Exumado corpo do mecânico executado em Vitória do Mearim

Exumado na manhã deste sábado (25), em Arari (MA), o corpo do mecânico Irialdo Batalha, executado no dia 28 de maio por um funcionário da Prefeitura de Vitória do Mearim. A execução aconteceu em plena luz do dia, em uma blitz na BR-122. Irialdo e um acompanhante, Diego Ferreira, estavam em uma moto, não pararam na blitz e foram alvejados.

O pedido de exumação partiu do Ministério Público da cidade. O procedimento vem acompanhado da reconstituição do crime (que deve ocorrer nas próximas semanas), porque, segundo o órgão, a dinâmica do crime não pode ser analisada pela perícia, pois o corpo de Irialdo foi retirado do local pelos indiciados, segundo o que informou o delegado Guilherme Sousa Filho, da Delegacia de Homicídios.

O mecânico foi executado por Luiz Carlos, que acompanhava dois policiais militares em uma operação que visava interceptar dois suspeitos de assalto. O servidor da prefeitura acompanhava os dois policiais militares na operação.

Dilma visita Nordeste em agosto para recuperar popularidade

Em uma tentativa de recuperar a popularidade, presidente Dilma Rousseff pretende visitar estados do Nordeste, região onde foi a mais votada nas últimas eleições. O objetivo das visitas é reconquistar o eleitorado que desde o governo Lula se manteve fiel ao PT, mas que vem dando sinais de insatisfação com a gestão Dilma.

A estratégia teria sido discutida pela presidente em almoço com Lula, semana passada, no Palácio da Alvorada. Participaram do encontro Jaques Wagner (Defesa), Edinho Silva (Comunicação Social), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Aloizio Mercadante e o presidente nacional do PT, Rui Falcão

O ex-presidente propôs que Dilma viaje pelo país, acompanhada de seus ministros, para divulgar ações do governo, inaugurar obras e lançar programas. Luiz Inácio Lula da Silva também pretende percorrer a região, separadamente para proteger a presidente de um eventual processo de impeachment.

Membros do governo Dilma depositam confiança em Lula para mobilizar os movimentos sociais e reagir aos efeitos negativos das ações da presidente para equilibrar a economia.

Cinco estados da região estão no cronograma de visitas da presidente até o fim de agosto: Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e Maranhão.

Votação expressiva
No Maranhão, nas eleições de 2014, Dilma registrou a maior votação proporcional do país, obtendo 78,76% dos votos válidos.

Nos municípios, a maior votação proporcional alcançada pela presidente aconteceu em Belágua, região leste do Maranhão. Com pouco mais de 7 mil habitantes, Dilma obteve 93,93% dos votos válidos (3.558 votos) contra 6,07% (230 votos) de Aécio Neves (PSDB).

Em 2010, a petista também teve a maioria dos votos, correspondendo a 79,09% contra 20,91% de José Serra (PSDB), seu principal adversário naquela eleição.

Fábio Câmara assume vice-presidência do PMDB e diz que partido é importante via na capital

O vereador Fábio Câmara foi eleito nesta sexta-feira (24) o vice-presidente do Diretório Municipal do PMDB de São Luís. A indicação ocorreu durante convenção do partido na capital, que reconduziu o deputado Roberto Costa à presidência da legenda até 2017.

Em entrevista, Câmara afirmou estar feliz por assumir posto de alto escalão no partido.

 “Hoje eu vejo, como numa tela, diante dos meus olhos, se passarem toda uma história de superação, de lutas e dificuldades de um menino pobre que ontem zelava o chão e os móveis do partido e que hoje é incumbido de zelar pelos projetos políticos e de poder do nosso e do meu PMDB. E o meu compromisso com o amanhã é fazer do PMDB de São Luís que eu passo a dirigir hoje, grandioso como é a sua história. Afinal, as pessoas passam, mas o PMDB há de ficar”, afirmou.

Considerado o vereador mais atuante de São Luís, Fábio Câmara afirma que a hora é decisiva para que o partido se consolide como ‘importante via política na capital maranhense’. Ele, inclusive, não descarta a possibilidade de se colocar como possível candidato à sucessão do prefeito Edivaldo de Holanda Júnior (PTC).

“Precisamos pensar um projeto para São Luís. O ‘novo’ tem que estar para além da certidão de nascimento. É inadmissível gerir uma cidade de um milhão de habitantes sem um projeto científico, técnico, político e administrativo que se debruce sobre as necessidades de hoje e que se projete para, no mínimo, 20 anos à nossa frente. É agora ou nunca mais. Até posso colocar o meu nome para disputar a prefeitura, mas o importante é que nosso partido tem quadro para disputar as eleições como, por exemplo, a ex-governadora Roseana que o foi a melhor prefeita sem mesmo ter sido eleita para o cargo”, declarou.

