Juíza tira sigilo de investigação contra prefeito de Nova Olinda

A juíza Patrícia Bastos de Carvalho Correia, da 80ª Zona Eleitoral, retirou o sigilo do processo de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o prefeito de Nova Olinda do Maranhão, Ary Meneses (PP). O gestor é acusado de compra de votos, aliciamento, intimidação e ameaça a eleitores nas eleições municipais do ano passado.

A decisão, publicada em 13 de outubro, foi baseada na inexistência de justificativa legal para o segredo de justiça. Em seu despacho, a magistrada determinou a imediata remoção do sigilo processual pelo Cartório Eleitoral ou pela Secretaria Judiciária.

A juíza destacou que o interesse público prevalece na investigação eleitoral. Segundo ela, restringir o acesso do Ministério Público à coleta de provas e testemunhos não seria razoável. A AIJE, por ter natureza cível, não comporta a análise de condutas criminais, previstas nos artigos 301 e 326-B do Código Eleitoral.

A magistrada sugeriu que o Ministério Público instaure investigação própria se entender cabível.

‘Operação Cangaço Eleitoral’

Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação ‘Cangaço Eleitoral’ para investigar compra de votos e ameaças em Nova Olinda do Maranhão. Três pessoas foram presas, incluindo o vice-prefeito Ronildo da Farmácia (MDB), o sogro do prefeito e a então secretária de finanças do município.

A PF apontou indícios de uso de dinheiro público para a compra de votos.

Durante a operação, Ary Meneses foi considerado foragido. Ele se apresentou à PF dois dias depois e cumpriu prisão temporária de três dias, sendo liberado em seguida.

O caso ganhou repercussão nacional após ser destaque no programa Fantástico, quando um eleitor relatou ter vendido o voto em troca de telhas, sacos de cimento e madeira após sofrer ameaças.

Ary Meneses foi eleito com uma diferença de apenas dois votos em relação à segunda colocada, Thaymara Amorim (PL). Com 14 mil habitantes, Nova Olinda do Maranhão registrou uma das eleições mais acirradas do país.

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Flávio Dino cita filme do Oscar e diz que “golpe de Estado mata”

Ministro votou para tornar Bolsonaro réu por tentativa de abolição violenta da democracia; Em seu voto, ele disse que trama golpista é uma ‘desonra à memória nacional’

Ao votar para receber a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou o filme “Ainda Estou Aqui” como exemplo de que as consequências de um golpe de Estado são permanentes.

Dino fez referência ao golpe militar de 1964: “Dizem que em 1º de abril daquele ano não morreu ninguém. Mas golpe de Estado mata, não importa se é no dia ou anos depois. Vimos isso agora nas telas do cinema.”

O ministro, então, mencionou o longa-metragem do diretor Walter Salles, que venceu o Oscar de melhor filme internacional em 2025. A película conta a história do desaparecimento forçado do ex-deputado Rubens Paiva por agentes da ditadura militar.

“Golpe de Estado é coisa séria”, destacou Dino, ao votar pela abertura da ação penal. “É uma desonra à memória nacional termos pessoas que perderam familiares em momentos de trevas no Brasil.”

O filme já havia sido citado por Dino quando o STF reconheceu, em fevereiro, a repercussão geral de um recurso que discute a validade da Lei da Anistia para casos de ocultação de cadáver.

Dino entende que, como esse crime é permanente, não pode ser perdoado. “Quem oculta e mantém algo oculto, prolonga a ação até que o fato se torne conhecido. O crime está se consumando inclusive na presente data. Logo, não é possível anistia.”

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Primeira-dama ‘enterra’ gestão de Paço do Lumiar segurando enxada

Tentativa de transformar Maedja em ‘garota-propaganda’ revela estímulo ao conflito de egos com a vice-prefeita Mariana Brandão. A exposição também estaria dando sinas de uma possível candidatura da esposa de Fred Campos em 2026

Maedja Campos acabou ‘enterrando’ a gestão do marido ao expor a principal vulnerabilidade de Fred Campos na cidade: a comunicação ineficaz.

