cooperativa de Serviços Múltiplos Ltda. O contrato da empresa com a prefeitura era mais de R$ 3 milhões, equivalente a R$ 300.729,80 (trezentos mil, setecentos e vinte nove reais e oitenta centavos) por mês.
Na época, o caso foi levado ao conhecimento da Promotoria por um eleitor do município que relatou um suposto esquema para favorecer o prefeito, José Martinho dos Santos (Foto/DEM), conhecido como “Kabão”, que disputava a reeleição.
Para investigar o indício de irregularidade na folha de pagamento dos contratados da Interativa, a Promotoria solicitou da Prefeitura toda a documentação referente à contratação da cooperativa. O Ministério Público Eleitoral investigou a regularidade do contrato e se este representou crime eleitoral pela possibilidade de influenciar o resultado final da votação.
CONTROVÉRSIA NA DOCUMENTAÇÃO
Após uma análise detalhada de documentos, o BLOG detectou controvérsia na documentação da empresa. A primeira irregularidade é na localização da empresa. No contrato firmado, em outubro de 2010, entre a Interativa e a prefeitura de Brejo-MA, no valor de R$ 6.533.211,72 (seis milhões quinhentos e trinta e três mil, duzentos e onze Reais e setenta e dois centavos), consta que a sede da empresa é na cidade de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza-CE.
No entanto, dados da Receita Federal mostram que a cooperativa tem endereço fornecido, localizado na Avenida dos Holandeses – nº 8, Sala 01, Edifício M F Plaza, Calhau, em São Luís. Mas, durante uma investigação mais aprofundada, descobrimos que a empresa estaria ‘funcionando’ numa residência, localizada na Rua Guaraná, Olho D’água, bairro nobre da capital maranhense.
COOPERATIVA DE NÃO SÓCIOS
De acordo com o Dicionário Aurélio, cooperativa pode ser entendido como “empresa organizada e dirigida pelos usuários de seus serviços, visando o benefício destes e não o lucro”. A Política Nacional de Cooperativismo foi regulamentada em 1971, e tinha por princípio que a “cooperativa seria uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.”
Mas não é isso que vem ocorrendo com a Interativa Cooperativa. No papel, a ‘cooperativa’ existe apenas para burlar a lei e servir supostamente para desviar verbas públicas, conforme os indícios de irregularidades contatados até aqui. Nos próximos dias, o blog vai trazer o complemento desta matéria mostrando a lista das prefeituras que firmaram contrato com a ‘cooperativa fantasma’ e os processos que tramitam na justiça do trabalho por calote da empresa aos funcionários terceirizados. O cruzamento de dados podem revelar pistas de mau uso dos recursos públicos. Aguardem!
O ministro da Previdência e Assistência Social, Carlos Gabas, disse nesta quinta-feira (18) que a regra proposta por meio da Medida Provisória 676, para substituir a fórmula 85/95, vetada pela presidente Dilma Rousseff, deve ser encarada como uma “solução momentânea”.
O governo informou ainda que, em relação à regra vetada pelo governo federal, o novo formato para o fator previdenciário representará uma “economia” (recursos que deixarão de ser gastos) de R$ 50 bilhões até 2026. Até 2030, a economia seria de 0,5 ponto percentual do PIB, estimaram as autoridades da área econômica.
O ministro da Previdência Social disse esperar que a MP 676, que substitui a fórmula fixa 85/95 aprovada pelo Legislativo, vetada por Dilma, seja aprovada pelo Congresso Nacional. A MP, que já está valendo, tem de ser ratificada posteriormente pelos parlamentares.
“Nós enviamos como MP para que as pessoas não tivessem sensação de perda. Continua valendo a regra aprovada na MP 664 [vetada]. É como se a presidenta tivesse sancionado [a fórmula 85/95] até o fim de 2016. A partir de 2017, evoluímos o que foi aprovado agregando o conceito da progressividade, que foi aprovada pelas Centrais Sindicais”, disse ele.
Carlos Gabas, ministro da Previdência Social, avaliou que uma regra definitiva, para a fórmula que substitui o fator previdenciário, deve ser fixada no Fórum da Previdência Social, aberto pelo governo federal e que conta, também, com a participação de aposentados, empresários e centrais sindicais.