Com informações de O Estado

Rosário começa a receber hoje lixo produzido em São Luís

DE O ESTADO – Com o fechamento do Aterro da Ribeira, em São Luís, a partir de hoje, determinado por decisão judicial, os resíduos sólidos de São Luís serão levados ao aterro sanitário do município de Rosário. Para isso, o lixo passará por um novo processo logístico. Até chegar a seu destino, distante 60 km da capital maranhense, os resíduos serão levados em caminhões, em 56 viagens diárias de ida até o aterro sanitário.

A interdição definitiva do Aterro da Ribeira, que é controlado, estava prevista para hoje. A partir da meia-noite de ontem, caminhões não poderiam mais descarregar nenhum tipo de resíduo no local, conforme decisão da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís. O novo destino do lixo é o aterro sanitário localizado na localidade Buenos Aires, no município de Rosário, e que é operado pela empresa Titara Central de Gerenciamento Ambiental.

De acordo com o cientista ambiental e consultor da São Luís Engenharia Ambiental, que gerencia o Aterro da Ribeira, Márcio Vaz, os resíduos domésticos continuarão sendo recolhidos normalmente nos bairros de São Luís. O diferencial é que serão levados até a estação de transbordo Tibiri, na área do Aterro da Ribeira, para serem despejados e compactados.

Depois disso, os resíduos são colocados em caminhões especiais para o transporte até o aterro sanitário. Os veículos, com capacidade de 20 toneladas, farão 112 viagens diárias. Serão 56 viagens de ida e 56 de volta para São Luís, num período de 24 horas. “No contexto de Campo de Perizes, esse número de caminhões transportando resíduos e retornando para São Luís em 24 horas, podemos dizer que não vai haver comprometimento de trânsito. Esse processo está sendo otimizado na estação de transbordo, para que uma quantidade menor de caminhões tenha de transportar os resíduos”, disse.

Além disso, funcionará o Aterro de Resíduos Inertes Tibiri, na região do Aterro da Ribeira. O espaço será destinado exclusivamente para resíduos que, ao entrarem em contato estático ou dinâmico com a água, não se dissolvem. Atualmente, São Luís tem uma produção de aproximadamente uma tonelada por dia de entulho, que será destinado a esse espaço.

No Aterro da Ribeira, serão feitas as ações subsequentes ao encerramento das atividades. Será feito o recobrimento com argila dos pontos de lixo que ainda existem e serviços para evitar a erosão do morro formado pelo acúmulo de resíduos. Depois disso, ainda é necessário licença ambiental para desativação do espaço (tratamento do chorume, biogás, etc).

Em outros países, os espaços onde funcionaram aterros sanitários já chegaram a ser transformados em parques ambientais para uso da população. Mas, segundo Márcio Vaz, ainda não há uma demanda semelhante na capital maranhense e o espaço está localizado numa área verde. Mas seu destino ainda pode ser discutido.

CUSTOS – Ainda de acordo com Márcio Vaz, a nova logística de destinação do lixo não deve implicar em custos adicionais diretamente para os cidadãos de São Luís, visto que o serviço é prestado para o Município de São Luís. Mas, ao contrário disso, grandes empresas, que são grandes geradoras de resíduos, terão de arcar com os custos adicionais para dar destino adequado ao seu lixo.

Antes da interdição do Aterro da Ribeira, as empresas faziam o descarte de seus resíduos no espaço sem nenhum custo. O único gasto era com a terceirização de empresas especializadas no transporte de resíduos. Agora, as grandes empresas da capital também terão de encaminhar o lixo para um aterro sanitário. Como o mais próximo é o do município de Rosário, isso implicará em custos adicionais para transportar o lixo por mais 60 km até o município e para a gerenciadora do espaço.

Para o cientista ambiental, essa nova logística não deve ser vista apenas pela questão de custos para as empresas que são grandes produtoras de resíduos. Mas, principalmente, como qualidade de vida para a população de São Luís e a diminuição de riscos de acidentes envolvendo aves e aeronaves. Com o funcionamento do aterro por vários anos, houve o aumento considerável da população de aves na região, principalmente no entorno do aeroporto de São Luís. De acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram registradas 11 ocorrências neste ano envolvendo aves e aeronaves na região do aeroporto.

MAIS GASTOS – Segundo o gerente de uma empresa que faz o transporte de resíduos de grandes empresas da capital,que preferiu não se identificar, os custos de transporte dos resíduos podem sofrer um aumento de 30% a 50% por causa do trajeto até Rosário. Os caminhões que seguiam até o Distrito Industrial, em São Luís, terão de ir até Rosário. Os custos adicionais, como mais combustível, devem ser repassados aos clientes.