Após virar meme ao ‘inspecionar’ obras com salto agulha e macação com decote v pink, a primeira-dama de Paço do Lumiar, Maedja Campos, voltou a despertar gargalhadas nas redes sociais. Desta vez, Maedja posou como ‘garota-propaganda’ de um vídeo sobre a pavimentação de ruas no município.

Com o desejo de aparecer a qualquer custo nas ações do marido, por razões desconhecidas, ela teve uma pequena participação no vídeo divulgado nas redes sociais, segurando uma enxada. Isso foi o bastante para os internautas não a perdoarem e começarem a rotulá-la como uma ‘coveira’.

No entanto, a única coisa que ficou claro na gravação idealizada pela ‘descomunicação oficial’ é que ela acabou ‘enterrando’ a gestão do marido ao expor a principal vulnerabilidade de Fred Campos na cidade: uma mídia ineficaz.

Brincadeiras à parte, a exposição negativa de Maedja revela algumas ‘covas’ que estão sendo abertas na administração municipal, especialmente em relação à vice-prefeita Mariana Brandão (MDB). Segundo o blog do Antônio Martins apurou, Mariana teria organizado um evento no último sábado, 22, na sede da cidade luminense sem a participação da gestão local na organização do ato voltado para as mulheres.

Por essa razão, a tentativa de fazer da primeira-dama uma ‘garota-propaganda’ da gestão do marido acaba por revelar uma espécie de “estímulo ao conflito de egos” dela com a vice. Além disso, a exposição também pode sinalizar uma eventual candidatura da esposa de Fred Campos em 2026. No entanto, os detalhes sobre esse assunto que circula nos bastidores da politica luminense, iremos revelar em nossa próxima publicação. Aguardem!

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São João Batista: protesto de professores ‘abre’ jornada pedagógica

A Jornada Pedagógica de São João Batista, com o tema Juntos é possível: Inovar, Transformar e Avançar!”, iniciada nesta terça-feira, 25, foi marcada por protesto de educadores da rede pública municipal.

No evento de abertura, que aconteceu na Quadra do Ginásio Poliesportivo Nonatinho Diniz, os professores compareceram ao local com faixas e cartazes para denunciar o caos na educação durante a gestão do prefeito Mecinho, organizador da jornada pedagógica que encerra nesta quarta-feira, 26, na Unidade Integrada Marly Sarney.

Na manifestação, realizada com o intuito de chamar a atenção da sociedade joanina, os educadores denunciaram que há 2 anos não existem livros didáticos para os alunos, situação que ocorre desde o ano de 2022.

Além disso, os manifestantes denunciaram ainda que o prefeito Mecinho estaria descontando mensalmente a previdência dos professores, mas não estaria repassando ao INSS, cometendo suposto crime com apropriação indébita.

Os manifestantes também afirmam que o prefeito não repassa os consignados dos professores que são descontados mensalmente da folha de pagamento, mas não são repassados à CEF. Durante o ato, eles mencionaram outras denúncias:

O imposto de renda IRRF que ainda não foi transferido, apesar de estar sendo deduzido mensalmente;

Os funcionários que ganham até dois salários mínimos não têm direito ao PIS/PASEP;

Todas as escolas estão desamparadas e sem reformas;

Estudantes estão sem alimentação escolar.

Para evitar confrontos com os manifestantes, Mecinho não participou da abertura do evento, deixando apenas a secretária ’em uma encruzilhada’ e sem alternativas. Os trabalhadores da educação manifestaram-se de maneira pacífica e, impedidos de se expressar, ficaram apenas assistindo como meros expectadores. O município pede socorro!

