Imóveis residenciais de alto padrão são alvo de fiscalização da Delegacia da Receita Federal em São Luís. A operação intitulada Telhado de Vidro irá mapear e fotografar propriedades de pessoas físicas na área nobre da capital e dos municípios de São José Ribamar e Raposa. O objetivo é averiguar a regularidade ou não no pagamento do Custo Unitário Básico (CUB) – tributo da União usado para contribuição financiamento da previdenciária social. – dos últimos cinco anos. “Para averbar um imóvel no cartório, comprar ou vender é preciso uma certidão negativa deste tributo. O valor precisa estar em dias”, auditor fiscal e chefe de fiscalização da Receita na capital, Sérgio Guará.
A empresa F. J. Aragão Costa, registrada sob o CNPJ: 13.471.191/0001-11, sediada em Raposa, município considerado um “paraíso fiscal” de fantasmas, tem contratos também com a Prefeitura de Santa Rita.
A informação publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), no dia 07 de abril de 2015, indica que os contratos, firmados em 25 de março, garantiram à empresa, que seria de fachada, a quantia de R$ 675.270,00 (seiscentos e setenta e cinco mil, duzentos e setenta reais).
O repasse do município santa-ritense à empresa contratada teria sido realizado como pagamento por serviços prestados de locação de veículos para o transporte escolar naquela cidade.
Conforme o BLOG noticiou em posts anteriores, a F. J. Aragão tem endereço fornecido à Receita Federal em casebre, localizado na Avenida Principal nº 635, A, Sala 01, bairro do Inhaúma, Raposa-MA. Apesar de existe apenas no papel, a companhia conseguiu fornecer veículos para o transporte escolar em Santa Rita.
O BLOG verificou, inclusive, que o local onde a empresa está registrada, foi mostrado recentemente pelo Fantástico, da TV Globo, numa reportagem que mostrou desvio de R$ 9 milhões da Prefeitura de Anajatuba.
SAIBA MAIS
Paraísos fiscais são regiões que oferecem vantagens tributárias e sigilo bancário é absoluto. Por isso, o termo costuma ser associado a fraudes. Entretanto, especialistas em economia ponderam que a abertura de contas ou empresas nos “paraísos” não configura, necessariamente, uma ilegalidade. Por causa das vantagens fiscais, empresas dessas regiões podem se tornar mais competitivas no mercado.
A Promotoria de Justiça da Comarca de Bequimão ajuizou, em 10 de junho, Ação Civil Pública por ato de improbidade ambiental contra o prefeito Antônio José Martins, em razão de os resíduos sólidos do município serem depositados em um lixão. Propôs a manifestação ministerial a promotora de justiça Alessandra Darub Alves.
De acordo com a legislação, o prazo dado aos municípios brasileiros para a implantação de formas adequadas de disposição final de resíduos encerrou em 4 de agosto de 2014. Na ação, a promotora ressalta que o prefeito está em seu segundo mandato e não tomou nenhuma providência para o cumprimento da lei. Anteriormente, várias notificações foram enviadas pelo Ministério Público ao prefeito, alertando para a necessidade da resolução do problema. No entanto, não obtiveram sucesso.
“É de conhecimento amplo que o lançamento dos resíduos a céu aberto caracteriza evidente dano ambiental pela contaminação do solo, do ar e dos recursos hídricos subterrâneos, assim como pela proliferação de vetores de patologias e, em alguns casos, pela contaminação de recursos hídricos de superfície”, afirmou Alessandra Darub, na ação.
A representante do Ministério Público acrescenta que o problema também exclui socialmente várias pessoas que poderiam ser empregadas em coleta e em indústrias de reciclagem.
Segundo a promotora, o gestor ao ignorar o dever de implantar um local adequado para a depósito de resíduos sólidos, além de causar dano ao meio ambiente, atenta contra os princípios da administração pública, caracterizando ato de improbidade administrativa.
PENALIDADES
O MPMA pede a condenação do réu de acordo com a Lei Federal nº 8.429/92. Se condenado, Antônio José Martins estará sujeito à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração recebida pelo demandado.
Ele também poderá ser proibido de contratar com o Poder Público ou obter benefícios fiscais, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
O município de Bequimão fica localizado a 355km de São Luís.
Cinco suspeitos de envolvimento com grupos criminosos foram detidos e dois adolescentes apreendidos, nesta terça-feira (16), durante ações de repressão a guerra de facções que agem na Região do Coroadinho, em São Luís.
Na ação, três suspeitos morreram durante o confronto com a Polícia Militar, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP).
Ainda de acordo com a assessoria de comunicação da SSP, para combater as práticas criminosas na região foi criada uma força tarefa para identificar e agir contra os criminosos que tem aterrorizado a comunidade nas últimas semanas.
A Pró-Saúde, entidade classificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que administra o Hospital e Maternidade Municipal de São José de Ribamar (HMMSJR), notificou o Município para que reassuma a direção da unidade hospitalar, diante do descumprimento do contrato administrativo que existe entre as partes.
Segundo a entidade, após sofrer nos últimos meses com a falta dos pagamentos que deveriam ser feitos pela Prefeitura, além da dívida acumulada perante os recorrentes atrasos, a decisão de entregar a gestão ao município ocorreu nessa segunda-feira (15), pois a entidade afirma não ter mais condições de garantir assistência plena aos pacientes, sob o risco constante de desabastecimento, além do atraso salarial dos colaboradores, falta de insumos e medicamentos, além de fornecedores suspendendo a prestação de seus serviços.
A situação é tão crítica na unidade, segundo a empresa, que um Boletim de Ocorrência chegou a ser registrado, na última sexta-feira (12), pois o hospital não teria mais condições de receber pacientes e teria, inclusive, que realizar transferências para outras unidades.
Entenda o caso:
No mês de maio, a Pró-Saúde anunciou a não assinatura do termo aditivo do contrato administrativo, firmado com a Prefeitura de São José do Ribamar, para permanecer à frente da gestão do Hospital e Maternidade Municipal de São José do Ribamar, pelos seguintes motivos:
Não recebimento dos repasses para pagamento dos médicos, com vencimento no dia 20/05/2015;
Não repactuação do contrato administrativo;
Dívida expressiva acumulada ao longo da vigência do referido contrato.
A entidade informou ainda que permaneceria administrando o Hospital pelo período de 40 dias (que se extingue no próximo dia 30/06), para que a população não ficasse desassistida, desde que o Município cumprisse com os repasses de custeio (o que não teria ocorrido até o momento).
No dia último dia 3, a Pró-Saúde acionou a Justiça e o Ministério Público do Trabalho para garantir pagamento aos colaboradores do HMMSJR. A ação judicial, que ainda tramita, é contra a Prefeitura do município, que não repassou os recursos do contrato mantido com a entidade para a administração da unidade hospitalar. A petição também busca a garantia do pagamento das rescisões contratuais e honorários médicos.