Entenda as novas regras
Na MP publicada nesta quinta-feira, a fórmula para calcular a aposentadoria varia progressivamente com a expectativa de vida da população – que, em tese, aumenta a cada ano – começando em 85/95. As somas de idade e de tempo de contribuição previstas serão acrescentadas em um ponto em diferentes datas: 1º de janeiro de 2017, 1º de janeiro de 2019, 1º de janeiro de 2020, 1º de janeiro de 2021 e 1º de janeiro de 2022. Com isso, em 2022, atingiriam a marca de 90 (mulheres)/100 (homens) – permanecendo assim.
O ministro Gabas indicou, porém, que o governo tende a defender um endurecimento na regra no futuro, de modo que o patamar 90/100, contemplado na Medida Provisória para vigorar a partir de 2022, suba ainda mais nos anos subsequentes.
“O planejamento da estrutura de Previdência Social precisa ser planejada. O conceito não pode ser estático. Tem de levar em conta expectativa de vida e sobrevida. Queremos um número seja móvel, consiga evoluir no tempo observando a expectativa de vida. Reflete o momento de transição demográfica”, declarou o ministro da Previdência Social.
Segundo Gabas, o governo quer discutir com os trabalhadores, empregadores e demais integrantes do fórum da Previdência Social, uma regra para que “não tenha debate a cada período”. “Se você vincula cresicmento e a expectiva de sobrevida movel, não vai ter que ficar fazenda o debate o tempo todo. É o debate que vamos fazer no fórum”, disse ele.
‘Previsibilidade’ até 2022
“Essa proposta de progressividade melhora a sustentabilidade da Previdência Social e garante o direito de todos os brasileiros. Nós procuramos fazer isso também de forma que dá previsibilidade ao trabalhador e trabalhadora que vai se aposentar. Você tem uma tabela que sabe como ela vai evoluir até 2022. Então, as pessoas que estão considerando se aposentar, não precisam ter pressa”, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
Para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o que vier a ser decidido no fórum da Previdência Social deve demorar anos para ser implementado. “Mas hoje temos uma regra sólida, que incorpora a inovação do Congresso e pode durar muitos anos. Ela é sustentável. Hoje temos algo que dá um rumo pra economia muito sólido. Esta proposta põe a Previdência Social em uma direção segura pelo tempo que ela estiver valendo. Isso é importante”, disse ele.
Avaliação da Medida Provisória no Congresso
Após ser publicada no “Diário Oficial da União”, nesta quinta (18), a Medida Provisória com as alterações no fator previdenciário passou a valer como lei e vai vigorar por até 120 dias.
Com a publicação da MP, uma comissão especial formada por deputados e senadores analisará o texto e poderá fazer alterações. Se o Congresso não aprovar a MP em até 45 dias, a medida trancará a pauta de votações até ser votada.
Se houver modificações pela comissão mista, o texto passará a tramitar no Congresso como Projeto de Lei de Conversão (PLV). Tanto como forma de MP ou de PLV, o projeto precisará ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado. Em seguida, a presidente da República vetará ou sancionará a lei.
Veto da presidente Dilma
Após a edição da MP, um ministro ouvido pelo G1 defendeu que o governo “intensifique” o diálogo com o Congresso Nacional para que o veto da presidente (à fórmula 85/95 estática) não seja derrubado na próxima sessão de análises, prevista para o dia 14 de julho.
Sob a condição de anonimato, ele afirmou que o Planalto deve enfatizar aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é preciso garantir a “sustentabilidade” da Previdência.
Na avaliação desse ministro, as discussões não podem se dar pelo tom “político-partidário”. O interlocutor da presidente avaliou que houve um “desgaste natural” para o governo nos últimos dias, mas defendeu que o Planalto procure as centrais sindicais.
“Do ponto de vista fiscal, [com a alteração] a arrecadação empata ou o governo ganha. O debate sobre o assunto não é fiscal, é de sustentabilidade da Previdência. E nós temos que conversar com as centrais, afinal, como vamos superar as contradições com elas? Agora é manter o foco, chamá-las e ter um debate longo com o Congresso”, disse.
Esse ministro afirmou ainda que não trabalha com a possibilidade de o Congresso derrubar o veto da presidente. “Eu acredito na construção de um acordo”, concluiu.