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Fernando Sarney não tem mais tanta ‘influência’ assim no Brasil

Empresário maranhense, filho do ex-presidente José Sarney, já foi considerado um dos homens mais influentes do país

Quem já foi Fernando Sarney, né?

Após 40 anos na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ocupando cargos como vice-presidente por quatro mandatos e diretor em diferentes gestões, Fernando Sarney, de 70 anos, não foi incluído na nova composição que assumirá a entidade futebolística do país em 2026.

Fernando, que é filho do ex-presidente da república e ex-senador José Sarney, já foi considerado um dos homens mais influentes do Brasil. Era tão forte, segundo as informações, que seu nome chegou a ser cotado para o Senado Federal.

Em julho de 2007, ele foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação, entre outros crimes, de falsificar documentos para favorecer empresas em contratos com estatais. Fernando foi o principal alvo da Operação Boi Barrica (renomeada posteriormente para ‘Faktor’), criada em 2006 para investigar suspeitas de caixa dois na campanha de Roseana Sarney ao governo do Estado. Às vésperas da disputa, ele havia sacado R$ 2 milhões em dinheiro.

Em 2008, a Polícia Federal passou a investigar uma suposta quadrilha liderada por Fernando Sarney, apelidada de “Grupo Poli 1978”. O nome era uma alusão ao ano e ao local (Escola Politécnica da USP) em que seus membros haviam obtido o diploma universitário de engenharia.

Segundo a PF, o grupo, liderado por Fernando Sarney formava uma “organização criminosa” instalada no interior da administração federal. Eles seriam responsáveis pela manipulação de concorrências públicas, desvio de dinheiro de obras estatais e “manutenção de negócios à sombra do Estado”.

Quando o caso veio à tona, ele disse que as operações financeiras citadas pelos policiais federais faziam parte de sua rotina comum de empresário, que administrava um dos grandes grupos de comunicação do Nordeste brasileiro, com uma emissora de TV, um jornal e cinco emissoras de rádio. O processo segue em segredo de Justiça.

Em 2009, o empresário chegou a ser acusado pela Polícia Federal do Maranhão por tráfico de influência no Ministério de Minas e Energia, na Eletrobrás, na Eletronorte, na Valec (estatal do Ministério dos Transportes responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul) e na Caixa Econômica Federal, para favorecer negócios privados.

No mesmo ano, também obteve decisão judicial que proibiu o jornal “O Estado de S. Paulo” de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal. Na época, Fernando era o principal alvo da operação e foi indiciado por formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Na ocasião, ele negou os crimes.

Chegada à CBF

A chegada de Fernando à CBF ocorreu em 1998, com apoio do seu pai, José Sarney. No primeiro momento, o ex-senador conseguiu colocar seu filho como assessor especial da presidência da Confederação Brasileira de Futebol. Não demorou muito e Fernando virou vice-presidente da CBF em 2004.

Naquele período, ele sucedeu Marco Polo del Nero como representante da CBF na Fifa, e chegou a fazer parte da Conmebol no conselho da entidade máxima do futebol mundial. Após se perpetuar no poder, o empresário vinha se reelegendo como vice-presidente desde então.

Inicio do declínio

O declínio, contudo, começou em 2024. Durante alguns meses daquele ano, a Rede Globo chegou a fazer lobby pela indicação de Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, como candidato ao cargo máximo da CBF.

Era o período em que Ednaldo Rodrigues corria risco de afastamento no STF. Contudo, ao perceber que não teria força, a emissora pulou fora. Como resposta, a CBF divulgou, na quarta-feira (19), a oficialização do registro de chapa do presidente Ednaldo Rodrigues, na disputa pela reeleição ao cargo, sem o nome de Fernando.

De acordo com a entidade, Ednaldo terá o apoio unânime das 27 federações estaduais. Em outras palavras, Fernando Sarney, outrora influente, não teve sequer o apoio da Federação Maranhense de Futebol (FMF). De agora em diante, será só ladeira abaixo.

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