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Para ele, faltou mais divulgação do fechamento do Aterro da Ribeira por parte da Prefeitura. Por isso, as transportadoras de resíduos e seus clientes foram pegos um pouco de surpresa. “O fechamento do Aterro da Ribeira envolve questões legais, mas deveria se dar tempo para que as empresas preparassem seus orçamentos. Deveria ter uma programação para os grandes produtores de resíduos. É um choque, mas já estava escrito que iria acontecer, isso porque já existia o Plano Nacional de Resíduos Sólidos”, disse.

ATERRO – O Aterro Sanitário e Industrial Classe II tem vida útil de 32 anos e está apto a receber uma média de 2.200 toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos e industriais classificados como não perigosos. O aterro pode receber resíduos domiciliares, sólidos urbanos, provenientes de construção civil, lixo comum, plásticos e outros não perigosos.

A base do aterro é formada por solo compactado, geocomposto com uma mistura de argilas e grãos, e uma manta texturizada de dois milímetros de espessura. Uma nova camada de solo protege a manta de possíveis danos causados pelos resíduos. Sobre essa camada, é implantado o sistema de drenagem de chorume e de biogás. O chorume drenado é encaminhado a uma estação de tratamento de chorume, enquanto o biogás (que tem em sua composição o gás metano) é queimado.

AGRICULTORES CONTINUARÃO A PASSAR PELO ATERRO DA RIBEIRA

A comunidade Cinturão Verde fica localizada próximo ao Aterro da Ribeira e os moradores só podem sair e chegar ao bairro passando por dentro dele. Um caminho deveria ser construído por fora do espaço, mas até hoje eles só contam apenas com um caminho provisório, que passa pela área do aterro.

As 84 famílias que moram na comunidade produzem frutas (manga, caju e outras), verduras (alface, cheiro-verde, cebola, agrião, couve, etc.) e têm criações de animais (galinha caipira e suínos). A produção é destinada a dois programas sociais: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e é comercializada em feiras da cidade e da agricultura familiar em São Luís.

Essas famílias se instalaram no local em 1998, depois de comprarem as terras, segundo o presidente da Associação do Cinturão Verde, Luís Carlos Viana Carvalho. Na época, o caminho que elas utilizavam para sair e chegar ao bairro já existia. Com a desativação do Aterro da Ribeira, foram informados de que seria construído um caminho definitivo que não passasse pelo aterro. Mas isso ainda não foi cumprido.

Mesmo tendo todo o cuidado para embalar as frutas e verduras produzidas, para evitar qualquer contaminação, elas não se sentem confortáveis com a situação. O encerramento das atividades do aterro é um sonho para a comunidade. “Queremos acreditar que vai ser realmente fechado, porque evita qualquer contaminação. Seria uma bênção se esse aterro fechar”, afirmou o presidente da Associação Cinturão Verde.

ENTENDA O CASO

2009 – A decisão judicial determinando a interdição definitiva do Aterro da Ribeira foi expedida primeiramente pela Vara da Fazenda Pública. A Vara de Interesses Difusos e Coletivos ainda não existia;

2014 – O juiz Douglas de Melo Martins realizou audiências públicas sobre a destinação do resíduo sólido em toda a Grande Ilha;

2015 – O Ministério Público, por meio da promotoria do Meio Ambiente, solicitou medida de apoio ao cumprimento da decisão de 2009;

17/6/2015 – O juiz Clésio Coêlho Cunha, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, profere decisão judicial determinando a interdição definitiva do Aterro da Ribeira no dia 25 de julho.

25/7/2015 – O Aterro da Ribeira deve deixar de funcionar definitivamente e todos os resíduos de São Luís passam a ser encaminhados para o Aterro de Rosário.

Prefeitura de Santa Inês reduz jornada para profissionais de enfermagem

Defensor do Projeto que reduz a jornada de trabalho de 30 horas para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, autorizou a redução para os profissionais do município.

A novidade foi anunciada em reunião realizada na última quinta-feira (23), entre representantes do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Santa Inês e a secretária municipal de Saúde, Ana Josélia Gaioso.

O Projeto de Lei 2295/2000 que dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem aguarda votação em Plenário da Câmara dos Deputados. O PL altera a Lei nº 7.498, de 1986, fixando a jornada de trabalho em seis horas diárias e trinta horas semanais.

Ribamar Alves diz considerar justa a reivindicação da categoria e por isso decidiu não esperar o resultado da votação. Inclusive, o gestor municipal já havia e determinado a redução para os enfermeiros lotados no Hospital Tomaz Martins. A redução se estendeu aos técnicos de enfermagem, que também vão trabalhar apenas 30 horas por semana.

O prefeito ressalta seu empenho em defesa do projeto. “Estamos apenas cumprindo com nossos compromissos. Como deputado federal, defendi com veemência a redução. Como prefeito, na primeira oportunidade fizemos o que o Governo Federal não deixou que o Congresso Nacional fizesse, aprovasse a PEC da Redução da Jornada de Trabalho para Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem”, disse Ribamar Alves.

(Da assessoria)